quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Esboço/Sermão/Pra. Nadia Malta/DEUS NÃO APROVA COM MÉDIA FINAL, ELE EXIGE OBEDIÊNCIA INTEGRAL!

DEUS NÃO APROVA COM MÉDIA FINAL, ELE EXIGE OBEDIÊNCIA INTEGRAL!
Números 20:8-12 (Clique na referência ao lado para ler o texto bíblico na íntegra)


Objetivo: Levar o povo de Deus a olhar com temor e tremor as suas ordenanças.

Ideia Central do Texto:
O livro de Números relata os dois grandes recenseamentos do povo de Israel em sua travessia pelo deserto, aliás o nome dado a este livro pelos escribas judeus era No Deserto. 

O livro fala também das dificuldades enfrentadas em toda aquela longa e dolorosa travessia.

O texto lido mostra o tríplice pecado de Moisés que o privou de entrar na Terra da promessa, fazendo contempla-la apenas de longe.

Introdução:
Salvação e galardão são coisas distintas. Enquanto a primeira é de graça e pela graça, mediante a fé em Cristo, o segundo advém da postura obediente do servo de Deus. Muitos são salvos, mas nem todos são galardoados.

O relato da experiência de Moisés nos faz estremecer nas bases. Se olharmos apenas com os olhos humanos para aquela situação acharemos que Moises tinha razão em sua postura já impaciente com aquele povo decoração endurecido. No entanto aos olhos de Deus, Moisés fora chamado para mediar aquela Aliança e conduzir o povo do Senhor pelo deserto, não para julgar o povo de propriedade exclusiva de Deus. Essa advertência vale para nós hoje!

O TRÍPLICE PECADO DE MOISÉS QUE O FEZ PERDER A BÊNÇÃO:
1.     Moisés perdeu a paciência com o povo, que mesmo rebelde, era povo de Deus – v.10
2.     Moisés insinuou que o poder estava nele e não em Deus – v.10
3.     Moisés feriu a rocha quando a ordem de Deus era falar a rocha – VS.8,11, 12
Conclusão: Obediência ao Senhor é inegociável e quanto a isto não há acepção de pessoas!

Aleluia/Amém
Esboço/ Sermão/Pra. Nadia Malta em 29.11.12 – nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; www.ocolodopai.com
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a fonte é o Espírito Santo de Deus.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sermão/Pra. Nadia Malta/ PERDÃO NÃO É SENTIMENTO, É UM ATO DE OBEDIÊNCIA!

PERDÃO NÃO É SENTIMENTO, É UM ATO DE OBEDIENCIA!
Mateus18:21-35 (Clique na referência ao lado para ler o texto bíblico na íntegra)


OBJETIVO
Ministrar a igreja libertação e cura através do exercício do perdão ilimitado que não é um sentimento, mas um ato de obediência.

IDEIA CENTRAL DO TEXTO
Quantas vezes se deveriam perdoar um irmão ou alguém culpado? A pergunta de Pedro revelou um grave erro a respeito da questão complicada do perdão: “ele sugeriu limites e medidas para o exercício do perdão, movido por um coração orgulhoso e pretensioso”. Enquanto os rabinos costumavam perdoar três vezes, Pedro se achando muito compassivo propõe que se perdoe sete vezes.

Pedro deve ter se surpreendido com a resposta de Jesus: “não sete, mas setenta vezes sete= 490 vezes”. Aquilo era demais! Quem poderia manter o registro de tantas ofensas? Quando tivermos perdoado tantas vezes, certamente teremos criado o hábito de perdoar! Era exatamente isto que o Senhor queria que Pedro entendesse. “O amor não se ressente do mal” – I Co 13.5, ou seja, onde há o amor de Deus operando, não há limites ou medidas. Aqui está a idéia central deste texto: exercitar incondicionalmente o perdão para com os que nos ofenderam, sem limites. Quando não perdoamos, encarceramos a nós mesmos. O maior beneficiado com o perdão é o que perdoa.

INTRODUÇÃO
Possivelmente, a área de maior vulnerabilidade em nossa vida, é a área delicada dos relacionamentos. Temos nos ferido e melindrado com muita facilidade e isso tem gerado litígios irremediáveis dentro e fora da igreja.

O perdão no coração do cristão está sempre ligado a fé e ao amor incondicional derramado por Deus em nós. O perdão é também credencial de novo nascimento.

Perdoar não é opção para nós, é ordenança de Deus, portanto, é inegociável. Perdoar também não é fácil por causa da concepção mundana e humanista que temos a cerca do perdão, geralmente baseada em obras meritórias. Contudo, quando nos deixamos instruir pela Palavra de Deus e obedecemos a sua ordenança de perdoar criamos uma realidade espiritual. O perdão passa a existir de fato e somos libertos e fortalecidos. Isso não só como igreja, mas individualmente, repito.
A parábola trazida por Jesus para ilustrar essa verdade, trata do perdão entre SEMELHANTES, não entre os pecadores e Deus. A grande ênfase aqui é sobre pecadores perdoados perdoando pecadores. Exercitamos o perdão na igreja para aplicá-lo lá fora. A grande escola do perdão é a igreja visível. É a grande sala de aula de Deus. Ali aprendemos a suportar uns aos outros no temor do Senhor.

A base para o exercício desse perdão aqui descrito é o amor/ágape também traduzido por caridade. Não a caridade superficial de dar coisas, mas a maior das caridades de doar-se a si mesmo, até com prejuízo próprio.

