terça-feira, 2 de junho de 2020

Meditação/Nadia Malta/“TEM BOM ÂNIMO, JESUS TE CHAMA”!


“TEM BOM ÂNIMO, JESUS TE CHAMA”!
                                                                          
 E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão, Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram, então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama. Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus. Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver. Então, Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora”. Marcos 10: 46-52.  

O texto lido é citado por três dos quatro evangelistas: Mateus, Marcos e Lucas. Cada um deles conta o episódio de sua própria perspectiva: Mateus fala que foram dois cegos; Marcos e Lucas dizem que foi apenas um. Em todos os relatos, o cego ou os cegos foram encontrados à beira do caminho e tiveram a sua visão restaurada. Há muitas explicações para essas aparentes contradições, mas não é este o cerne do assunto que queremos abordar. Vamos nos ater ao fato em si: Alguém que enxergava, agora perdera a visão e buscava ansiosamente tornar a ver. Apenas os cegos citados por Marcos e Lucas se enquadram nesse perfil. Marcos é o mais específico dos evangelistas, apesar de ter escrito o menor dos quatro Evangelhos ele com sua capacidade de síntese consegue dizer coisas que os outros não conseguem.  Quando Jesus estava saindo da Velha Jericó e entrando na Nova Jericó, encontrou um homem que tinha nome, chamava-se Bartimeu, seu pai era conhecido chamava-se Timeu; essa poderia ser a história de qualquer um de nós ou de qualquer pessoa que conhecemos. Aquele homem deveria ter passado por algo terrível que o fizera perder a visão. O texto diz que ele vivia esmolando à beira do caminho. Não há nada mais triste do que encontrar alguém que andava desembaraçadamente no Caminho e de repente perdeu a visão, ficando à margem da vida. Se uma cegueira adquirida, do ponto de vista físico nos choca e comove o que se dirá de uma cegueira espiritual?

 Quantos em nosso meio andavam desembaraçadamente, tinham uma visão nítida de seu chamado e de repente, quase sem perceber vão encurtando a visão e se tornam míopes espiritualmente até que cegam completamente! Quando Jesus andou na terra e se fez homem por amor de nós, a sua intenção não era tratar os problemas do mundo, mas resolver o grande, único e crucial problema do homem: o seu pecado. Ele veio buscar e salvar o perdido. Em nenhum lugar nas Escrituras o encontramos implantando uma religião, mas buscando um relacionamento intimo com todos os que por ele foram restaurados: cegos, coxos, leprosos, endemoninhados, lunáticos, enfermos, maltrapilhos, até mesmo mortos ressurretos e pecadores de toda sorte. O Senhor é Deus misericordioso e compassivo e também de oportunidades, está sempre nos proporcionando chances de restaurar a nossa visão dele próprio e do seu Reino. O texto nos mostra quatro atitudes do cego Bartimeu que devem ser tomadas por todos os que perderam ou encurtaram a visão do Caminho e desejam restaurá-la: Clamar ao Senhor com sinceridade de coração e não se deixar abater pelas críticas e repressões; Lançar de si a capa (falsa segurança) e ir ao encontro do Senhor; Levar a Jesus um pedido específico e cheio de fé; Seguir a Cristo.

Mesmo a despeito de toda oposição, Bartimeu ouviu a voz do Senhor e clamou por ele. Ele não se deixou intimidar e assim devemos fazê-lo com toda a força do nosso coração. Bartimeu reconheceu que só o Senhor era a saída para aquela sua situação, ele não podia perder aquela chance de ser restaurado e foi à luta. Ele não podia enxergar, mas podia ouvir e gritar, e assim ele fez e nós podemos fazer também.  A capa pode ser: uma pessoa; uma situação; um trabalho; bens materiais; a própria religiosidade e o “igrejismo”; tudo que de certa maneira embaraça nossos passos e impede de irmos a Jesus, que é nossa verdadeira proteção.  Como é difícil lançar de nós a nossa capa! Por que fazemos tantos rodeios em relação ao que precisamos? Precisamos exercitar a nossa fé e nossa objetividade. Por que muitos clamam e não são atendidos? Porque falta fé e objetividade.  Bartimeu não parou para pensar, na verdade ele não queria apenas a bênção, mas um compromisso com o abençoador. Por isso o texto diz que ele seguiu a Cristo imediatamente. Ele descobriu que a velha forma religiosa que ele abraçara no passado não lhe servia mais, mas por outro lado não estava preocupado com o que poderiam pensar dele. Ele queria O Cristo de Deus. Note que ele clamou não por Jesus de Nazaré, o carpinteiro, “filho de seu José e dona Maria”, mas por Jesus, o Filho de Davi (esse era o título messiânico de Jesus). O Enviado, o Ungido de Deus! Aquele que tem a sua visão restaurada pelo Senhor, só lhe resta uma saída: SEGUI-LO! Jesus é Aquele que restaura a visão aos que ao longo do caminho olharam tanto para as trevas que encurtaram a visão. O Senhor é o restaurador por excelência. Ele nos chama. Busquemos a Ele! Nadia Malta.

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