AJUDA-NOS A DISCERNIR, Ó SENHOR!
“Abre os meus olhos para que eu veja as maravilhas da tua lei. Faze-me discernir o propósito dos teus
preceitos, então meditarei nas tuas maravilhas”. Salmos 119.18, 27.
A Palavra de Deus já foi
revelada, mas os nossos olhos precisam ser desvendados para compreendê-la e só
Ele pode fazer isso! O salmo 119 é uma exaltação do salmista à Santa e Gloriosa
Palavra do Senhor. O mais longo da Bíblia traz ensinamentos preciosos acerca da
Santa Palavra. O que a oração do
salmista pede nos versículos citados? Ele pede que seus olhos
sejam abertos, desvendados para que ele veja, contemple as maravilhas da lei do
Senhor. O mandamento é puro e santo e precisa ser visto além da letra da Lei.
Ele pede ainda que o Senhor o faça discernir o propósito dos seus preceitos
para que ele possa meditar nas suas maravilhas. O salmista não quer ser
impulsivo em seu julgamento das situações. O apostolo Paulo diz que “todas as coisas cooperam para o bem dos que
amam a Deus e são chamados segundo o seu propósito”. Que propósito é este?
Que sejamos conformados à imagem de Jesus!
O que esta oração do salmista nos leva a
refletir em nosso tempo? O Senhor é quem dá tanto a revelação
escrita quanto desvenda os nossos olhos para saber compreender aquilo que está
escrito. Como podemos meditar em algo que não compreendemos? É o Santo Espírito
que nos faz lembrar o que aprendemos e também nos ensina, nos capacitando a
aplicar. Precisamos receber do Senhor entendimento
não só para meditar, mas para aplicar. Assim, tudo vem Dele é feito por meio
Dele e é para Ele! E isto é maravilhoso demais aos nossos olhos! Glorifiquemos
o seu santo e excelso nome! Somos chamados a exercitar a misericórdia. Notemos que o salmo todo
está cheio de expressões do tipo: Dá-me luz! Abre meus olhos! Faz-me discernir!
Dá-me entendimento! Ajuda-me a meditar! São expressões recorrentes aqui.
Atentemos para elas! Acho que isto quer nos dizer algo, não? Assim não nos arvoremos em teólogos precipitadamente!
Isto tem levado muitos a percorrerem o
caminho árido do farisaísmo contemporâneo. Nos dias de Cristo temos vários
registros do encontro dele com os mestres da Lei e os fariseus. Todos técnicos
em Deus, mas nenhum capaz de manifestar misericórdia ao abatido de espírito.
Os escribas e fariseus
estudavam incansavelmente a letra da Lei, mas tinham os olhos vendados ao
Espírito da Lei. Eles inclusive se orgulhavam de seus muitos saberes ao ponto
de considerar o povo como plebe maldita por não ter o conhecimento que eles
julgavam ter. Conhecimento desprovido de sabedoria e discernimento é algo
temível, pois torna o homem cego. E todo zelo cego é perigoso! É fanatismo. A
Palavra já nos foi dada. Mas o preceito não é algo árido. O mandamento é vida.
E está lá o tempo todo, mas precisa do holofote do céu para ser percebido,
meditado, assimilado e, sobretudo, aplicado com graça e misericórdia! Ninguém
pode abreviar ou postergar tal momento. Nem os teólogos mais experientes podem
fazer nada a esse respeito! São só semeadores! O
que aprendemos aqui? Exercitemos misericórdia uns com os
outros. E não usemos a palavra para afrontar ou esmagar os que já estão
quebrados e prestes a se apagar. Tudo vem a seu tempo. Tempo estabelecido pelo
Pai Celestial, não pela vontade humana. Aliás, há um tempo para tudo debaixo do
céu. E nada foge ao seu curso. Nada é linear. Passamos por altos e baixos.
Vales e montanhas. Oásis e desertos. Amanheceres e crepúsculos. A topografia e
a natureza de um modo geral foram feitas assim para nos sinalizar acerca das
verdades eternas. Não nos esqueçamos da letra do velho hino: “Deixa a luz do céu entrar. Deixa o sol em
ti nascer!”. Fica a pergunta: “Quanto de luz do céu já recebemos?”. Nadia
Malta
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