terça-feira, 11 de setembro de 2018

Meditação/Nadia Malta/ORANDO EM SECRETO! (Você sabe orar em secreto?)


ORANDO EM SECRETO! (Você sabe orar em secreto?)
                                                                         
E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém”!Mateus 6. 5-13. 

O texto lido faz parte do Sermão do Monte e nos mostra Jesus instruindo aos seus ouvintes com princípios que orientam a prática diária das orações pessoais. Na verdade, se lermos o contexto todo, encontraremos ali instruções quanto às três práticas devocionais secretas: A caridade (o dar do ponto de vista de Deus), o jejum (tempo separado para a consagração) e a oração pessoal. Hoje falaremos sobre a prática secreta da oração pessoal. É sempre bom, revermos algumas posturas em nossas práticas devocionais, que de certa maneira têm levado muitos em nosso meio, a agirem de maneira equivocada. Isto se aplica às orações pessoais, por exemplo. Quero convidar você a fazermos juntos, uma releitura cuidadosa de Mt 6.5-13, sob o olhar do Espírito Santo e nos dispor perante ele a corrigir a nossa prática de orações, sobretudo e especialmente, as orações pessoais. Falar deste tipo de oração é oportuno em tempos difíceis pelos quais temos passado. A Bíblia nos leva a discernir três lugares específicos de oração, a igreja, como casa de oração; os nossos lares e o lugar secreto onde vivenciamos a nossa intimidade maior com o nosso Pai celestial.

A oração não é uma senha de acesso a uma engrenagem espiritual, que ao ser acionada cospe uma recompensa, é, sobretudo, um clamor sincero a um pai amoroso para que se relacione conosco. Através da oração íntima e relacional tomamos conhecimento da vontade de Deus. Contudo, quanto mais nos relacionamos intimamente com o Senhor mais esta vontade vai sendo comunicada a nós pelo seu Espírito. A fé nos leva a orar, mas não é uma fórmula mágica para liberar ou acessar aquilo que desejamos da parte de Deus. Ela é a confiança inabalável no Deus Todo Poderoso, quer ele faça o que queremos, quer nos deixe atravessar os estreitos com um fim proveitoso. A oração da fé da qual estamos falando aqui hoje é aquela pessoal, particular que não deve ser testemunhada por ninguém a não ser pelo Pai celestial que vê em secreto. O modelo de oração ensinado por Jesus nos ensina pelo menos quatro princípios. Primeiro Princípio: Nossa oração pessoal deve ser feita em particular. Jesus não impede ou condena a oração pública ou congregacional, ela tem o seu lugar, do contrário não haveria tantos relatos de cultos de oração nas Escrituras. Jesus, no entanto, condena a oração exibicionista, ostensiva, auto-promocional usada pelos fariseus, com o fim de chamarem a atenção para a sua pseudo espiritualidade. A oração farisaica é aquela que não tem respaldo de uma vida particular e secreta de oração. Esse tipo, não passa de hipocrisia. Que tipo de oração é esta que Jesus fez questão de ensinar o modelo aos seus discípulos? Esta oração é pessoal, é aquele encontro secreto na Sala do Trono onde derramamos nosso coração na presença do Pai, sem a menor preocupação com reservas. Segundo Princípio: Nossa oração pessoal deve ter como marca a absoluta sinceridade de coração diante do Senhor. O fato de repetir um pedido, não o torna uma vã repetição. “Vã repetição” é quando as palavras não refletem um desejo sincero de buscar a verdadeira vontade de Deus. Os gentios pagãos usavam em suas cerimônias religiosas, a prática de orações memorizadas, como espécies de mantras ritmados. O Senhor queria banir da sua igreja essa prática pagã. Por isso devemos sempre rever as nossas orações para que não se tornem vãs repetições. Não podemos nos esquecer de que o Senhor sonda mentes e corações, nada fica fora do seu olhar perscrutador. Por isso devemos ser extremamente sinceros com o Senhor nesses encontros secretos. A sala do trono é o lugar para se tirar todas as máscaras.

Terceiro Princípio: Nossa oração deve ser feita de acordo com a vontade de Deus, comunicada a nós pelo Espírito Santo.  As nossas orações particulares precisam santificar o nome do Senhor. De que maneira? Louvando ao Senhor (pelos seus feitos, adorando ao Senhor (pelos seus atributos eternos e imutáveis) e rendendo graças sempre (por tudo que ele nos tem concedido apesar de nós). Precisamos, mesmo a despeito de nossas necessidades mais profundas, priorizar o Reino de Deus e a sua vontade. Essa é também uma maneira de batalharmos espiritualmente, nos livrando do nosso egoísmo. Só aí, com humildade, devemos apresentar a ele aquilo que realmente representa as nossas verdadeiras necessidades diárias. Pedir fortalecimento para resistirmos às tentações e inclinações de nossa carne (pressões externas internas). Pedir livramento das astutas ciladas do maligno, de toda forma de mal, até do mal que parece bem. Declarar sempre a primazia e soberania de Deus. Quarto Princípio: Nossa oração deve ser movida por um espírito perdoador, cujo modelo é o próprio Senhor. Jesus não está ensinando aqui, que só merece o perdão de Deus quem perdoa os outros, pois isso seria contrário à sua graça e misericórdia. Contudo, se experimentamos verdadeiramente o perdão de Deus, somos constrangidos a perdoar os outros, ou seja, perdoamos porque fomos perdoados por Deus mesmo sem merecermos. O que o Espírito de Deus quer nos ensinar aqui? Precisamos rever a nossa postura de oração. O que ela revela: exibicionismo farisaico ou genuína intimidade com Deus? Será que temos procurado orar com sinceridade de coração ou temos à revelia de Jesus, transformado o próprio “Pai Nosso” numa grande vã repetição? Façamos uma releitura deste texto sobre oração e peçamos ao Espírito Santo que nos conduza a orar de acordo com a vontade de Deus. Pratiquemos o perdão àqueles que nos têm ofendido, assim como um dia experimentamos o perdão gracioso de Deus, que foi capaz de cancelar o escrito da dívida que era contra nós! Aleluia, Amém! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/



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