segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Meditação/Nadia Malta/QUANDO A TRADIÇÃO CONTAMINA!

QUANDO A TRADIÇÃO CONTAMINA!

 “O que entra pela boca não torna o homem ‘impuro’; mas o que sai de sua boca, isto o torna ‘impuro’”. Então os discípulos se aproximaram dele e perguntaram: "Sabes que os fariseus ficaram ofendidos quando ouviram isso?”. Ele respondeu: "Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada pelas raízes. Deixem-nos; eles são guias cegos. Se um cego conduzir outro cego, ambos cairão num buraco". Mateus 15.11-14.
                                                                                                

Os fariseus e mestres da lei dos dias de Jesus faziam exigências as mais absurdas, quando eles mesmos não cumpriam nem a menor delas. Eram mestres sim, mas naquela velha postura do “faça o que eu digo, não o que eu faço”.  Tudo era baseado num jugo opressor sobre os fiéis, a maligna “teologia do medo” incidindo sobre mentes fracas e medrosas. Os religiosos com as suas tradições criadas por eles para intimidar, exploravam a boa fé dos tolos. Esse tipo de ação tem atravessado os séculos e encontrado adeptos também em nosso tempo. Mesmo com formatos diferentes, o objetivo é o mesmo: Caçar e aprisionar as almas daqueles que não tem o costume de pensar e questionar.

Os estudiosos mostram que os mestres da lei e fariseus haviam pulverizado a lei de Deus com nada menos que 613 regras; 248 mandamentos; 365 proibições e ainda 1521 emendas. Phillip Yancey em seu livro: O JESUS QUE EU NUNCA CONHECI, fala exatamente desse peso trazido pelos “técnicos em Deus”. Temos mencionado tantas vezes neste espaço: Cristianismo é relacional, não uma mera religiosidade de aparência. Os fariseus mencionados nos versículos citados se escandalizavam pelo fato dos discípulos de Jesus não terem lavado as mãos para comer. Essa prática pode ser observada como uma regra de higiene, não como uma prática ou exigência religiosa e cerimonial.

Aqueles homens tão cheios de regras e aparência de santidade foram duramente criticados por Jesus. Foram chamados de raça de víboras e sepulcros caiados. O Senhor foi extremamente misericordioso e compassivo com os pecadores de corações rasgados, como ladrões, prostitutas, adúlteras, mas igualmente severo com os que se achavam muito santos exteriormente carregando dentro de si podridão e rapina. Bondade e severidade são lados da justiça de Deus. Ai daqueles que a si mesmos se intitulam impecáveis.Confesso que tenho andado cansada das exterioridades religiosas, das liturgias vazias do verdadeiro amor, dos cultos-shows. Do marketing religioso. O texto citado mostra o Senhor dando uma dura lição naqueles religiosos empedernidos. Eles se “escandalizaram” pelo fato dos discípulos de Jesus não terem lavado as mãos para comer. Jesus responde àquela postura: O que entra pela boca não torna o homem ‘impuro’; mas o que sai de sua boca, isto o torna ‘impuro”. Do interior do homem procedem os maus desígnios e toda sorte de malignidade: Roubos, mentiras, perversidades, traições, homicídios, cobiça e todo tipo de perversões.

 E Jesus completa a sua resposta dizendo: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada pelas raízes. Deixem-nos; eles são guias cegos. Se um cego conduzir outro cego, ambos cairão num buraco". O que ele não plantou será arrancado! Crer é também pensar diz o sábio John Stott. Não nos impressionemos com as aparências de piedade. Tiago em sua epístola resume assim a verdadeira religião: “A religião que Deus, o nosso Pai aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo(Tiago 1:27). Que o Senhor sonde o nosso coração e nos ajude a ser canais de bênçãos e não de contaminação. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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