quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Meditação/Nadia Malta/QUE TAL FALAR COM A SUA ALMA?


QUE TAL FALAR COM A SUA ALMA?

Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus”. Salmos 42:5, 6ª.             

Este salmo apesar de ser atribuído aos filhos de Corá parece “exalar um perfume davídico” como disse muito apropriadamente certo comentarista. Aqui encontramos uma alma sedenta por Deus. Parece que nada mais importa neste mundo a não ser o desfrutar de um estreito relacionamento com o Senhor. Não conhecemos as motivações do salmista, mas imaginamos alguém de alma quebrantada e abatida ansiando pelo socorro do céu. Quantos de nós não nos encontramos assim? Há uma necessidade tão grande de refrigério e folga! Precisamos de um tempo sabático!

Ele começa seu poema dizendo: “Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus? Minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: "Onde está o seu Deus”? Essas palavras soam familiares? Creio que sim e para muitos de nós, elas soam quase autorais. Lutas, pressões, ausências, demandas, exigências! Partidas iminentes! Relacionamentos líquidos, adolescências tardias, falta de responsabilidades! Ufa! A expressão aqui é “extremo cansaço”, não há outra. E de repente paramos e nos perguntamos: Que mundo é esse? O salmista também sentia falta de ar já naqueles dias. Ele também baqueava em suas emoções, igualzinho a nós!

Na verdade é percorrendo as páginas do Livro Sagrado e especialmente os escritos dos salmistas que percebemos que não há super crentes. O que existe de fato é o Super Deus que nos sustenta e fortalece nele e na força do seu glorioso poder. Sem ele nada somos, podemos ou fazemos. E o pior é que no momento em que estamos assim tristes e abatidos sempre aparecem aqueles que se levantam para nos abater ainda mais com seus discursos prontos. São os que nos perguntam sem a menor sensibilidade: “Onde está o seu Deus”? Olhar para os escritos antigos nos ajuda a ter as nossas forças revigoradas. Os sofrimentos presentes não são muito diferentes dos experimentados pelos servos do passado. Talvez as motivações, os protagonistas e cenários sejam diferentes, mas não seus efeitos nos corações.

Sim, nos abatemos, nos entristecemos e sentimos vontade de pedir parada na terra para descer vezes sem conta. Como diz a letra da canção popular. Mas logo somos assistidos pelo Senhor que nos ampara e restaura. Basta irmos a ele de coração quebrantado e contrito. Ele é especialista em consertar corações rasgados. Com o salmista não foi diferente. Ele recebeu um insight de Deus e parou para confrontar a sua própria alma. É como se de repente ele sacudisse o mofo de toda aquela tristeza e se perguntasse: “Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus”. Já parou para diante do espelho estabelecer esse diálogo íntimo? Os salmistas eram dados aos solilóquios, esses diálogos íntimos que sacodem as nossas estruturas. O choro é lícito, a tristeza é lícita. Há momentos de dores atrozes, mas não podemos permanecer nesse estado de abatimento. Precisamos lembrar a nossa alma que temos um Deus Todo poderoso que está vivo e ativo. É ele quem nos sustenta e é nele que devemos por a nossa esperança. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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