O SENHOR É DEUS DE LIVRAMENTOS, NÃO TEMAMOS!
https://www.youtube.com/watch?v=7Z7lCOCA4jo&t=242s
“E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos? Responderam
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei: Ó Nabucodonosor, quanto a isto não
necessitamos de te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quer
livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei.
Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a
imagem de ouro que levantaste. Então, Nabucodonosor se encheu de fúria e,
transtornado o aspecto do seu rosto contra Sadraque, Mesaque e Abede-Nego,
ordenou que se acendesse a fornalha sete vezes mais do que se costumava”.
Daniel 3.15b-19.
Quando olhamos para a fé
ousada dos amigos de Daniel coramos de vergonha por causa das nossas meninices
espirituais e eclesiais contemporâneas. A condição de vulnerabilidade daqueles
jovens levados cativos e vivendo em Babilônia na condição de escravos mesmo
tendo no palácio uma posição privilegiada, digamos assim. Eles levavam à sério
a sua fé. O texto aponta para algumas verdades, vejamos: O orgulho do rei ao
desejar ser adorado. Este tem sido o desejo de muitos ao longo da história. O
Senhor resiste ao soberbo, mas concede graça ao humilde. A fidelidade dos
amigos de Daniel ao Senhor. Importa agradar a Deus e não a homens. A firmeza da
fé ousada mesmo com prejuízo próprio daqueles jovens. A revelação pública do
livramento. Deus faz assim, ele honra seus servos na hora da adversidade.
Paremos para refletir um pouco sobre o acontecimento relatado!
E quanto a nós, qual seria
a nossa desculpa se estivéssemos no lugar deles? O que faríamos? Correríamos o
risco de perder a vida ou nos acomodaríamos à situação adulando o rei
Nabucodonosor e nos curvando perante a sua estátua? Aqueles jovens cheios de
Deus ousaram! Creram e esperaram contra a esperança. Não levaram em conta a
própria vida. Para eles importava mais agradar a Deus que a homens. O texto é
minucioso, cheio de detalhes e quase conseguimos ser transportados para o
local. Eles sabiam que seriam vitoriosos quer na vida quer na morte, contudo,
nada era mais importante que agradar a Deus. Será que temos a consciência da
verdadeira dimensão dessas palavras? Aqui inevitavelmente paramos para fazer
uma comparação entre aquela situação e as nossas lutas diárias. Quantas
concessões temos feito para fugir das aflições! Quanta transigência com o fim
de salvar a nossa própria pele! O
acontecimento que envolveu aqueles jovens hebreus nos faz parar para pensar que
nem sempre somos livrados das fornalhas ardentes para as quais somos enviados,
mas dentro delas.
Muitas vezes somos mandados
para lá exatamente para que a nossa fé vá às últimas consequências. E não é para
provar nada para Deus, mas para nós mesmos. E é só nos momentos finais que o
Senhor entra em cena enviando o seu anjo para nos livrar na fornalha. O que
aprendemos aqui? Tenho feito o exercício de imaginar a cara de Jó, o servo
sofredor, por exemplo, quando ouço que Deus preserva aqueles que lhe obedecem e
cumpre seus mandamentos de livrá-los de passar pelas aflições da vida. Às vezes
precisamente por obedecermos seremos atirados na fornalha. Com efeito, Deus é
bom e fiel apesar de nós e providenciará o livramento de modo que possamos
suportar. Nem sempre seremos livrados do sofrimento, mas no sofrimento! Reflitamos!
Nadia Malta
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