terça-feira, 19 de maio de 2020

Meditação/Nadia Malta/MEU DEUS QUE TEMPO É ESTE?


MEU DEUS QUE TEMPO É ESTE?
                                                                               

Temos tido tempo de sobra para meditar sobre o tempo atual. Não tem sido fácil viver em nossos dias! A palavra para descrever os dias maus que temos vivido é Perplexidade, assombro! São muitas as disparidades. São muitos os sobressaltos! Parece que de repente tudo virou de cabeça para baixo. E é inevitável os pensamentos que brotam aos borbotões: Alguns tristes, outros inquietantes, outros ainda nos deixam um frio na boca do estômago, uma sensação de nó na garganta que parece não ter fim! Não tem sido fácil engolir tudo que nos tem sido oferecido sem ânsia de vômito. Misericórdia!

Não me lembro de ter vivido dias de tanta inquietude nesses sessenta e tantos anos. Há uma falência generalizada da confiança. As instituições perecem que entraram em colapso. É triste não saber em quem confiar e assistir passivamente a mentira, a falta de discernimento, a manipulação, a inversão de valores, o desequilíbrio armarem tendas e se estabelecerem nas mais diversas áreas. Os poderes constituídos não se entendem, especialmente em uma hora que precisamos de unidade. O que temos visto? Lideres se digladiando por tudo e por nada! Parece que há um complô das trevas para nos desestabilizar, nos tirar do eixo. Há uma “labirintite institucionalizada”! Ouvimos os noticiários trazidos pelas mais diversas mídias e ficamos pasmados. Uns dizem de um jeito outros de outro, sempre carregando nas tintas. Tenho pensado muito nesses dias e talvez essa pandemia não seja uma inimiga em si mesma, mas um instrumento de revelação de tudo que estava oculto, dos sentimentos às ações, das intenções ao caráter de muitos. Tudo tem sido manifesto com uma fluidez espantosa, de maneira irrefutável. E creio que muito mais coisas ainda veremos. Quem (sobre)viver verá! Que aqueles que têm sensibilidade espiritual saiam fortalecidos de tudo isso!

A sensação que temos é de uma enchente devastadora que faz emergir um mar de detritos cada vez mais apodrecido e fedorento. Até quando? Que tempo é este? O que ainda está por vir? São perguntas que não querem calar! E talvez fiquem sem resposta! Nunca as relações estiveram tão caóticas, tão conflituosas, não só no âmbito familiar, que já é um capítulo à parte, mas em todos os níveis. Tem havido um sem número de casos de agressões absolutamente gratuitas. Como se não bastasse os efeitos devastadores dessa pandemia assoladora, que produz aos montes mortos que não podem ser velados nem floridos e quando muito chorados em isolamentos. Ainda temos que conviver com homicídios, feminicídios. Ânimos exaltados produzindo violência por toda parte. Que Deus tenha misericórdia de nós!

Há aqueles que acreditam que tudo vai ser diferente depois dessa pandemia. Infelizmente creio que as mudanças podem até ocorrer, mas para pior. Negativismo? Não. Realismo! Não tem como fazer uma leitura diferente de tudo que nos tem sido mostrado. Infelizmente, o que tem emergido dos porões da maioria das almas obscuras, com raras e honrosas exceções, é desalentador. É triste assistir aqueles que tentam tirar vantagem financeira com compras de equipamentos superfaturados em um momento em que todos nós estamos na mesma tempestade, embora em barcos diferentes. É triste ver outros tipos de conchavos políticos, sobretudo, para garantir a perpetuação do poder. A velha política mostrando as suas garras. Só tenho vontade de chorar e pedir parada no mundo para descer. Felizmente podemos dizer como o salmista: “Elevo os meus olhos para os montes, de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra”! Creio numa intervenção poderosa do Céu! Que Deus nos ajude! Nadia Malta

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