O TEXTO LIDO NOS ENSINA TRÊS VERDADES SOBRE O EXERCÍCIO DO PERDÃO QUE PRECISAMOS TER EM MENTE:

  1. Somos devedores de Deus perdoados – VS. 23-27:
  • O homem da parábola era devedor do seu senhor. Isso ilustra o que acontece em relação a Deus, para com o qual somos todos devedores, pois não tínhamos com que pagar e fomos perdoados através da graça de Jesus.
  • Para termos uma noção do alto valor daquela dívida, a arrecadação total de impostos da Palestina daquele tempo, era de aproximadamente 800 Talentos anuais. Isso dá uma idéia do tamanho da dívida daquele homem= 10.000. Alguém já fez esse calculo atualizando-o em moeda corrente, que daria daria algo em torno de 10.000.000 de dólares.
  • Aquele homem seria vendido juntamente com a sua família e tudo que possuía. Ele se tornaria um escravo com toda a sua família; teria seus bens confiscados até que saldasse a dívida toda. Convém lembrar aqui que um homem do povo naquela época precisava trabalhar por vinte anos para receber 1 (hum) Talento. Ficamos pensando: “De onde vinha toda aquela dívida?” Certamente de um trabalho desonesto daquele servo, em outras palavras ele havia roubado seu senhor. O caso daquele servo não tinha mesmo solução. Seria preciso que várias gerações dele trabalhassem para aquele senhor e seus descendentes para que a dívida fosse paga. No entanto, aquele senhor era um homem compassivo, ouviu os rogos daquele servo e mesmo com prejuízo próprio, perdoou-lhe toda a dívida. Sl 37.21
  • Foi precisamente isso que o Senhor fez. Havia uma dívida contra nós que jamais poderia ser paga, mas o nosso Senhor que é misericordioso e compassivo, nos perdoou a dívida (os pecados) e nos purificou de toda injustiça. Cl. 2.14; I Jo 1.9; Sl 32.1,2; Note que aquele servo não merecia perdão, ele o obteve pela graça e compaixão do seu senhor. Isso deveria torná-lo muito mais devedor, só que, ao amor compassivo do seu senhor, assim como nós. Rm 13.8,10; Cl 3.13;
  1. Fomos perdoados para nos tornarmos perdoadores – VS. 28-30:
  • Aquele servo, deixando a presença do seu senhor, encontrou um conservo seu que lhe devia cem denários. Essa quantia era absolutamente insignificante diante da quantia vultosa que ele devia ao seu senhor e fora por ele perdoado. Em vez de compartilhar com o seu conservo a alegria do perdão que experimentara, tornou-se um credor incompassivo, exigindo que ele lhe pagasse toda a dívida. Note que o conservo daquele homem usou as mesmas palavras que ele mesmo usara diante de seu senhor, mas nem assim a sua consciência cauterizada trouxe à luz o que ele mesmo havia recebido. V.29; O que recebemos de Deus não é para ser retido, mas para ser repassado, porque somos canais e despenseiros da multiforme graça de Deus. Perdoamos porque fomos perdoados primeiro pelo Senhor. Mt 6.12, 14, 15; Mc 11. 25,26; Lc. 6.36-38.
  1. Quando não perdoamos nos tornamos prisioneiros – VS.31-35:
  • O rei havia livrado aquele servo e toda sua família da prisão, mas ele a si mesmo se condenou quando exerceu uma justiça árida desprovida de misericórdia. Ele lançou o seu conservo na prisão, quando tinha o dever moral de perdoá-lo – v.31
  • Como nada fica oculto debaixo do céu, o que ele não imaginava era que estava sendo observado. Logo o seu senhor tomou conhecimento de sua atitude maligna e ordenou que ele fosse lançado na prisão e entregue aos verdugos. Nós também somos observados por homens e por anjos (eleitos e caídos). A pior das prisões é a experimentada por um coração rancoroso, orgulhoso e incompassivo. Quando nos recusamos a perdoar, nos tornamos nossos próprios carcereiros e abrimos passagem para que os “verdugos” (espíritos demoníacos) nos atormentem. Tem muito crente oprimido dentro das igrejas por falta de perdão.
  • Esses verdugos nos assolam com muitos tormentos físicos, emocionais e espirituais. Note quanta gente tem estado doente até mesmo em nosso meio, por falta de liberação de perdão. Pedro pediu a Jesus uma medida justa para o exercício do perdão e o Senhor lhe disse para praticar o perdão e esquecer a medida.
  • O tema dessa parábola não é a salvação, mas o perdão entre os semelhantes, que deve ser praticado sem medida ou limites. Cl 3.13
  • O servo perdoado no início da parábola não compreendeu a verdadeira dimensão do perdão, simplesmente ficou feliz por ter se livrado de uma encrenca. Se ele tivesse realmente entendido, teria perdoado o seu conservo. Acabou se tornando refém de sua própria ignorância e perversidade.
CONCLUSÃO
O que aprendemos aqui?
  1. Somos todos devedores de Deus perdoados por ele. Em nós não há nenhuma obra meritória que nos possibilite receber sequer um olhar de Deus. O que recebemos, o fazemos por sua infinita e maravilhosa graça.  A misericórdia de Dele é a causa de não sermos consumidos.
  2. Deus nos perdoou para que nos tornássemos perdoadores. O perdão é exercitado na igreja entre os santos para ser aplicado dentro e fora dela.
  3. Quando nos fechamos e não perdoamos, nos tornamos prisioneiros e reféns de nosso ORGULHO, egoísmo e perversidade.
  4. Perdão não é opção, é obrigação de crente fiel. Não é um sentimento é ordenança de Deus e é exercitado pela fé.
  5. Deus deseja e nos ordena que sejamos perdoadores e que tenhamos autoridade sobre os verdugos que tentam nos assolar.
Aleluia, Amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 28.11.12 – nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; www.ocolodopai.com

domingo, 25 de novembro de 2012

Sermão/Pra. Nadia Malta/DEUS NÃO FAZ O QUE O HOMEM PODE E DEVE FAZER!

DEUS NÃO FAZ O QUE O HOMEM PODE E DEVE FAZER!
João 11:39-45 (Clique na referência ao lado para ler o texto bíblico na íntegra)


Objetivo: levar os ouvintes a compreenderem que Deus invariavelmente não faz o que o homem deve e pode fazer.

