quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Meditação/Nadia Malta/COM SAUDADES DE DEUS!

COM SAUDADES DE DEUS!

Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus? Minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: "Onde está o seu Deus”? Salmos 42.1-3.

                                                                                              


Alguns estudiosos dizem que este salmo forma uma única peça com o salmo seguinte. Este é atribuído aos filhos de Coré ou Corá e o seguinte está posto como anônimo. Ambos falam de uma saudade no coração do salmista. Embora o texto citado tenha autoria conhecida, quase podemos sentir o cheiro davídico nessas palavras tão tocantes. Podemos perceber os sentimentos do salmista em conflito. Encontramos aqui um misto de alegria e tristeza profunda; de fé e certa dúvida; angustia e renovo. Tudo ancorado por uma saudade incurável da presença do Senhor! Parece que ele só encontra refrigério e conforto em Deus! Como li essa semana: “Saudade quando não cabe no peito escorre na forma de lágrimas”! E como ela tem escorrido nos últimos tempos!

Uma das sensações mais inquietantes para um cristão é o silêncio de Deus, sobretudo, naquelas horas de solidão profunda. É nessas horas que ansiamos por uma intervenção sobrenatural, desejamos que ele fenda os céus e nos acuda, como desejou com tanta sofreguidão o profeta Isaías! Quantos de vocês que estão agora lendo estas palavras, não estão se sentindo assim agora? Acredito mesmo que a esmagadora maioria. Quero confessar que tenho me sentido assim nos últimos tempos! Temos experimentado lutas sem trégua. São cargas sobre cargas, ainda bem não saímos de uma situação logo outra vem nos assolar. É como o próprio salmista afirma: “Abismo chama abismo ao rugir das tuas cachoeiras; todas as tuas ondas e vagalhões se abateram sobre mim”. Equivale aquele ditado popular que diz: Uma desgraça nunca vem sozinha!

Há um anseio no coração do salmista que encontra eco em nossos próprios corações! Estamos desejosos de refrigério e folga. Isto nos faz lembrar o trecho da letra do velho hino: Anelos do Céu, que diz: “Da linda pátria estou tão longe, cansado estou! Eu tenho de Jesus saudades, quando será que vou”? São tantas demandas: Desempregos, enfermidades graves, servos de Deus injustiçados pelos tribunais humanos, litígios familiares, isto só para se ter uma pálida ideia da nossa longa lista!

As lágrimas foram alimento para o salmista e tem sido para muitos em nosso tempo! Há momentos que só nos resta parar e chorar até esgotar todo esse rio de dissabores que tem se abatido sobre nós! E ainda temos que aprender a lidar com os escarnecedores que a toda hora nos perguntam: Você não é cristã, por que então está passando por isso? Seu Deus onde está? É quando paramos e olhamos para a experiência do salmista que termina o seu poema confrontando a si mesmo: “Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus”. Que o Senhor nos console e renove forças e esperança! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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