domingo, 19 de janeiro de 2020

Meditação/Nadia Malta/SÓ O SENHOR É SANTO, SANTO, SANTO!


SÓ O SENHOR É SANTO, SANTO, SANTO! 
                                                                                         
No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim”. Isaías 6:1-8. 

Atentemos para a santidade de Deus diante do qual estamos. O texto lido faz parte de um contexto maior, que vai até o versículo 13 e descreve o momento do chamado ministerial do profeta Isaías. Esse chamado foi marcado por dois acontecimentos que abalaram profundamente a estrutura emocional e espiritual daquele homem de Deus: A morte do Rei Uzias e uma tremenda visão do Trono de Deus. A partir daqueles dois acontecimentos, Isaías nunca mais foi o mesmo. O Rei Uzias de Judá foi um dos maiores líderes daquele povo; ele é também chamado de Azarias; depois de um longo reinado de 52 anos, ao partir desta terra, deixou no profeta e em toda a nação um sentimento de profundo pesar e orfandade. Foi exatamente ali, naquele momento desolador na vida de Isaías que o Senhor escolheu para manifestar-se a ele, mostrando-lhe a sua glória e majestade. Um rei humano deixava seu trono terreno, mas o Rei dos Reis continua assentado num Alto e Sublime Trono pelos séculos dos séculos, no controle absoluto de todas as coisas. Uzias era filho do rei Amazias; começou a reinar com 16 anos e reinou 52 anos em Judá. Ele fez o que era reto diante de Deus. Contudo, a certa altura do seu reinado, exaltou-se o seu coração para sua própria ruína e cometeu transgressão contra o Senhor, abusando de sua autoridade, ele quis queimar incenso no lugar dos sacerdotes, o que era proibido. O Senhor o feriu com lepra até o dia de sua morte. Mesmo assim era amado por todo o reino de Judá, porque era um grande líder. Involuntariamente, estabeleceu-se uma relação de profunda dependência da figura paternal de Uzias. Essa dependência acabou se tornando um tipo de idolatria, pois as pessoas acabavam recorrendo a Uzias ao invés de recorrer a Deus.

Muitos homens e mulheres em todas as épocas tiveram o privilégio de ter gloriosas visões de Deus: Há uma característica comum entre eles: eles nunca mais foram os mesmos. Esses homens e mulheres foram visitados pelo sobrenatural de Deus, porque tinham outra característica comum: eram pessoas de busca; eles ansiavam por Deus. O Senhor os visitou por isso. No ano da morte do rei Uzias Isaías teve uma grande visão de Deus que o despertou para quatro áreas específicas: Para a Santidade e glória de Deus; Para seu próprio pecado; Para sua purificação e Para seu serviço. A idéia básica de Santidade é separação; ou seja, Deus está separado e acima da sua criação. Deus é infinitamente grande e absolutamente santo; por isso que nosso pecado sempre irá ofendê-lO; nossas mentiras; nossas atitudes dolosas; nossas atitudes imorais; nossas posturas impuras; nossas palavras frívolas; nossas rebeliões; nossos melindres; e tudo o mais que procede de nosso coração pecaminoso. O grande problema quando não contemplamos a santidade de Deus, é que nos tornamos cínicos e complacentes com os nossos próprios pecados. Quando nos falta santidade, não podemos servir a Deus dignamente. Quando alguém contempla a glória de Deus e tem uma percepção da sua santidade, o seu pecado, a sua miserabilidade aflora de modo irrefutável. Quando Deus quer mostrar a sua própria glória e santidade, somos confrontados com os nossos próprios pecados.

A santidade de Deus avulta de forma contundente a nossa pecaminosidade. A santidade e a glória de Deus nos fazem enxergar o pecado como ele é sem a maquiagem das palavras que o banalizam como: erro, deslize, tropeço, equivoco e tantas outras. Graça de Deus não é desculpa para atenuar o pecado nem para a postura arrogante de acharmos que não pecamos. Isaías enxergou isso. E nós precisamos enxergar! Quando nos arrependemos, confessamos e abandonamos os nossos pecados, os agentes purificadores de Deus entram em ação. Passamos por um batismo de fogo, para que à semelhança do ouro sejamos purificados. Essa ação de Deus sobre nós traz uma profunda certeza de que fomos purificados, perdoados; passamos a nos sentir leves. Aqui há uma mudança radical de natureza, não apenas de comportamento. Pecado confessado debaixo de arrependimento é pecado perdoado, pecado perdoado é pecado apagado e esquecido. Depois de sermos purificados, Deus nos chama através de inúmeros instrumentos para o seu serviço e espera de nós respostas. A disponibilidade do profeta para o serviço é a resposta adequada àquilo que se operou nele. Deus quer pessoas que se disponham para ele. Não para fazer o que querem, mas para fazer o que ele quer. Às vezes achamos que temos um dom e não queremos fazer outras coisas para Deus; na verdade essas “outras coisas” aparentemente insignificantes são preparações de Deus para algo maior que ele tem para nós; “quem é fiel no pouco é fiel no muito”. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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