Idéia Central do Texto:
Os versículos lidos encerram o relato da ressurreição de Lázaro, irmão de Marta e Maria e amigo pessoal de Jesus.

Se lermos toda a narrativa, encontraremos detalhes extremamente interessantes como, por exemplo: ao receber a notícia da enfermidade grave de seu amigo, Jesus ainda demorou dois dias onde estava e depois foi para a Judéia, só então, resolveu ir até Betânia VS. 6,7; o Senhor ao receber a notícia disse aos presentes que aquela enfermidade não era para morte, mas para que se manifestasse ali a glória de Deus; aquela situação também revelou o verdadeiro sentimento de crítica e reprovação da ansiosa Marta v.21; revelou ainda a atitude de confiante adoração de Maria v.32; mostrou como Jesus responde à essa adoração sincera VS.33,35.

Cada um desses detalhes poderia servir de texto base para um sermão específico. No entanto, quero chamar para o que o Senhor ordena nos vês. 39-45. A idéia central aqui é que devemos e podemos tirar os obstáculos que atravancam o nosso milagre. Em outras palavras, tem algo impedindo o seu milagre. Trate de descobrir o que é, e agir depressa, pois há um defunto cheirando mal para ser ressuscitado! Faça isso hoje, em nome de Jesus!

Introdução:
Os cristãos têm a responsabilidade de ser sal e luz onde quer que estejam. No sermão do Monte Jesus diz: “Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus!” Mt.5.20

Descobrimos aqui que fazer parte do “time” de Jesus não é nada fácil. Em toda situação que diz respeito ao servo de Deus há um aprendizado da parte dele, visando o nosso crescimento e edificação espiritual. E ouso dizer que não é diferente com a situação que você está vivendo agora. O grande problema é que somos alunos dispersos, distraídos. Sofremos de uma espécie de “dislexia espiritual” por isso no final do Evangelho de Lucas, o Senhor chama aqueles discípulos que caminhavam para Emaús de “néscios e tardos de coração” para entender o que ele diz e ensina. Aquela reprimenda vale para nós hoje!

HÁ DUAS AÇÕES ESPECÍFICAS ORDENADAS POR JESUS NO TEXTO QUE MOSTRAM QUE ELE NÃO FAZ O QUE O HOMEM PODE E DEVE FAZER:

  1. “Tirai a Pedra!”VS.39-41: “Tirai a pedra. Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias. Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus? Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste”.
  • Será que Jesus não tinha poder para retirar aquela pedra que tampava o túmulo de Lázaro? Certamente que sim, mas não o fez porque aquilo era atribuição dos homens. Assim como a decisão que você precisa tomar e tem postergado por medo e falta de fé. Essa decisão é sua atribuição, Deus não vai tomá-la em seu lugar, ele já ordenou que você saísse do túmulo, o mais é com você, mexa-se! Em Ed. 10.4 diz assim: “Levanta-te, pois esta coisa é de tua incumbência, e nós seremos contigo; sê forte e age”. O Senhor opera naquilo que é impossível ao homem. Mas em muitas ocasiões encontramos crer e agir andando juntos. Oração e ação em muitas ocasiões estão de braços dados.
  • O Senhor continua abrindo mares e rios, mas espera passos ousados de fé de nossa parte. Foi assim nas margens do Mar Vermelho quando o Senhor disse a Moisés: “Por que clamas a mim, dize aos filhos de Israel que marchem. E tu levanta o teu bordão e estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco” Êx. 14.15,16. Só aqui encontramos duas atitudes requeridas por Deus: Marchar e levantar o bordão na direção do mar. Assim aconteceu também na travessia do Jordão em Js 3.13 diz: “Porque há de acontecer que, assim que as plantas dos pés dos sacerdotes que levam a Arca do Senhor, o Senhor de toda a terra, pousem nas águas do Jordão, serão elas cortadas, a saber, as que vêm de cima, e se amontoarão”.
  • Esses textos falam de atitudes, de passos ousados de fé que Deus espera de nós, para que nossos mares, rios e portas se abram.
  • Muitas vezes nos comportamos como Marta e numa atitude de falta de fé e revolta contra Deus dizemos: “Se o Senhor estivesse aqui, o meu irmão não teria morrido”, “Senhor, já cheira mal”. Em outras palavras: “Não tem mais jeito, o Senhor demorou demais, agora é tarde não adianta mais. E assim muitos se revoltam contra Deus. Quando tiramos a pedra o Senhor Jesus dá graças a Deus e o milagre acontece. Vs. 41,43. A demora de Deus é o tempo da oportunidade para que a fé se manifeste.
  1. “Desatai-o Deixai-o ir!” – V. 44: “Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir”.
  • Depois de tirar a pedra prepare-se para o milagre. Mares, rios e portas se abrirão; mortos serão ressuscitados para a glória de Deus. Contudo, o Senhor não nos ressuscita para continuarmos amarrados, atados, com os olhos cobertos, mas para experimentarmos a liberdade dos filhos de Deus. Precisamos de liberdade para ir e vir para a glória de Deus. Em Isaias 58.6 o Senhor diz: “Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?”. Em Gálatas 5.1,13 o apóstolo Paulo diz: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor!”. Os atos do crente precisam glorificar o santo nome do Senhor.
  •  Há muitos que foram alcançados pela misericórdia de Deus, foram vivificados por ele, mas continuam amarrados a velhas tradições. Outros se acostumaram com situações, circunstancias, inclinações e até relacionamentos apodrecidos que cheiram mal e por comodismo não tiram as ataduras do conformismo, da falta de diálogo, do medo de dizer o que se sente, da preguiça, tudo isso tem atravancado a completa vitória nessas vidas e ainda culpam Deus. Receberam por milagre de Deus a vivificação do seu espírito morto, mas deixam as coisas antigas como estão, permanecem atados e com o rosto coberto, para continuar sentido pena de si mesmos e justificar a incompetência e falta de fé. Deus quer sacudir você do seu comodismo hoje! Seja forte e aja, em nome de Jesus!
  • Muitos vivem dentro de cemitérios cheirando a cadáveres apodrecidos e justificam a sua posição com uma falsa piedade que tem difamado o Senhor com afirmações do tipo: “Deus quis assim!” ou ainda: “Essa é a vontade de Deus!”.  Deus não quer que você viva desse jeito, antes a sua vontade para nós é boa, agradável e perfeita”. Rm 12.1,2
Conclusão: O QUE DEUS DESEJA NOS REVELAR HOJE?
  1. Deus é Deus de milagres, mas invariavelmente não faz o que o homem pode e deve fazer.
  2. Pedras têm atravancado o seu milagre. Identifique-as e tire-as do caminho em nome de Jesus!
  3. O Senhor sabe que seu morto já cheira mal, não precisa dizer isso a ele em sua revolta e auto- piedade. Ele só quer que você creia e tome uma atitude: Tire a pedra, aí a glória dele se manifestará na situação.
  4. Desate o que estava morto para que seja livre. Em outras palavras aprenda a desfrutar da liberdade dos filhos de Deus. Essa liberdade não é licença para pecar, mas para glorificar o no me do Senhor.
Aleluia, Amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 25.11.12  nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; www.ocolodopai.com  
Este material pode ser reproduzido e utilizado para evangelismo e edificação, desde seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Esboço/Sermão/Pra. Nadia Malta/VERDADEIROS CRISTÃOS OU RELIGIOSOS DE APARÊNCIA?

