sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Meditação/Nadia Malta/QUANDO DEUS TEM FOME! (E Deus tem fome?)


QUANDO DEUS TEM FOME!    (E Deus tem fome?)  
                                                                           
 “No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos.  Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto. E, passando eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz. Então, Pedro, lembrando-se, falou: Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou.  Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas”. Marcos 11.12-14, 20-25. 

Deus deseja que frutifiquemos para ele mesmo em situações adversas. Este episódio é mal compreendido por muitos. Como entender que um Deus de amor e misericórdia possa amaldiçoar (condenar)? No texto lido encontramos Jesus com fome indo buscar fruto em uma determinada figueira, mesmo sem ser tempo de figos e por não encontrá-los ele amaldiçoa (condena) a figueira. Amaldiçoar aqui tem o sentido de condenar. O propósito para o qual a figueira existe é ser frutífera, se ela não cumprir seu papel, que é dar frutos, será cortada e lançada ao fogo, por que estaria ela ocupando inutilmente a terra? Qual o significado de tudo isso? Como sabemos, a figueira é uma das árvores símbolo de Israel, tanto nação, quanto o Israel espiritual de Deus que é a igreja (formada por judeus e gentios convertidos a Cristo). O fruto apreciável para Deus é a fé verdadeira, que o Senhor não encontrou em Israel nação e tem tido dificuldade de encontrar no Israel espiritual que é a igreja. E esta tem sido a causa de tantas derrotas no meio do povo de Deus. A fé é um fruto que precisa ser encontrado em nós em tempo e fora de tempo. Por isso aquela figueira secou até a raiz, do mesmo modo que tem muito crente seco, árido, estéril, porque não produz esse tipo de fruto para Deus. Deus continua com fome, e continua vindo buscar fruto em sua figueira. Será que teremos o triste fim daquela figueira? A figueira que Jesus amaldiçoou só tinha folhas, ou seja, aparência, e Deus vê o coração não o exterior dos homens.

O povo de Deus tem vivido dias maus sobre a terra e reconhecidamente não é fácil ser frutífero nesses dias. Contudo, o Senhor deseja que haja frutificação em sua figueira e o fruto apreciável em dias maus é a fé. Ele deseja que experimentemos um tempo de abundancia, de plenitude, apesar das circunstâncias adversas. Ele quer tirar a esterilidade de nosso meio e nos fazer vitoriosos, mas falta o principal: FÉ. Temos aprendido que o mesmo Espírito que rege a fé para a salvação rege a fé para a vitória. Por que, então, confessamos uma fé viva capaz de nos dar a certeza de que somos salvos e não conseguimos confessar com a mesma certeza para as nossas vitórias diárias? O texto traz quatro revelações acerca da fé que Deus espera encontrar em nós.  Primeira revelação: Fé é um fruto que precisa ser encontrado em nós em tempo e fora de tempo. Quem crê verdadeiramente, crê apesar das circunstancias. Aliás, “a fé é uma certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem” diz o autor de Hebreus. O grande canteiro no qual a fé floresce é a situação adversa. Jesus queria ensinar essa lição aos discípulos, aliás, não havia um só ato de Jesus que não tivesse um profundo sentido didático. É exatamente na hora da adversidade que o Senhor vem procurar os figos de fé em nós. A hora da fome de Deus é a hora da nossa prova, mas invariavelmente só tem encontrado folhas (aparência exterior de piedade). A hora da prova é reveladora à respeito de nossa fidelidade ao Senhor. Segunda Revelação: Jesus exercitou a palavra de autoridade para mostrar aos discípulos o poder da verdadeira fé. A palavra da fé quando proferida traz à existência o que não existe! A confissão de fé é completamente diferente da confissão do pensamento positivo. Enquanto a primeira é baseada na certeza do agir do Deus galardoador, a segunda é a simples repetição mecânica de algo baseado no nada. A condenação daquela figueira não foi um acidente ecológico, provocado por um Deus caprichoso, mas uma aula prática sobre a funcionalidade da verdadeira fé. Esquecemos que Deus não dá aula teórica, só pratica. Jesus não está falando aqui de uma fé árida, teórica, teológica, mas de algo vivo, experimental. Crer por crer, até os demônios crêem e tremem, segundo Tiago.

Terceira Revelação: A verdadeira fé é uma certeza que não admite dúvida. Aqui o Senhor ensina que os que praticam a fé genuína andam em vitória. É plantando fé que colheremos milagres! O milagre para nós deve ser uma possibilidade absolutamente plausível. A dúvida é a maior inimiga da fé e tem feito muitas “figueiras” secarem no meio do povo de Deus. Quarta Revelação: A falta de perdão é um obstáculo no caminho da fé que produz resultados. Perdoe, perdoe, perdoe, perdoe 70 x 7 por dia se for preciso; tire esse entulho do caminho de sua vitória em nome de Jesus Cristo. Perdão não é sentimento é ordenança de Deus. Temos que dar o passo de fé para que a realidade espiritual se manifeste. O que o texto nos ensina sobre o que Deus espera de nós? Precisamos olhar para a Palavra de Deus com a certeza que essa Palavra é a Verdade e que funciona quando levada à sério. A Bíblia Sagrada foi deixada para nós como única regra de fé e prática. Isso sugere um crer e praticar! Ela não contém a verdade, ela é a Verdade e a Verdade é JESUS CRISTO, a Palavra viva que sai da boca de Deus! Vamos aprender com essa palavra de vida que a fé tem que ser experimental não teórica. A hora da fome de Deus é a hora que ele espera que sejamos frutíferos. E Deus com fome, não quer encontrar só folhas (exterioridades), Ele deseja frutos. Confesse a sua vitória pela fé, e diga sem duvidar aos montes que tem impedido a sua vitória que eles se ergam e sejam lançados ao mar em nome de Jesus Cristo e será assim com eles! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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