domingo, 25 de fevereiro de 2018

Meditação/Nadia Malta/ESTÁ TUDO BEM COM VOCÊ?


ESTÁ TUDO BEM COM VOCÊ?

Assim ela partiu para encontrar-se com o homem de Deus no monte Carmelo. Quando ele a viu a distância, disse a seu servo Geazi: "Olhe! É a sunamita! Corra ao encontro dela e lhe pergunte: ‘Está tudo bem com você? Tudo bem com seu marido? E com seu filho? ’ " Ela respondeu a Geazi: "Está tudo bem". Ao encontrar o homem de Deus no monte, ela se abraçou aos seus pés. Geazi veio para afastá-la, mas o homem de Deus lhe disse: "Deixe-a em paz! Ela está muito angustiada, mas o Senhor nada me revelou e escondeu de mim a razão de sua angústia". 2 Reis 4.25-27.                 

Este relato é um daqueles que faz o nosso coração aquecer. Gosto particularmente da postura dessa mulher. Poderia se dizer sobre ela que é alguém de uma objetividade que impressiona! Do que adianta falar com os outros acerca da nossa dor? Essa mulher mesmo sendo uma estrangeira sempre hospedava o profeta Eliseu e reconhecia nele um santo homem de Deus.  Certa ocasião combinou com seu marido e fez em sua casa um quarto para o profeta ali ela colocou uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma lamparina. Sempre que o profeta passava por ali se hospedava no lugar feito especialmente para ele.

Aquela mulher não lhe pedira nada em troca. Mas sabendo que ela não tinha filhos sendo o seu esposo já idoso e em gratidão ele profetiza-lhe um filho. Quando esse filho já estava crescido, o texto não informa a idade, ele indo ter com seu pai no campo passa mal e o pai o manda entregar a sua mãe, que o deita na cama do homem de Deus. O menino morre e ela vai de maneira resoluta buscar a ajuda do profeta Eliseu. No intimo ela sabia que só o Senhor poderia lhe devolver o filho com vida. Ao avistá-la de longe Eliseu lhe envia seu moço ao encontro. É quando se dá o diálogo mais significativo do relato.

Eliseu manda que Geazi pergunte a sunamita: “‘Está tudo bem com você? Tudo bem com seu marido? E com seu filho”?  Ao que a mulher responde: “Está tudo bem". Logo aqui aprendemos com essa corajosa mulher que de nada adianta sair contando as nossas angustias aos que estão à nossa volta. Só o Senhor pode nos socorrer em nossas vias dolorosas. Só ele pode enxergar a dor que dói em nosso coração de maneira singular. Só ele pode perceber o que dizemos com os olhos, pois há dores que não cabem nas palavras. A dor daquela mulher era assim. Ela não queria divulgação, ela queria consolação e socorro! Tem outro fato que não podemos deixar de perceber aqui e é revelado pela fala do profeta ao seu moço. diz ele: "Deixe-a em paz! Ela está muito angustiada, mas o Senhor nada me revelou e escondeu de mim a razão de sua angústia". Por que o Senhor encobriu do profeta a angustia da sunamita? Creio que foi para que o ciclo da fé daquela mulher se completasse! Ela precisava daquela experiencia! O profeta teve sensibilidade para perceber.

Jesus nos diz algo a esse respeito que nos faz parar para pensar: “Quando orares, entra no teu quarto; fecha a porta e fala ao teu pai que vê em secreto e o teu pai que vê em secreto te recompensará”. Assim, conte apenas para Deus a sua angustia! Claro que aqui não se trata das orações congregacionais ou mesmo daquelas feitas em nossas reuniões de oração. O Senhor ensina aqui o tipo de oração pessoal, íntima. São aqueles momentos que precisamos nos derramar na presença de Deus com os nossos corações quebrantados. O que separa a curiosidade da solidariedade genuína é um fio tênue. Não conte a sua vida para todos. Antes ao sermos indagados que possamos dizer: Está tudo bem! Até porque tudo que está nas mãos do Senhor está bem guardado, ainda que aos olhos humanos pareça um caso perdido. Conte para Deus e ele entrará com a providencia necessária! A fé da sunamita focada em Deus teve seu filho ressurreto! Assim, será com cada um de nós. Ninguém que o busca em verdade voltará de mãos vazias! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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