VERDADEIROS CRISTÃOS OU RELIGIOSOS DE APARÊNCIA?
Lucas 11:37-44 (Clique na referência ao lado para ler o texto bíblico na íntegra)


OBJETIVO
Alertar a igreja a buscar um relacionamento íntimo com o Senhor Jesus Cristo que produza um verdadeiro testemunho.

IDEIA CENTRAL DO TEXTO
Depois de Jesus contar a parábola da Candeia, que fala sobre o propósito da luz colocada no velador para que seja manifesta em todo o ambiente, ele foi convidado por um fariseu para comer com ele. O anfitrião estranha o fato de Jesus não lavar-se para comer, prática comum no ritual religioso.

Jesus aproveita, então, aquela oportunidade para ministrar uma das mais precisas lições sobre a religiosidade de aparência.

INTRODUÇÃO
Temos falado exaustivamente sobre os dias maus que temos vivido sobre a terra, bem como da necessidade de manifestarmos o verdadeiro cristianismo que é relacional e não feito de ritos e práticas exteriores.

Só o relacionamento íntimo e real com o Cristo produz testemunho autêntico, convincente e irrefutável como a luz de uma candeia no alto do velador que alumia todo o ambiente.

O TEXTO LIDO APRESENTA O TRÍPLICE AI DE CRISTO
(Ai significa tanto imprecação, ira, quanto tristeza e pesar por algo). Jesus aqui tanto condena quanto lamenta.

1.     Contra os que colocam as práticas religiosas acima da justiça e do amor de Deus – VS.39-42
2.     Contra os que colocam a honra dos homens acima da glória de Deus – v.43
3.     Contra os aparentemente piedosos, mas que guardam imundícia dentro de si – v.44

CONCLUSÃO (vs. 35, 36)
1. Busquemos um relacionamento íntimo com o Senhor através da oração, da leitura sistemática, meditação e prática da palavra de Deus.
2. A Palavra de Deus salva, liberta e produz autentico testemunho.

Aleluia, amém!

Esboço/Sermão/Pra. Nadia Malta em 22.11.12 – nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; www.ocolodopai.com

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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sermão/Pra.Nadia Malta/POR QUE CREMOS E AINDA SOFREMOS?

POR QUE CREMOS E AINDA ASSIM SOFREMOS?
II Coríntios 4:15-18 (Clique na referência ao lado para ler o texto bíblico na íntegra)


OBJETIVO
Esclarecer a igreja quanto aos efeitos e desígnios das aflições pelas quais passamos.

IDEIA CENTRAL DO TEXTO
Crer no Cristo e recebê-lo como Senhor e salvador não nos isenta de passar pelas aflições, mas nos fortalece para atravessarmos águas turbulentas. Nos momentos de grande aflição é sempre proveitoso olharmos para aqueles que atravessaram os mesmos sofrimentos e saíram contundidos, mas vitoriosos como Jacó no Val de Jaboque em Gn 32.22-32. Aliás, a prova da verdadeira fé, não vem através de condecorações ou aplausos, mas de escoriações, de marcas que servem de memoriais daquilo que vivemos. Paulo fala das marcas de Cristo que ele carregava. Gl 6.17
O apóstolo Paulo é um dos grandes heróis da fé perseverante. Ele possuía o dom da fé e manifestava a atitude condizente com o dom. Todo o capítulo quatro desta epístola fala das lutas enfrentadas pelo apóstolo em seu ministério, bem como do seu reconhecimento de ser um vaso frágil de barro, cujo poder e força vinham exclusivamente de Deus.

Os versículos lidos trazem luz ao nosso entendimento, revelando o propósito e efeito das aflições em nossas vidas!

INTRODUÇÃO
Definitivamente, Deus tem caminhos estranhos e incompreensíveis para nós, limitados mortais. Contudo, por sua misericórdia, ele permite que através de sua Santa Palavra possamos aqui e acolá entender alguns desses estranhos caminhos. Se juntarmos Is. 55.8,9 e Jr 29.11 teremos uma grande revelação neste sentido, vejamos o que dizem esses versículos: “Porque meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos, mais altos que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos dos que os vossos pensamentos. Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais”.

