terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Meditação/Nadia Malta!SOU SIM, MULHER ATRIBULADA DE ESPÍRITO!

SOU SIM, MULHER ATRIBULADA DE ESPÍRITO!

Eu sou mulher atribulada de espírito; não bebi nem vinho nem bebida forte; porém venho derramando a minha alma perante o SENHOR. Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque pelo excesso da minha ansiedade e da minha aflição é que tenho falado até agora. Então, lhe respondeu Eli: Vai-te em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste”. I Samuel 1.15-17.

                                                                                    


Quantas vezes nos sentimos como Ana, a mãe do profeta Samuel ao derramar a nossa dor diante do Senhor! A fé não é incompatível com as dores da alma, muito pelo contrário! É precisamente nesses momentos de dores profundas quando o nosso espírito se atribula que experimentamos as grandes consolações e intervenções de Deus! Somos humanos, pequenos, limitados! Mas como é difícil as pessoas entenderem a nossa dor! Às vezes na tentativa de consolar aumentam a intensidade da dor com frases e jargões de efeito!

Ana foi confundida pelo próprio sacerdote com alguém embriagada. Que falta de sensibilidade! Quantas vezes temos as nossas lágrimas e apreensões naturalmente humanas confundidas com falta de fé até mesmo por aqueles mais chegados! Nesta minha caminhada ministerial tenho aprendido que em determinadas ocasiões o que de melhor temos a fazer é ficar em silêncio e simplesmente dizer: Estou aqui orando e disponível para o que você precisar, conte comigo! Que palavras consoladoras! Como tenho ouvido isto nesses dias de atribulação de espírito!

Hoje conheci no hospital uma mulher assim, atribulada de espírito. Ela está acompanhando dona Aurora, a sua mãe de 94 anos com falência múltipla de órgãos. Quanta dor e quanto medo no coração daquela mulher! E ela me disse que tem sido cobrada a ser forte. Aproveitei pra dizer que ninguém é forte em si mesmo, a não ser o Cristo que é o Forte dos Fortes e não devemos ter vergonha de mostrar a nossa fragilidade diante das inevitáveis dores da vida! Ninguém quer perder seus queridos! Não fomos programados para a morte! Pedi autorização para entrar no quarto daquela senhorinha e ali pedi que o Senhor as abraçasse e acolhesse. Parece que as palavras soaram como um bálsamos ao coraçãozinho já tão machucado e temeroso daquela mulher!

Deixemo-nos usar como vasos de misericórdia na vida daqueles que estão atribulados de espírito e não nos envergonhemos de derramar também os nossos corações diante do Senhor! Ana teve a sua petição respondida e a sua alma aliviada. Não sabemos lidar com essas dores que nos dilaceram a alma, na verdade, ninguém sabe! Contudo, ao reconhecermos a nossa fragilidade e buscarmos em oração ao Senhor seremos socorridos por Ele! Derramemos, pois, a nossa alma perante Ele! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/



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