domingo, 24 de maio de 2020

Meditação/Nadia Malta/UMA QUARENTENA QUE NOS HABILITOU PARA A VITÓRIA!


UMA QUARENTENA QUE NOS HABILITOU PARA A VITÓRIA!
                                                                                   
A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”. Mateus 4:1-11.                                   

Fortalecidos em Cristo podemos vencer todas as dores. Ele venceu para que pudéssemos vencer. O texto lido é um dos mais intrigantes relatados pelos Evangelhos. Ele começa dizendo que Jesus foi levado pelo Espírito Santo ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. Como entender essa ação do Espírito Santo? Depois de um longo jejum de 40 dias e 40 noites. Jesus venceu aquela batalha contra o Adversário e continuou vencendo-o em outras tantas, culminando em sua vitória final na sua morte e ressurreição. Por tudo isso, a idéia central aqui é ressaltar que o propósito daquela quarentena e tentação de Jesus é mostrar que ele foi tentado para que toda criatura no céu, na terra e debaixo dela soubesse que ele é o CONQUISTADOR! Ele desmascarou o Adversário e suas táticas e o derrotou. Por causa de sua vitória, podemos vencer toda e qualquer tentação. Aquela quarentena foi uma preparação para nós.

Há duas grandes salas de aula de Deus: o Vale e o Deserto. Toda vez que somos levados pelo Espírito Santo para uma delas, já vamos habilitados para sair vencedores. Enquanto no Vale aprendemos a vencer as provações: Enfermidades, dificuldades financeiras, perseguições, perdas e dores, no Deserto aprendemos a lidar e vencer nossas próprias inclinações e fraquezas (as tentações). É no deserto que aprendemos a dizer NÃO ao Mundo ao Diabo e a Carne. A experiência da tentação de Jesus, o preparou para ser o nosso Sumo Sacerdote. Jesus resistiu à tentação como homem, não como Deus, não devemos imaginar que ele usou seus poderes divinos para derrotar o diabo. Ele usou os mesmos recursos espirituais colocados à nossa disposição: o poder do Espírito Santo e o poder da Palavra (está escrito). A tentação envolve a vontade e os desejos e Jesus veio para fazer a vontade do Pai e deseja que assim o façamos.

A tentação de Jesus foi real e teve como alvo a vitória sobre o apelo das três áreas distintas da nossa natureza humana: O Apelo à satisfação da necessidade da carne, insinuando falta de amor e cuidado de Deus; O Apelo ao orgulho e a vaidade, propondo um exibicionismo; e o Apelo a fugir do sofrimento; um atalho para o reino. Depois de um jejum de 40 dias e 40 noites, Jesus estava fisicamente debilitado e faminto. Aquele era o momento oportuno de semear dúvidas quanto ao amor e cuidado de Deus, bem como a sua própria filiação. Aliás, o adversário é um oportunista. O tentador insinua que o Pai não amava Jesus e que ele poderia agir independentemente do Pai. A segunda tentação é mais sutil. Desta vez o Adversário também usa a Palavra. O tentador levou o Senhor ao pináculo do templo, cerca de 150m acima do Vale de Cedrom e citou o Sl. 91.11,12 completamente fora do seu contexto, propondo que Jesus pulasse lá de cima, porque “está escrito” ali que Deus promete cuidar dos seus. É importante olhar com atenção a resposta de Jesus, ele disse: TAMBÉM está escrito e cita Dt 6.16: “Não tentarás o Senhor teu Deus”.  O tentador insiste e não desiste nunca, aliás, ele apenas muda de estratégia, tornando-se mais sutil a cada ataque. Nessa tentação ele oferece a Jesus um atalho para o reino. A grande sutileza aqui era livrar Jesus do sofrimento da cruz em troca de receber dele a adoração só devida ao Altíssimo. Jesus tinha plena consciência de sua missão; não pode haver ressurreição sem cruz! O evangelho sem cruz é capenga, um evangelho de facilidades, raso, sem compromisso com Deus. Jesus mais uma vez rejeita aquela tentação com a Palavra. Ninguém pode chamar outros a obediência antes de obedecer. Que possamos entender essas coisas em nome de Jesus Cristo. Nadia Malta.


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