 O sofrimento revela não apenas a fraqueza humana, mas a glória e o poder de Deus. As provas pelas quais passamos imprimem autenticidade ao nosso testemunho. Conta-se que um jovem e empolgado pastor, recém-saído do seminário, pregou um belo e eloquente sermão, respeitando todas as regras da boa hermenêutica, mas não impactou os ouvintes. Na sua audiência estava um velho e experiente pastor ouvindo atentamente aquele sermão. Ao ser indagado sobre o que faltara ao sermão do jovem, ele respondeu: “O que faltou ao sermão só aparecerá depois que o coração desse rapaz for quebrantado. Depois que ele passar pelo deserto da prova, então, terá uma mensagem digna de ser ouvida”. Há um batismo de fogo, pelo qual todos passamos, mais cedo ou mais tarde. O Senhor nos batizou com o seu Espírito Santo, para podermos suportar o batismo de fogo. Mt 3.11.

Quando oramos entregando uma demanda ao Senhor, nunca imaginamos os caminhos usados por ele para nos dar o fim que desejamos. De repente esse reboliço pelo qual você está passando faz parte da grande resposta ao seu pedido de oração. Toda grande arrumação demanda uma grande desarrumação. Não dá para arrumar sem desarrumar.

O TEXTO LIDO NOS ENSINA QUE TODO O SOFRIMENTO ENFRENTADO POR PAULO LHE DEU TRÊS CERTEZAS:

1. Ele estava certo de que DEUS SERIA GLORIFICADO – V.15:

  • Este versículo é paralelo a Rm 8.28 que diz: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo os seus propósitos”.
  • Aprendemos aqui que nenhum sofrimento é desperdiçado: Deus usa a nossa dor para ministrar a nós e a outros e também para glorificar seu nome. De que forma Deus é glorificado em nossas aflições? Ao nos conceder a “graça abundante” de que precisamos para manter a fé, a alegria e a força para atravessar essas aflições.
  • Veja o que o Senhor declara, nos VS. 7-9 deste capítulo: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos”.
2. Ele estava certo de que as suas tribulações COOPERARIAM PARA O SEU BEM – VS.16,17:
  • O grande lema de Paulo, bem como seu testemunho de fé era: “Não desanimamos”. Ele sabia em quem cria. Que importa se o ser “exterior” (o corpo) se deteriora, quando o ser “interior” (o espírito) experimenta uma renovação diária?
  • Paulo não sugere aqui um desleixo com o corpo físico, visto ser o santuário do Espírito Santo; ele apenas traz à lume a realidade da degeneração física pelo passar dos anos. Contudo, há um ganho eterno nesse processo: o nosso espírito recriado por Deus vai se renovando de dia em dia.
  • O apóstolo Paulo usado pelo Espírito Santo nos ajuda aqui a ajustar o foco de nossa visão. Ele chama a tribulação do presente de “leve e momentânea” em comparação com a glória por vir. Ela produzirá para nós, um “eterno peso de glória acima de toda comparação”
  • O salmista no Sl 119.67, 71 diz: “Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra. Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos”.
  • A aflição é chamada de megafone de Deus para chamar a nossa atenção. Somos chamados pelo amor e pela dor, cabe a nós escolhermos a maneira de nos achegar a ele.
3. Ele estava certo de que O MUNDO INVISÍVEL ERA REAL v.18:
  • Os grandes homens e mulheres de fé de Hebreus 11 chegaram aonde chegaram porque viram o invisível (Hb 11.10, 13, 14, 27)
  • As coisas deste mundo nos parecem tão reais porque podemos vê-las senti-las e tocá-las, mas são todas temporárias e estão fadadas a desaparecer. Tudo vem com um prazo de validade, até o nosso corpo físicoSomente as coisas invisíveis aos nossos olhos humanos permanecerão eternamente, porque são espirituais.
  • Como podemos olhar para o que é invisível? Pela fé, ao ler a Palavra de Deus. Nunca vimos Cristo, nem o céu, mas cremos que são reais, pois a Palavra de Deus assim afirma.
  • Deus tem um futuro glorioso para seus filhos que o amam e creem nele. Por isso, continue andando e crendo.
  • Alguém já disse: “Não diga a Deus que você tem um grande problema; diga ao seu problema que você tem um grande Deus”.
CONCLUSÃO
O que aprendemos aqui?
  1. Servimos a um Deus vivo que tem caminhos estranhos e incompreensíveis para nós limitados mortais. Basta a nós sabermos que ele está agindo do seu modo e no seu tempo, não adianta tentar quebrar a cabeça tentando decifrar os mistérios de Deus que só compreenderemos na eternidade.  Só vamos saber aquilo que ele deseja que saibamos.
  2. Se você está passando por alguma dificuldade e entregou a sua causa a ele, prepare-se para o reboliço. Que ele vai agir vai, só não nos compete saber como. O tempo e o modo são de Deus, não nossos.
  3. Esteja certo como Paulo, de que Deus vai ser glorificado nesse processo. Nenhum sofrimento é desperdiçado por ele. Deus aproveita tudo, recicla tudo.
  4. Esteja certo como Paulo, de que suas aflições cooperarão para o seu bem, por isso não desanime, só creia! Seu Deus sabe trabalhar!
  5. Esteja certo como Paulo que o mundo invisível é real, por isso use a lente da fé para minimizar a sua miopia espiritual e maximizar a sua visão do mundo invisível.
  6. Esteja também certo como Paulo, de que a fé não nos isenta de passar pelo sofrimentomas nos fortalece e prepara para passarmos por ele e sairmos vitoriosos.
Aleluia, amém!

Sermão/Pra. Nadia Malta em 21/11/2012 - nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; http://www.ocolodopai.com.

Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins evangelísticos e de edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Artigo/Maurício Zágari/A ABOMINÁVEL IGREJA CRISTÃ


A abominável igreja cristã
Quero te convidar para um exercício de imaginação. Imagine que você é um não-cristão vivendo no Brasil de nossos dias e que, em determinado momento da vida, sente uma enorme sede por algo que venha a preencher o vazio de sua alma. Decide buscar na fé o sentido da vida e a razão da sua existência. Resolve, assim, antes de optar de cara por uma religião, fazer uma pesquisa. Você parte, talvez por insistência de amigos ou parentes evangélicos, a tentar descobrir o que significa afinal, ser um cristão e o que é a igreja evangélica brasileira dos nossos dias. Pois, quem sabe, não está ali a resposta? É uma tradição religiosa que, afinal, tem crescido, algo de bom deve ter ali. Então você decide ver como é essa tal de igreja evangélica. E, acima de tudo, você quer encontrar esse tal de Jesus, que dizem que preenche a nossa vida e a nossa alma. Mas…por onde começar?

