quinta-feira, 25 de junho de 2020

Meditação/Nadia Malta/ESTAMOS TODOS SENDO REFEITOS PELO OLEIRO DIVINO!


ESTAMOS TODOS SENDO REFEITOS PELO OLEIRO DIVINO!
      
Palavra do Senhor que veio a Jeremias dizendo: Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras. Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue a sua obra sobre as rodas. Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu. Então, veio a mim a Palavra do Senhor: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? – Diz o Senhor; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel”.  Jr 18.1-6. 

 Busquemos discernimento para compreender o mover de Deus e nos entregar sem resistência ao seu trabalhar. O texto lido mostra Jeremias, no exercício do seu difícil ministério profético, sendo enviado à casa do oleiro onde receberia instruções de Deus a respeito de como ele trabalha na vida do seu povo escolhido. O Senhor costuma usar coisas e situações simples e corriqueiras para nos ensinar lições preciosas. Desta vez, antes de Jeremias levar ao povo desobediente a mensagem de Deus, ele deveria ir à casa do oleiro e ver de perto o seu processo de trabalho para a fabricação de vasos. O trabalho do oleiro ilustra bem a maneira como Deus pode trabalhar na vida de seus escolhidos, com o fim de quebrar sua resistência para que se voltem ao Senhor e se tornem vasos de honra em suas mãos habilidosas. Ah, se tivéssemos percepção espiritual para discernir quando e quanto Deus está trabalhando em nós! Todos os grandes homens e mulheres usados como instrumentos de Deus em todos os tempos experimentaram ou estão experimentando esse processo transformador.

Muitas vezes é necessário que desçamos ao Vale, porque é lá que se encontra a maior e mais bem equipada Sala de aula de Deus. Para que um vaso seja feito, precisa passar por um processo longo e nada simples. O que descobrimos na Olaria de Deus? Lá é lugar de aprendizado; A olaria fica num vale, precisamos nos dispor a descer para sermos ministrados por Deus; O Senhor não descarta vaso escolhido, mas o refaz segundo bem lhe parecer; Como este barro somos nós nas mãos do Oleiro Divino. O barro escolhido precisa ser separado; Ser Curtido; Ser Pisado; Passar por alguns Acréscimos; Ser Moldado; e Ser Cozido. Há muitos tipos de barro, mas poucos servem para a fabricação de vasos utilitários, isso porque nem todos podem ser modelados. Vale salientar aqui que o mérito não é do barro, mas das mãos habilidosas e transformadoras do oleiro.  O vaso que Jeremias viu sendo feito, estragou-se nas mãos do oleiro, isto acontece quando o barro não está bem curtido. Quanto maior o curtimento, maior a liga; quanto maior a liga, maior a resistência. Nesta fase, o barro fica aparentemente jogado num canto, levando água e sol, e é assim que as impurezas vêm à tona até ficar pronto para a fase seguinte. Conosco é do mesmo jeito: quanto maior for a obra que Deus tem para nós, maior será o “curtimento”.

Quando o barro escolhido sai do curtimento, vai para um lugar onde é literalmente pisado, amassado. Pisar o barro faz com que as bolhas de ar nele contidas, sejam retiradas para que não danifiquem o vaso depois de pronto. A figura do ar em bolhas aqui, nos remete àqueles sentimentos como orgulho, vaidade, soberba, arrogância, autoconfiança excessiva, e tantas outras coisas que deixam o ego de muitos inflado como um balão danificando o vaso do Senhor. Para eliminar esse “ar” somos pisados, humilhados, machucados até que toda bolha de “ar” seja esvaziada do nosso coração. O vaso na mão do oleiro quebrou-se, porque além de não ter sido bem curtido e pisado, faltou algum ingrediente para que se tornasse resistente. Para a fabricação de vasos utilitários, é necessário depois do curtimento e do pisamento, acrescentar palha fina e pedra triturada, para que se tornem resistentes. Só os jarros para adorno é que não necessitam de acréscimos, são frágeis por natureza, não tem nenhuma serventia a não ser enfeitar. Deus quer vasos resistentes para ser usados por ele, não jarros de adorno. Aqui precisamos da mistura preciosa de santidade, humildade, compromisso com Deus, submissão, fé e obediência. Sem essa mistura não resistiremos à glória e a unção de Deus sobre nós. O barro é colocado sobre a roda do oleiro e ali, vai receber a forma de acordo com a vontade e criatividade do oleiro. Mesmo já nessa altura do processo, quando as mãos hábeis e sensíveis do oleiro tocam o barro e sentem alguma imperfeição, ainda há tempo daquele vaso ser desmanchado e refeito.  Hora do cozimento. Só o barro escolhido e bem trabalhado agüenta as altas temperaturas do forno da olaria. É o batismo de fogo com o qual somos batizados por Jesus depois de recebermos o batismo com o Espírito Santo. Muitos neste momento, no meio do povo escolhido estão sendo submetidos às altas temperaturas das tribulações e adversidades. Se você é uma dessas pessoas, creia, Deus tem uma grande obra na sua vida. Quanto maior for a temperatura do forno da olaria, maior será o propósito para o vaso escolhido. Que o Senhor nos ajude a resistir! Nadia Malta.


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