sexta-feira, 7 de março de 2025

Meditação/Nadia Malta/AJUDA-NOS A DISCERNIR, Ó SENHOR!

 AJUDA-NOS A DISCERNIR, Ó SENHOR!

Abre os meus olhos para que eu veja as maravilhas da tua lei. Faze-me discernir o propósito dos teus preceitos, então meditarei nas tuas maravilhas”. Salmos 119.18, 27.

                                                                                   


A Palavra de Deus já foi revelada, mas os nossos olhos precisam ser desvendados para compreendê-la e só Ele pode fazer isso! O salmo 119 é uma exaltação do salmista à Santa e Gloriosa Palavra do Senhor. O mais longo da Bíblia traz ensinamentos preciosos acerca da Santa Palavra.  O que a oração do salmista pede nos versículos citados? Ele pede que seus olhos sejam abertos, desvendados para que ele veja, contemple as maravilhas da lei do Senhor. O mandamento é puro e santo e precisa ser visto além da letra da Lei. Ele pede ainda que o Senhor o faça discernir o propósito dos seus preceitos para que ele possa meditar nas suas maravilhas. O salmista não quer ser impulsivo em seu julgamento das situações. O apostolo Paulo diz que “todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus e são chamados segundo o seu propósito”. Que propósito é este? Que sejamos conformados à imagem de Jesus!

O que esta oração do salmista nos leva a refletir em nosso tempo? O Senhor é quem dá tanto a revelação escrita quanto desvenda os nossos olhos para saber compreender aquilo que está escrito. Como podemos meditar em algo que não compreendemos? É o Santo Espírito que nos faz lembrar o que aprendemos e também nos ensina, nos capacitando a aplicar. Precisamos receber do Senhor entendimento não só para meditar, mas para aplicar. Assim, tudo vem Dele é feito por meio Dele e é para Ele! E isto é maravilhoso demais aos nossos olhos! Glorifiquemos o seu santo e excelso nome! Somos chamados a exercitar a misericórdia.  Notemos que o salmo todo está cheio de expressões do tipo: Dá-me luz! Abre meus olhos! Faz-me discernir! Dá-me entendimento! Ajuda-me a meditar! São expressões recorrentes aqui. Atentemos para elas! Acho que isto quer nos dizer algo, não?  Assim não nos arvoremos em teólogos precipitadamente! Isto tem levado  muitos a percorrerem o caminho árido do farisaísmo contemporâneo. Nos dias de Cristo temos vários registros do encontro dele com os mestres da Lei e os fariseus. Todos técnicos em Deus, mas nenhum capaz de manifestar misericórdia ao abatido de espírito.

Os escribas e fariseus estudavam incansavelmente a letra da Lei, mas tinham os olhos vendados ao Espírito da Lei. Eles inclusive se orgulhavam de seus muitos saberes ao ponto de considerar o povo como plebe maldita por não ter o conhecimento que eles julgavam ter. Conhecimento desprovido de sabedoria e discernimento é algo temível, pois torna o homem cego. E todo zelo cego é perigoso! É fanatismo. A Palavra já nos foi dada. Mas o preceito não é algo árido. O mandamento é vida. E está lá o tempo todo, mas precisa do holofote do céu para ser percebido, meditado, assimilado e, sobretudo, aplicado com graça e misericórdia! Ninguém pode abreviar ou postergar tal momento. Nem os teólogos mais experientes podem fazer nada a esse respeito! São só semeadores!  O que aprendemos aqui? Exercitemos misericórdia uns com os outros. E não usemos a palavra para afrontar ou esmagar os que já estão quebrados e prestes a se apagar. Tudo vem a seu tempo. Tempo estabelecido pelo Pai Celestial, não pela vontade humana. Aliás, há um tempo para tudo debaixo do céu. E nada foge ao seu curso. Nada é linear. Passamos por altos e baixos. Vales e montanhas. Oásis e desertos. Amanheceres e crepúsculos. A topografia e a natureza de um modo geral foram feitas assim para nos sinalizar acerca das verdades eternas. Não nos esqueçamos da letra do velho hino: “Deixa a luz do céu entrar. Deixa o sol em ti nascer!”. Fica a pergunta: “Quanto de luz do céu já recebemos?”. Nadia Malta

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