Na dúvida, em vez de ir a um templo pessoalmente, prefere ligar a TV. Mais fácil, rápido e sem envolvimento com todas as questões (e pessoas) de uma igreja local. Você sabe que na TV tem pastores (quem não sabe, hoje em dia? Tem tantos!). Não conhece muitos, logo, conclui, naturalmente, que aqueles ali devem ser a representação fiel de todo e qualquer pastor. Mas engraçado… quem você vê não se parece com um sacerdote, afinal pelo que você se lembra da época de catecismo, Jesus falava com amor e mansidão, chamando os que estão cansados e sobrecarregados para os braços do Pai. Mas, pelo contrário, vê um homem que só berra. Em vez de falar sobre dar a outra face, amar os inimigos e caminhar a segunda milha, ele fica meia hora falando sobre gays e blogueiros que querem denegrir sua imagem. Critica até outros pastores, veja você! Aí você ouve esse senhor chamando outro pastor de “cachorro morto” e esbravejar aos cuspes, berros e olhares que lembram os de Bela Lugosi. E você, o não-cristão, que ligou naquele programa ávido por aprender mais sobre Jesus e sobre o que é a vida com Cristo, começa a achar que aquilo ali é ser cristão. Afinal, aquele senhor é um pastor, embora ele não diga nada parecido com o que você esperava, como, por exemplo, “bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês“.

Decide esperar um pouco mais e, de repente, parece que valeu a pena… vê o mesmo pastor mudar de discurso, adotar uma postura mais suave, um tom de voz mais brando. Você sente-se aliviado, achando que agora ele vai falar de Jesus ou algo como “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam” ou mesmo “Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar Cristo”. Mas, para sua surpresa, o pastor começa a falar de dinheiro, dinheiro, dinheiro e a vender produtos e mais produtos, livros, bíblias, CDs, DVDs… montes de coisas, no cartão ou cheque pré. Parece a grande queima de estoque gospel de um camelódromo qualquer. Você acha aquilo muito estranho.

Ainda tentando entender se o cristiansimo é a fé que vai preencher seu coração, decide procurar informações em outras fontes. Acessa então o website de outro conhecido pastor, que faz transmissões diárias pela Internet. Ah, agora sim, longe das pressões financeiras de manter uma mega estrutura de TV, você tem certeza que ouvirá o Evangelho genuíno. Naquele dia, curiosamente, em vez de falar sobre o amor de Jesus ou a eternidade, aquele pastor está comentando uma reportagem que saiu numa revista sobre os evangélicos. Uau, que legal! Agora você vai aprender muito sobre o cristianismo. Vc espera que o tal pastor ensine algo como “Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não matarás’ e ‘quem matar estará sujeito a julgamento’. Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Também, qualquer que disser a seu irmão: ‘Racá será levado ao tribunal. E qualquer que disser: ‘Louco!’, corre o risco de ir para o fogo do inferno“. Mas, em vez disso, o pastor começa a dizer que todos os outros pastores que foram mencionados na matéria são “bundões”. Você não entende nada. Não era afinal o cristianismo aquela religião em que seu fundador disse “Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam“? E no entanto aquele pastor que fala tanto sobre amor chama outros pastores de “bundões”. Você fica confuso. Muito confuso.

Decide então ir para uma mídia social. Entra no twitter. Mas sai rapidinho, pois a quantidade de coisas que os cristãos falam ali são tão diferentes, sem uma linha em comum, são tantas visões diversas, tanta opinião sem embasamento bíblico, tanta frase tuitada fora de contexto, tanta gente defendendo tanta coisa díspare. Aquilo te deixa meio zonzo. Ficar 5 minutos no twitter faz você achar que Cristo era um cara muito confuso e que a fé cristã é uma grande Babel. Resolve então que vai buscar mais sobre Jesus e a igreja em outro lugar. Que tal… a rádio! Sim! A rádio! Ali certamente só haverá coisa boa! Então você sintoniza numa rádio gospel e ouve um grupo famoso que começa uma canção com o cantor dizendo “Senhor, eu quero ter um romance contigo!”. Você se assusta. Como assim? Seria esse o mesmo Senhor a quem o salmista diz “Pois tu, Senhor, és o Altíssimo sobre toda a terra! És exaltado muito acima de todos os deuses!“? Você acha estranhíssima essa coisa de ter um romance com Deus e muda de estação. Outra rádio gospel. Se assusta de cara, pois parece que a cantora está chorando. É o que ela chama de “ministrar”. Mas, meu Deus, que choradeira! Que tom de voz artificial! Quanta falação que não leva a nada! Aquilo te incomoda tanto que você resolve então mudar para uma rádio onde haja pregações.

Sim! Se a Bíblia diz que é por ouvir a Palavra que vem a fé, nada melhor do que ouvir uma pregação. O pregador começa. E, rapaz, ele grita tanto! Berra! O povo em volta se sacode e se remexe muito, uma coisa estranhíssima. O homem no púlpito agarra o microfone e, em gritos alucinados, grita para Deus, repreende coisas que você não entende direito, grita, grita, grita…parece afinal que o Deus dos cristãos é surdo. Por um desses acasos, você se lembra da oração silenciosa de Jesus em que Ele diz “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém“. E não entende por que aquele rapaz da rádio pecisa gemer e gritar tanto.

