CLAMEMOS PELA PRESENÇA DE DEUS!
https://youtu.be/7NBHNg3H7bg
“Mas eles insistiram muito com ele: "Fique conosco, pois a noite já
vem; o dia já está quase findando". Então, ele entrou para ficar com
eles”. Lucas 24.29.
Este é sem dúvida, pelo
menos para mim, um dos textos mais tocantes da Palavra de Deus! A dor daqueles
discípulos à caminho da aldeia de Emaús após a morte de Jesus é semelhante a
dor de cada um de nós ao nos sentir sozinhos e desamparados tantas vezes. Não
falo da solidão de pessoas, mas da solidão existencial mesmo. Daquela solidão
que enche o nosso coração de um vazio insuportável. Como essa solidão é humana
e democrática, numa certa medida atinge a todos nós! Muitos julgam aqueles
discípulos, demonstrando um jogo do contente em meio às dores e perdas da vida.
Jesus estava certo como sempre. Somos sim demorados para entender e crer em tudo
o que Ele tem nos dito. São tantos os obstáculos que se levantam para
embarreirar a nossa fé e a emoção é o pior deles! “Crer é pensar” diz John
Stott. Como seria bom se aprendêssemos a criticar nossos próprios pensamentos e
emoções! Mas a boa notícia é que Ele sempre vem ao nosso encontro e se coloca
ao nosso lado compreendendo o que sentimos na nossa fragilidade humana. Aqueles
pobres discípulos tristes e deprimidos naufragaram em sua dor, assim como cada
um de nós tantas vezes. Tudo parecia irremediavelmente perdido.
O Mestre amado em quem eles
haviam depositado a sua confiança e esperança estava morto. Tudo perdera o
sentido, havia um crepúsculo no coração deles. Só restava desânimo, dor e
desesperança. A tristeza era tanta que não reconheceram o Cristo andando com
eles. Jesus se coloca no meio deles, pergunta de que eles estavam falando e
começa a discorrer acerca de tudo que as Escrituras falam sobre Ele próprio. O
coração deles ardia o tempo todo, mas sem discernimento. Os olhos daqueles
discípulos estavam como que impedidos de o reconhecer. É, tristeza faz isso! E
se foi assim com aqueles que tiveram o privilégio de ver o Senhor face a face
nos dias de sua carne, o que se dirá de nós? Continuamos seguindo vezes sem
conta para o nosso Emaús de cada dia! Emaús representa a rota das nossas fugas.
É para lá que corremos sempre cabisbaixos sempre que a jornada se torna insuportável.
Tanto pode ser um lugar exterior ou interior. É o refúgio das dores mais
atrozes. Até já falamos sobre isto outras vezes, mas sempre voltamos ao
assunto, pois a necessidade de fuga é sempre recorrente na vida do servo de
Deus. E não é falta de fé. É humanidade frágil! Sobretudo, quando as coisas dão
errado do ponto de vista humano.
O que aprendemos aqui?
Embora o nosso coração arda ao ouvir a sua voz por meio da palavra e das
impressões do Espírito Santo em nossos corações, a dor que dilacera o nosso
coração nos faz perder a visão. E só quando Jesus faz menção de seguir adiante
é que paramos e apelamos: “Fica conosco,
já é tarde e o dia já está quase findando”. Ele fica e abre os nossos olhos
e somos consolados! Louvado seja Deus! Nadia
Malta
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