domingo, 12 de abril de 2020

Meditação/Nadia Malta/CELEBREMOS A LIBERDADE E A VIDA!


CELEBREMOS A LIBERDADE E A VIDA!
                                                                                    
 Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem; naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a comerão.  O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito. Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo”. Êxodo 12.7,8 , 13,14. 

Reflitamos sobre o real sentido da páscoa (libertação, passagem) da morte para a vida. No Antigo Testamento a Páscoa fala de libertação do povo de Israel de um cativeiro de 430 anos no Egito. Este capítulo 12 narra o episódio com uma riqueza enorme de detalhes. Já no Novo Testamento, a Páscoa se refere a morte e ressurreição de Cristo, o Cordeiro de Deus imolado de forma vicária (substitutiva) por cada um de nós. As duas dispensações falam de passagem. A própria palavra Páscoa significa passagem. Passagem da morte para a vida. Do cativeiro para a liberdade. Deus preserva o seu povo da morte através do sangue do cordeiro, no passado e no presente. Os que estão debaixo do sangue de Cristo foram livrados da morte eterna e já foram transportados do reino das trevas para o Reino do Filho do amor de Deus. O cordeiro imolado no passado foi servido com ervas amargas. A morte do cordeiro na Páscoa judaica apontava para a morte cruenta do Cristo, o Cordeiro de Deus imolado. A Ressurreição é verdade central e inquestionável do Cristianismo que tem atravessado os séculos e desafiado os céticos de todos os tempos.  Apesar das gerações tentarem ao longo dos anos secularizar e banalizar o real sentido da Páscoa com as suas distrações e tradições, o real sentido da Páscoa resiste. Páscoa é libertação do cativeiro e da morte! A resistência a essa percepção equivocada cabe a nós. Banalizar a Páscoa, passagem da morte para a vida, maquiando-a ou mesclando-a com a tradição e a cultura dos homens é ferir a verdade central do Cristianismo.

Há três princípios da Páscoa do passado que se aplicam à Páscoa do presente, para a qual aquela primeira apontava: Só os que estavam sob a proteção do sangue do cordeiro morto foram salvos da morte. Foi assim no passado, é assim hoje; Os que foram salvos da morte pelo sangue do cordeiro precisaram se alimentar dele. Foi assim no passado é assim hoje; e Os que participaram daquela refeição memorial precisavam lançar fora todo o fermento que houvesse dentro de suas casas. Foi assim no passado é assim hoje. Ao povo de Deus no Egito foi ordenado pelo Senhor que cada família se reunisse e matasse um cordeiro sem defeito para que com o seu sangue aspergisse as ombreiras e verga das portas. O sangue aspergido seria o sinal. Onde houvesse a marca do sangue o primogênito estaria a salvo. Todos os primogênitos do Egito morreram naquela noite, exceto os que estavam sob a cobertura do sangue do cordeiro. O cordeiro do passado apontava para o Cristo não podemos perder isto de vista em nenhum momento. Hoje, os que estão debaixo da cobertura do sangue de Jesus, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, fazem parte da igreja dos primogênitos arrolada nos céus diz Hebreus 12.23. Estes foram livrados da morte e já passaram da morte para a vida. O sangue de Jesus derramado e aspergido sobre a casa espiritual de todo aquele que nele crê, fará com que ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Através desse sangue remidor somos justificados, redimidos, resgatados do poder do adversário, temos os nossos pecados perdoados apagados fomos reconciliados com Deus e passamos a fazer parte de sua família.

A Refeição memorial do passado apontava para o futuro. O versículo 11 diz: “Ao comerem, estejam prontos para sair: cinto no lugar, sandálias nos pés e cajado na mão. Comam apressadamente. Esta é a Páscoa do Senhor”. A mesma atitude de prontidão do passado deve ser mantida hoje, somos peregrinos e forasteiros nesta terra e aguardamos a vinda do Senhor que é certa e repentina. O povo de Israel comeu aquela refeição para se fortalecer para a longa caminhada que fariam. Assim como nós que somos salvos da morte eterna pelo sangue de Jesus Cristo, precisamos nos alimentar dele como o Pão Vivo que desceu do céu para sermos fortalecidos espiritualmente para a nossa jornada neste mundo.  A Páscoa judaica foi substituída pela Ceia do Senhor. Haviam dois sacramentos no passado: Circuncisão e Páscoa. Só participava do segundo quem passasse pelo primeiro. Há dois sacramentos no presente: Batismo e Ceia do Senhor (comunhão). De igual modo só podem participar do segundo quem passou pelo primeiro. Na Ceia o pão simboliza o corpo de Cristo e o vinho o seu sangue.   Também, é uma refeição memorial que nos faz lembrar a morte do Senhor até que ele venha.  Durante a celebração da páscoa judaica, o povo de Deus não podia ter em casa nenhum tipo de fermento (símbolo do pecado). Em I Co 5. 7,8 o apóstolo Paulo ordena: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade”. Por isso mesmo antes de participarmos da Ceia do Senhor devemos nos examinar a nós mesmos. Não podemos participar dignamente da Ceia sem discernir o Corpo de Cristo simbolizado através dos elementos (Pão e Vinho). Assim, Páscoa é a grande celebração da liberdade! Que possamos ter consciência da ação salvadora do sangue que está sobre nós. Cristo ressuscitou, está vivo e virá nos buscar. Ele é o penhor, a garantia da nossa ressurreição! Mantenhamos firmes a confissão dessa esperança!  Nadia Malta.

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