Você decide perguntar para alguém da sua família que frequenta uma igreja e essa pessoa explica que aquilo é “manifestação do poder de Deus”. Você pensa então nas milhares de igrejas pelo mundo onde se ora num tom de voz normal, sem impostação, sem grito, apenas numa conversa franca, suave e aberta com o Pai… e pega-se pensando “será que, afinal, nessas igrejas não está o poder de Deus? Será que em igrejas em que não se grita nem se rodopia Jesus não salva almas, não cura enfermos, não restaura os caídos, não abraça os feridos?”. Você ouve até esse seu parente fazer uma piada com outros irmãos em Cristo, falando sobre “igreja sorveteriana, de tão fria”, e tem a nítida sensação (que não pode estar certa, deve ser impressão sua) que os cristãos são muito desunidos. Esse pensamento, de tão absurdo, foge rápido da sua mente, e você volta a refletir sobre a questão de se igrejas que não são barulhentas não têm o poder de Deus. E aí você se lembra que é impossível o poder de Deus estar ausente de onde Deus está e que a Bíblia assegura, nas palavras do próprio Cristo que “onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles” e repara que o poder de Deus se manifesta em qualquer ambiente em que haja pessoas reunidas em seu nome. E decididamente fica sem entender aquela coisa de que para haver poder de Deus é preciso berrar, bater no púlpito e se comportar de modo até meio descontrolado. “Mas tudo bem, faz parte da cultura dessa ou daquela denominação” e, conformado, decide continuar em sua busca.

Afinal, você tem um vazio na alma. Então, embora tudo aquilo lhe pareça muito estanho, você insiste. Muda de estação de rádio. O que ouve ali é um pastor… conversando com um demônio! Aquilo então lhe soa bizarro, pois pelo que já ouvira, a forma bíblica de Jesus de lidar com os demônios era não lhes dar nenhum papo, como diz Mateus 8.16 “Ao anoitecer foram trazidos a ele muitos endemoninhados, e ele expulsou os espíritos com uma palavra”. Repare, uma única palavra! (mais sobre isso no post Batalha espiritual ou bandalha espiritual?). E, de repente, tem pastores usando espaço em que poderiam estar pregando que “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores“, como ensina 1 Tm 1.15, mas…ficam dando oportunidade a demônios para tagarelarem sobre um altar que deveria estar sendo usado para exaltar o Todo-Poderoso.

Cansado de tentar entender a fé cristã pela mídia – sem conseguir entender, pois a cada nova tentativa a coisa parece mais complicada - você opta por vencer a preguiça e visitar diferentes tipos de igrejas e comunidades cristãs. Vai primeiro a uma igreja de um pastor famoso, que tem milhares de seguidores no twitter. Mas o homem começa a ensinar que Deus não está no controle de tudo o que acontece, que as desgraças que ocorrem no mundo não têm anuência do Onipotente… só que aquilo contraria toda a lógica de dois mil anos de cristianismo, como você conhecia. Você se lembra de Jó, se lembra do Dilúvio, dos exércitos de faraó sendo afogados…não, aquilo não pode ser cristianismo, Deus ainda deve estar no controle. Mesmo que um ou outro pastor-celebridade diga que não.

Sai do culto e vai a outra igreja. Linda, pessoas muito bem arrumadas, opa, quem sabe não é ali que você vai compreender Cristo? A pregadora começa a falar sobre Jesus te dar carro do ano se você crer, em ganhar uma bolsa Louis Vuitton se declarar a vitória e tomar posse da bênção, sobre como Deus pode fazer sua empresa prosperar se você der uma gorda oferta…. mas estranhamente nada daquilo preenche o vazio da sua alma. Você abre a Bíblia que comprou (uma cheia de estudos, de capa colorida e que estava numa promoção única) e lê “Aquele que é cobiçoso corre atrás das riquezas; e não sabe que há de vir sobre ele a penúria” e percebe que aquele discurso daquela senhora soa muito contraditório. Aí vira mais algumas páginas da sua Bíblia e lê lá no Novo Testamento que o próprio Jesus de Nazaré afirma: “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam“. Tem algo muito estranho acontecendo nessa tal igreja, mas você ainda não conseguiu definir o que é. Resolve continuar procurando.

E você, incansável, segue num périplo para entender o que é a igreja. E, mais que isso, para tentar conhecer esse tal de Jesus que dizem que preenche a nossa vida. Mas percebe que a linguagem de muitas igrejas é apenas dirigida pelo marketing, que sabe que cliente satisfeito volta, e por isso, muitas estão regendo suas práticas pelo mercado e buscam satisfazer o cliente. Nota ainda uma característica presente em quase todas: não se fala de morte, pois pelo discurso geral o negócio é aqui e agora, é o imediatismo (igrejas essas cheias de pessoas desesperadas, que estão atrás de uma ajuda rápida para situações urgentes). E sua cabeça dá um nó, pois afinal Jesus afirmou sem sombra de dúvida que o que importa no grande esquema das coisas é a eternidade, é a vida eterna, é o porvir: “Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará. Deus, o Pai, nele colocou o seu selo de aprovação”.

Já cansado da busca, você ouve falar de comunidades alternativas, que fogem do modelo institucional de igreja. Os chamados desigrejados, que saíram de igrejas tradicionais decepcionados não só com práticas e doutrinas, mas com pessoas. Resolve ir ao encontros de alguns desses grupos, vai que ali sim existe um cristianismo mais cristalino, longe da poluição das instituições maquiavélicas que “manipulam a Palavra de Deus”. Descobre, no entanto, que as pessoas que frequentam essas comunidades criticam hierarquias, mas têm modelos hierárquicos, que criticam liturgias, mas seguem liturgias, que abominam pastores, mas têm seus “irmãos mais experientes na fé”, que não se reúnem em templos, mas se reúnem em algum lugar. Mudam o nome das coisas (em vez de “igreja” se chamam “comunidades”, por exemplo), mas na essência nada muda, pois são formadas por pessoas e pessoas pecam (mais sobre esse assunto você pode ler nos artigos Jesus X Igreja: tornei-me cristão quando saí da igreja e Jesus nunca construiu templos). E aí você percebe que a igreja dos sem igreja é apenas mais do mesmo, só que com cores diferentes, e não se empolga com esse modelo.

