quinta-feira, 17 de maio de 2018

Meditação/Nadia Malta/TIREMOS AS VESTES NA PRESENÇA DE JESUS!


TIREMOS AS VESTES NA PRESENÇA DE JESUS!
                                                                             
Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais”. Jo. 8.10,11.                                                                                 

 Cada um dos evangelistas apresenta Jesus de uma maneira: Mateus mostra Jesus como o Messias prometido; Marcos, o apresenta como o Conquistador e se preocupa mais com suas obras que com o seu caráter; Lucas, o apresenta como o Divino Salvador e João faz questão de mostrar Jesus como o próprio Deus Encarnado. O contexto onde estão os versículos mencionados começa no versículo 1 e mostra os religiosos da época de Jesus armando uma cilada para fazê-lo tropeçar na Lei de Moisés e terem algo para acusá-lo. Contudo, Jesus sendo Deus, conhecendo-lhes os pensamentos e intenções do coração reverte aquela situação numa das mais pungentes oportunidades de manifestação da sua graça perdoadora de Deus.

Precisamos tirar as nossas vestes na presença de Jesus! Se formos a ele com sinceridade de coração deixando cair todas as máscaras e nos desnudando completamente diante de sua soberana presença, sairemos curados. Por que muitos não alcançam a cura interior? Talvez por não saberem como lidar com a culpa. Pecar é facílimo em todos os sentidos, o difícil é lidar com a culpa. O sentimento de culpa é uma das forças mais poderosas que existe, chegando a ser destrutivo se não for tratado. Diante da culpa se reage das mais diversas maneiras e a Bíblia está cheia de exemplos: Esquivam-se como Adão; Endurecem-se como Caim. Fogem como Moisés. Enlouquecem como Saul. Comovem-se como Davi. Choram amargamente como Pedro. Suicidam-se como Judas. Reconhecem, se quebrantam como o filho pródigo e fazem o caminho de volta para o Pai. Cada um age e reage de um jeito próprio. É comum também transferir a culpa para os outros como forma de defesa. Aliás, essa reação é a preferida de muitos. Há um poder libertador e terapêutico no reconhecimento e na confissão de pecado, que precisa ser experimentado por cada um de nós. Perdoar e receber perdão gera cura e libertação!

O texto todo nos traz algumas revelações importantes. Haverá sempre acusadores ao nosso redor ávidos para condenar seus semelhantes. A graça é perdoadora, mas é também confrontadora. A graça pode alcançar o pior pecador porque ela tem a medida do amor de Deus (largura, altura, comprimento e profundidade. Os Escribas e Fariseus, religiosos doutores da lei, são chamados de hipócritas (mascarados) tanto por João Batista quanto por Jesus. Eles possuíam uma fachada de ilibada conduta, mas foram comparados a sepulcros caiados (belos por fora e cheios de podridão e rapina por dentro). Eles trazem a Jesus o caso de uma mulher adúltera e perguntam o que ele vai fazer. Cobram uma punição. Mas Jesus não responde e se inclina para escrever no chão. O que ele escrevia? Ninguém sabe, alguns teólogos mais ousados dizem que ele escrevia ali no chão os pecados, não da mulher, mas dos religiosos acusadores. Porque ele não vê ou se impressiona com as nossas exterioridades, ele sonda mentes e perscruta corações.

A mulher adúltera não pecou sozinha, se ela foi apanhada em flagrante adultério, cadê o adúltero? Ele nem aparece na cena, se evadiu, cumpriu o seu papel naquela armação. A Lei de Moisés previa a pena capital para ambos. Não apenas para a mulher (Dt. 22.2). Talvez aquilo tudo tivesse sido preparado para apanhar Jesus nalguma falta. O acusador, aquele que age sempre sob a eficácia do adversário, é insistente, ele quer ver a desgraça do outro, mas não resiste a uma boa confrontação. Invariavelmente foge, não deseja ser desmascarado e rejeita a própria cura. O versículo nove no seu final diz que todos fugiram acusados pela própria consciência, ficando somente Jesus e a mulher. Note que a acusada não fugiu, ela se sentiu amada, apesar de sua nudez exposta. Jesus ali não contemplou a nudez física daquela mulher, mas a nudez da alma. Ela teve a sua alma perscrutada pelo Senhor. (Só Jesus transforma desgraça em graça!). Nadia Malta  http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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