sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Meditação/Nadia Malta/ PERDÃO É ATITUDE, NÃO SENTIMENTO!

 PERDÃO É ATITUDE, NÃO SENTIMENTO!

                                                                                  


E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores. Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens (as suas ofensas), tampouco vosso pai vos perdoará as vossas ofensas”. Mt. 6.12, 14, 15 


Os versículos lidos estão inseridos na Oração do Pai Nosso e falam especificamente de uma atitude perdoadora que devemos ter face às ofensas sofridas. Jesus não está mencionando aqui sentimentos, mas atitude baseada na obediência a ele. Por que devemos perdoar? Porque Ele nos perdoou e ponto final. Descobrimos aqui que há uma ligação entre o perdão que recebemos de Deus e o perdão que devemos oferecer aos nossos ofensores. Só quando voltamos ao lugar da misericórdia, onde um dia recebemos o perdão de Deus, entendemos a necessidade de perdoar. E essa é a idéia central do texto lido. Que a nossa grande motivação para perdoar seja o prazer de obedecer ao nosso Pai celestial. Há muitos servos de Deus com a vida absolutamente travada. Estão salvos, mas miseravelmente infelizes. Nada flui em suas vidas, as portas permanecem fechadas porque são verdadeiros depósitos de lixos emocionais ambulantes. Esses servos são assolados com enfermidades emocionais, físicas e espirituais por causa da postura renitente com relação ao perdão das ofensas recebidas. Perdoar é viver com leveza. Quando o perdão é retido aprisionamos a nós mesmos e aos outros espiritualmente.

Em relação ao perdão há dois princípios no texto que precisamos observar: Preciso voltar mais vezes ao lugar da misericórdia, para lembrar o perdão que recebi de Deus; e Recebí perdão para ministrar perdão (Devo dar aos outros a mesma medida que recebí de Deus). É como se disséssemos: “Senhor, me perdoe do mesmo jeito que eu tenho perdoado os que me ferem”. Aqui cabem duas perguntas: “Tenho mesmo perdoado aos meus ofensores?”; “Vou querer receber de Deus a mesma atitude que tenho para com os outros?”. O grande problema é que não atinamos para a profundidade dessas palavras. Elas estão em nossas mentes, mas não permitimos que desçam para o nosso coração e tragam cura para a nossa alma. O desejo de Deus é que continuamente estejamos exercitando esse perdão, até que toda mágoa, todo ressentimento sejam esgotados dos nossos corações. Ser depósito de lixo gera doenças e morte: depressões, úlceras, cânceres e outras patologias. Lixo fermenta e gera podridão. Perdoar é fazer uma grande faxina em nossa alma, esvaziar o depósito e enchê-lo do Espírito Santo.

Quando tivermos dificuldade em perdoar uma ofensa recebida, precisamos voltar ao lugar da misericórdia, no qual nós mesmos fomos perdoados por Deus, apesar de nós. Havia uma condenação contra nós, mas naquele lugar o escrito da dívida que era contra nós foi apagado. Não estamos dizendo aqui que isso é algo fácil, pelo contrario, demanda sacrifício. Sacrifício do nosso orgulho, a bem da nossa saúde física, emocional e espiritual. É o culto racional que Paulo propõe em Rm 12.1, 2. Normalmente queremos receber perdão e misericórdia da parte de Deus, mas justiça e punição vingadora para os nossos inimigos. O perdão é uma via de mão dupla. Se exercitarmos para com os outros, o perdão também voltará para nós da parte de outros a quem ofendemos. A falta de perdão tem travado a vida de muitos servos de Deus! É tempo de voltarmos ao lugar da misericórdia! Se alguém o ofendeu, escolha perdoar. Diga: “Senhor, eu escolho perdoar essa pessoa e coloco a injustiça praticada por ela contra mim na cruz do Calvário e clamo por tua misericórdia sobre a vida dessa pessoa, eu a abençôo e perdôo em nome de Jesus Cristo”. Isto é atitude não sentimento. Nadia Malta

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