domingo, 19 de março de 2017

Meditação/Nadia Malta/NÃO É SACRIFÍCIO, MAS “SACROFÍCIO”!

NÃO É SACRIFÍCIO, MAS “SACROFÍCIO”!

Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos”. Efésios 2.8-10.

                                                                                          


Hoje escutei um neologismo, ou seja, uma nova palavra que gostei demais de ouvir. Ela foi usada por uma mulher que dedica a sua vida a trabalhar com pessoas deficientes através da dança. Ela se dedica àquele trabalho com um entusiasmo tão grande que chega a ser comovente. E ao ser indagada sobre o seu sacrifício na realização do que faz, ela de pronto retrucou: “Não é sacrifício, mas sacrofício”! Gostei! Como seria bom ver os cristãos agindo assim! Que não é fácil fazer a obra de Deus todos nós sabemos! É um doar-se contínua e diariamente. É o chamado amor caridade, o amor que se doa em nome de um amor maior que é o de Cristo por nós! O apóstolo Paulo falando aos colossenses diz: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo”. Assim, não há nada que façamos efetivamente para homens, antes é para Deus que fazemos e isto faz aumentar a nossa responsabilidade, pois o oficio é sagrado, é santo!

O grande, perfeito e único sacrifício Jesus já fez por nós para que pudéssemos fazer de tudo um grande “sacrofício”, ou um sacro ofício. Há um caráter sagrado em tudo que fazemos, ou pelo menos deveria ter, sobretudo, quando temos a consciência do grande sofrimento de Cristo por nós. Não há nada daquilo que possamos fazer para Deus, e tudo é para Ele, que nos possa deixar mortificados, sacrificados. Pois em tudo devemos glorificá-lo! Visto que para nós, nada deve ser secular, que possamos fazer sempre o melhor! Ele quer misericórdia, não sacrifício!

Isto nos faz lembrar outra vez a recomendação feita pelo reformador Lutero ao sapateiro que lhe perguntou como ele poderia trabalhar para Deus. Ao que Lutero lhe respondeu: “Faça o melhor sapato e o venda por um preço justo e você estará fazendo uma obra para Deus!”.  João Batista já havia feito um tipo de recomendação assim no evangelho de Lucas: Não cobrem nada além do que lhes foi estipulado". Então alguns soldados lhe perguntaram: "E nós, o que devemos fazer?”. Ele respondeu: "Não pratiquem extorsão nem acusem ninguém falsamente; contentem-se com o seu salário". Assim, o  maior sacro ofício que podem os oferecer ao Senhor é o testemunho. E por falar nisto, como tem sido o nosso?

Em tempos de tanta corrupção essa recomendação pode soar estranha para um mundo caído, mas não para os que foram alcançados pela graça e foram comprados por preço de sangue, através do sacrifício do Cristo. Escutamos tantas queixas à respeito de cristãos no exercício de suas profissões seculares e até mesmo daquilo que fazem no âmbito da igreja! O estandarte do Cristo que está sobre nós é o amor, assim sejamos benignos, compassivos uns com os outros! Muitas vezes o único tempo ou a única chance que temos para anunciar o Cristo é através de atos concretos de amor, oferecendo o melhor de nós, pois é para o Senhor que estamos fazendo. Que possamos oferecer o melhor do nosso sacro oficio! E ao final, tudo deve ser para a glória de Deus! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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