quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Meditação/Nadia Malta/O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ!


O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ!
                                                                         
Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: “O justo viverá por fé”. Romanos 1.16,17.

Não podemos perder de vista em nenhum momento a viga mestra da fé salvífica: “O justo viverá pela fé”! O texto lido traz em sua parte final a grande afirmação tirada pelo apóstolo Paulo do livro do profeta Habacuque, que se tornou a viga mestra da Reforma Protestante de 1517. Encabeçada pelo monge Alemão, agostiniano, doutor em teologia e professor, Martinho Lutero. Em sua tradução do texto bíblico do latim para o alemão, esta verdade saltou-lhe aos olhos e reverbera até hoje naqueles que professam a mesma fé bíblica. Percebemos que a Reforma nada mais foi que um despertamento para os cristãos daqueles dias voltarem aos fundamentos da verdadeira fé que salva. Na verdade, a Reforma chamou a fé, que uma vez foi dada aos santos, de volta à pessoa e à suficiência do Cristo. É inevitável a comparação do que vemos em nossos dias com os dias que levaram a Reforma. Houve progresso? Sim e não! Graças à conquista daqueles dias, temos acesso à Palavra de Deus em nossa própria língua, podemos lê-la e interpretá-la à luz do Espírito Santo. “A fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Deus!”. Contudo, “os caçadores de almas”, que a si mesmos se denominam “pastores”, com seus “invólucros feiticeiros” importados de outros guetos espirituais, continuam de todos os modos aprisionando com sua teologia de terror àqueles  que por ignorância ou necessidade se deixam persuadir.

Um dos fatos que desencadeou a Reforma foi a venda das indulgencias naqueles dias, ou seja, o perdão dos pecados em troca de dinheiro. Qual a diferença dos nossos dias? Talvez a forma de pagamento! Tratemos de chamar outra vez a fé, como nos dias da Reforma, à pessoa e à suficiência do Cristo! Este é o grande desafio que temos hoje como Cristãos professos! Tudo vem do Cristo, acontece por meio Dele e é para a Glória excelsa Dele! O texto revela duas afirmações do apóstolo Paulo que fecha a questão acerca da justificação. Primeira Afirmação: Ele não se envergonha do Evangelho, porque o Evangelho é o Poder de Deus para todo aquele que crê! Paulo queria dizer aqui que, embora, a mensagem da cruz parecesse loucura para uns e escândalo para outros, ele não se sentia embaraçado em pregá-la, pois conhecia o seu poder transformador. O Evangelho é o Próprio Cristo, o Verbo Encarnado. A Palavra viva que procede da boca de Deus! Através do Evangelho segundo João (1:1-3, 10-14) ouvimos: “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus”. Em 1 Coríntios 1:18, 24 Paulo afirma: “Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus. Mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus”.

Segunda Afirmação: A justiça de Deus se revela no Evangelho de fé em fé. O justo viverá pela fé! Como entender essa afirmação? Como viverá, se tantos cristãos verdadeiros experimentam a morte? Primeiro vamos entender a palavra justificação. É um termo forense que significa estar bem perante a lei. Do ponto de vista teológico vai mais além: Ocorre quando o homem comum pecador recebe o caráter de Justo em Cristo, por intermédio da sua conversão, de forma vicária (substitutiva). Em Romanos 5:1 "Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Tudo isto é baseado não em justiças ou obras próprias, mas na expiação, ou seja, somos declarados justos com base na expiação de nossos pecados por intermédio de Cristo e na sua justiça imputada (atribuída) a nós. Portanto, não podemos reduzir o Evangelho que é a ação da justificação imputada a nós, às palavras de autoajuda ou a simples mensagens para que as pessoas saiam da igreja se sentindo aliviadas de suas lutas diárias. Negativo. A imputação da justiça de Cristo a nós vai infinitamente mais além do aqui e o agora desta vida passageira.  A imputação da justiça de Cristo, nos livra da Ira vindoura de Deus, apaga o escrito da dívida, não há mais condenação. O Justo viverá (eternamente) por causa da fé no Cristo. Ainda que ele passe pela morte física, não passará pela segunda morte que é espiritual e constitui na eterna separação da presença favorável de Deus. Tudo que o pecador precisa fazer é crer nesta verdade e confessá-la! Paulo ainda na epistola aos Romanos, a mais sistemática das epístolas, diz em (3:22-2): “A justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem. Não há distinção, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”. Salvação é plano de Deus. Aí entra a palavra propiciação!  O próprio Deus veio na pessoa do seu Cristo expiar (definitivamente) o pecado do homem que Nele crê. O verbo propiciar então, teologicamente significa que Deus, por causa da expiação em Cristo, se torna propício, favorável ao homem. Deus TIRA (definitivamente) a culpa e a penalidade do pecado do homem. Embora, ainda não estejamos livres da presença do pecado, o Senhor nos livra do seu poder e de sua penalidade. Não há mais condenação para os que estão em Cristo Jesus! Sem Cristo o homem está debaixo da condenação eterna, debaixo da ira de Deus. Em Cristo somos reconciliados com Ele e passamos a fazer parte de Sua família. Rejeitemos as “indulgencias pós-modernas” na forma de votos de tolos, das correntes intermináveis de oração! Abraçar essas práticas é retroceder aos dias passados. Creiamos no Cristo Todo Poderoso e Todo Suficiente. Voltemos a Ele! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/





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