Disposto a dar mais uma chance, pois aquele vazio continua, você vai junto com aquele seu primo crente que é adepto de um negócio chamado “batalha espiritual’ a um seminário onde ensinam montanhas de coisas sobre demônios, hierarquias demoníacas, nomes e cargos de demônios, mapeamento espiritual….rapaz, é demônio pra tudo que é lado. Curioso, você indaga, cochichando, ao seu primo de que lugar da Bíblia eles tiraram tanto conhecimento assim e ele gageja, hesita e diz que na verdade são revelações obtidas ou da boca dos próprios demônios (que, curiosamente mentem o tempo todo) ou de “ex-satanistas” que juram que faziam parte dos mais altos escalões do movimento satanista e começam a escrever livros e mais livros sobre o tema. Claro que viajam dando seminários (cobrando taxas bem gorduchas) , dando palestras e “ministrando” sobre o assunto. Mas nada daquilo veio da Bíblia! (você pode ler mais sobre isso no artigo Batalha espiritual ou bandalha espiritual?). E, adivinha só, você que esperava conhecer mais sobre Cristo e o cristianismo, só fica mais e mais e mais confuso – e, agora, cheio de doutrinas de demônios na cabeça.

Exausto por tentar entender o que são afinal de contas a igreja e o cristianismo (e esse Cristo, que até agora você não encontrou), começa a detectar problemas gerais. Falta de acolhimento, frustração com o estilo de liderança, frustração com as ênfases doutrinárias, ênfase excessiva na contribuição e escândalos pululam em cada esquina. Abre o jornal e vê deputados, senadores, governadores e outros políticos da chamada “bancada evangélica” metidos em um monte de escândalos. É tanta coisa, tanto troço, tanta tramoia que você se vira para os seus parentes e diz:

- Querem saber de uma coisa?! Desisti desse negócio de tentar conhecer Jesus! Não entendi se ser cristão é ser manso ou agressivo, se tenho de orar berrando ou não, se devo seguir a Bíblia ou coisas ensinadas por demônios, se devo cantar a Deus com respeito ou se devo ter um romance com Ele, se devo ir a uma igreja ou a uma comunidade que se reúne numa sala de estar…o que, afinal, é ser cristão?! Cadê a união?! Cadê a unidade?! Cadê “para que sejam um, assim como somos um”? Chega! Cansei! Preciso de um lugar onde eu encontre amor verdadeiro, unidade, paz e esperança! E não estou encontrando isso nessa tal igreja evangélica! Fui!

Aí, convidado por um colega de trabalho, você vai visitar um centro de outra religião. Ali você encontra pessoas mansas e humildes de coração, que falam com carinho e ajudam o próximo. Fala-se ali muito de amor. Faz-se muita caridade. E você descobre que ali é o lugar onde tudo faz sentido. Igreja evangélica? Não, obrigado.

E aqui acaba nosso exercício de imaginação, com a derrota total do cristianismo. Com uma chamada “igreja evangélica” tão falida que mais espanta que atrai. Que não tem apresentado nem representado Jesus de Nazaré.

Mas…

Um segundo só. Por favor, ainda não vá embora.

Pois essa história pode não acabar aqui.

Façamos outro rápido exercício de imaginação. Imagine uma igreja onde o Evangelho é pregado como Jesus ensinou. Sem shows, sem balbúrdia, sem marketing. Sem palcos iluminados, com sistemas de som espetaculares e sem nenhum equipamento de filmagem. Que siga hierarquias e liturgias bíblicas, não opressoras, mas defensoras da ordem e da boa administração e condução do Corpo de Cristo. Que tenha um modelo discipular, voltado a formar não consumidores da fé, mas discípulos do Senhor Jesus. Onde a leitura da Biblia, o jejum, a meditação, a oração e outras disciplinas fundamentais da fé cristã sejam estimuladas. Onde haja poucos membros, mas que esses poucos se conheçam pelo nome, se tolerem, se ajudem, intercedam uns pelos outros. Onde seja pregado o verdadeiro Evangelho, o Evangelho da renúncia, do “tome a sua cruz e siga-me“. Onde a mensagem não seja “o que eu posso ganhar”, mas “o que eu posso dar”. Onde ame-se a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (pelo menos tente-se fazê-lo). Onde dinheiro não seja causa, mas consequência, e algo que fique lá no fim da fila em termos de importância. Onde os pecadores não sejam apedrejados e expulsos, mas amparados, acolhidos, orientados, discipulados e postos novamente de pé. Onde Cristo seja glorificado na simplicidade. Onde uns lavem os pés dos outros. Onde haja contrição e confissão de pecados. Onde se pregue sobre morte, sofrimento, derrotas e dor – porque sim, isso também faz parte da fé. Essa igreja é possível. Acredite, é possível. Não há uma igreja perfeita. Mas essas igrejas onde busca-se o Evangelho puro e simples, longe dos holofotes e das colunas sociais gospel existem. Geralmente são anônimas, desconhecidas da mídia ou do grande público. Geralmente, seus pastores têm nomes que você nunca ouviu falar. Geralmente é onde se reúne aquele remanescente que não dobrou seus joelhos a Baal.

Não desista dessa busca. Ainda há igrejas onde você encontra Jesus de Nazaré. E onde você consegue viver o cristianismo como o cristianismo foi feito para ser. Desligue a TV com seus astros da fé, pare de ouvir grupos e cantores da moda, esqueça os ventos e os modismos, fuja de seminários estranhos, tire o diabo do centro e concentre-se em Deus… e procure essas igrejas. São igrejas anônimas, pequenas e desconhecidas, mas onde Jesus se orgulha de entrar e de dizer: Aqui sim me sinto em casa”.

Paz a todos vocês que estão em Cristo!

Autor: Mauricio Zágari

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