domingo, 1 de março de 2015

Meditação/Nadia Malta/MEDO E FÉ NÃO COMBINAM, OUSEMOS CRER SOMENTE! Mc. 5.22-43.

MEDO E FÉ NÃO COMBINAM, OUSEMOS CRER SOMENTE! Mc. 5.22-43. 

Falava ele ainda, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, a quem disseram: Tua filha já morreu; por que ainda incomodas o Mestre? Mas Jesus, sem acudir a tais palavras, disse ao chefe da sinagoga: Não temas, crê somente”.  Vs. 35,36. 



O texto acima citado é bem conhecido e conta a história de uma situação vivida por Jairo, um dos principais da Sinagoga. Ele vem pedir socorro a Jesus com urgência por causa da sua filhinha que estava à morte. No caminho, Jesus se depara com uma emergência. Uma mulher hemorrágica o faz parar, porque sentiu em seu coração que se ao menos lhe tocasse a orla da veste seria curada. Podemos imaginar a impaciência de Jairo, correndo contra o tempo. Aquela situação era urgente – sua filha estava gravemente doente, à morte! Qualquer pai no lugar dele teria se desesperado. Mas ele espera silencioso. Ao olharmos para ambas as situações podemos enxergar a fé que deve agir e a fé que deve esperar! Há uma diferença entre urgência e emergência, embora muitos confundam. O dicionário esclarece a diferença: enquanto a primeira (urgência) trata-se de algo que deve ser feito rapidamente, não dá para esperar. A segunda (emergência) é uma situação crítica, incidental. Logo aqui aprendemos que o critério de Jesus é diferente do nosso. Talvez qualquer um de nós tivesse corrido logo a casa de Jairo para socorrer aquela menina à morte e só depois cuidaria da mulher hemorrágica. Jesus que faz tudo esplendidamente age exatamente de forma oposta. Ele não perde oportunidade de ensinar preciosas lições. Ele é Senhor do tempo. Por isso acode em primeiro lugar a emergência para depois resolver a urgência. Por confiar no Senhor tanto a fé que soube a hora de agir, quanto a fé que soube esperar receberam o que necessitavam da parte do Senhor. Vivemos dias nos quais é necessário que passemos da superficialidade religiosa para uma espiritualidade de alicerce profundo. A aparente demora de Jesus em acudir ao chamado de Jairo, parece resultar na morte de sua filha e ele recebe a pior notícia que um pai pode receber. Aquela noticia equivalia dizer: “fim da linha, Jairo”; “não tem mais jeito; desista, o pior aconteceu”; “não adianta pedir”; “seu esforço foi em vão”; “não perca mais tempo com isso”; “é melhor se conformar”. Quantas dessas e outras frases parecidas ouvimos em meio às nossas lutas? O Senhor nos ensina aqui a não dar ouvidos aos pregoeiros da desgraça e ousar crer nele apesar de tudo. Isto nos leva a olhar para as palavras finais dos versículos ressaltados. Jesus diz a Jairo: “Não temas, crê somente!”. Somos provados, testados a todo instante. São lutas por fora e temores por dentro, como diz o apóstolo Paulo. E como esses temores têm nos assolado, misericórdia! O medo tem sido uma das mais letais armas de satanás contra nós. O medo é atormentador, porque além de nos paralisar, impede que alcancemos o sobrenatural de Deus. Diante de cada circunstancia, cada obstáculo somos traídos por nossa humanidade insegura. Tendemos a ficar desesperados, perdemos o chão e nos esquecemos Daquele que é o Senhor de todas as coisas. Ele tem o controle de tudo em suas mãos e não age de acordo com a lógica ou critérios humanos. Confiemos nele! Ousemos crer somente à despeito do que os nossos medos tentam nos mostrar! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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