domingo, 14 de outubro de 2012

Sermão/Pra. Nadia Malta/ ENTREGUE OS SEUS ÍDOLOS NO ALTAR!

ENTREGUE OS SEUS ÍDOLOS NO ALTAR! Gn 22.1-18


Objetivo: Instruir a igreja a abandonar os ídolos e entronizar o Senhor no centro de cada vida.

Idéia Central do Texto (ICT):
O texto em apreço é muito conhecido e tem sido utilizado em inúmeras pregações. Trata da maior prova pela qual um ser humano pode passar: a entrega de um filho em sacrifício. O patriarca Abraão é chamado de Pai da fé. Com esse homem de Deus aprendemos que nunca somos velhos demais para enfrentar novos desafios, lutar novas batalhas e aprender novas revelações de Deus. O texto aponta em primeiro lugar para o grande, único e perfeito sacrifício de Cristo na Cruz do Calvário em favor de nós. Isaac é um tipo de Cristo. Contudo, gostaria de fazer outra aplicação para qual a texto também aponta: A entrega daquilo que nos é caro, único e imprescindível.  E para tal peço licença ao Espírito ao Santo.

Abraão esperou toda a vida por uma promessa de Deus, quando ela finalmente chega, o Senhor requer o objeto dessa promessa, que é seu filho Isaac. É inevitável perguntar: “Por que o Senhor requereu Isaac do velho e sofrido Abraão?”. A resposta a essa pergunta também é a idéia central desse texto: um dos estágios da Escola da Fé é a entrega absoluta tanto de nós mesmos, quanto de tudo que reputamos como imprescindível em nossas vidas: família, entes queridos, bens, conhecimento e até mesmo a nossa própria vida. Foi assim com Abraão, é assim com cada um de nós!

Introdução:
A Palavra de Deus está cheia de tesouros escondidos. À medida que caminhamos nela vamos descobrindo esses tesouros, que apesar de estarem lá o tempo todo, só os percebemos quando nossa visão espiritual vai se tornando amadurecida. A nossa visão espiritual é semelhante a visão física. Quando somos bebês temos uma visão turva, difusa. Mas à medida que vamos amadurecendo passamos a enxergar nitidamente.

Uma das grandes revelações de Deus para seus filhos, não é apenas com relação aos ídolos de pedra, madeira, metal ou gesso que muitos têm entronizado em oratórios exteriores, mas o Senhor quer revelar que os grandes ídolos aos quais reverenciamos estão no interior dos nossos corações, disfarçados.
 
 Esses ídolos têm ocupado o lugar que pertence unicamente a Deus. Muitos ao se converterem têm quebrado e queimado seus oratórios exteriores, mas e quanto aos ídolos do coração? Pais, mães, irmãos, filhos, esposas, esposos, avós, amigos, empregos, bens, status, nomes de família e até mesmo líderes espirituais. Deus deseja libertar você hoje, mas para isso é preciso reconhecer os ídolos e entregá-los no altar do sacrifício. Que tal listá-los? Os ídolos vão para o altar do sacrifício, enquanto o Senhor é entronizado no Altar da Adoração.

ABRAÃO EXPERIMENTOU ESSA LIBERTAÇÃO E NOS DÁ QUATRO INSTRUÇÕES PARA PASSAR POR ELA:
  1. Deus nos confronta com os nossos ídolos e requer aquilo que nos é mais caro – VS.1,2:
  • Quando ainda estava em Ur da Caldéia, Abraão foi tirado de um contexto de idolatria. O Senhor o tirou de lá e se revelou a ele como o Deus vivo, único e verdadeiro. O Senhor é aquele que conhece mente e sonda corações, por isso ele sabe quais são os nossos ídolos, mesmo quando eles estão disfarçados. Abraão certamente não possuía mais ídolos de pedra e cal, mas em seu lugar entronizou outro ídolo e desta vez em seu coração: seu filho Isaac. Veja o que o Senhor diz no v. 2: “Toma teu filho, teu único filho, Isaac, a quem amas e vai-te a terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei”. Deus requereu de Abraão, não algo que ele amava superficialmente, mas aquilo que lhe era único, imprescindível e preciosíssimo: seu filho Isaac. Ídolo tem nome. O de Abraão era Isaac e o seu como se chama?
  • Há uma diferença entre tentação e provação. A primeira vem dos desejos que militam em nossa carne Tg 1.12-16; a segunda vem de Deus, que tem um propósito específico para ser cumprido em nós. O destronar dos nossos ídolos é uma grande prova exigida por Deus, para que o nosso coração fique livre para adorá-lo em verdade. Veja o que o Senhor diz em Ez 14. 4,6: Portanto, fala com eles e dize-lhes: assim diz o Senhor: Qualquer homem da casa de Israel que levantar os seus ídolos dentro do seu coração, e tem tal tropeço para sua iniqüidade, e vier ao profeta, eu, o Senhor, vindo a ele lhe responderei segundo a multidão dos seus ídolos. Portanto, dize a casa de Israel: assim diz o Senhor Deus: Convertei-vos, e apartai-vos dos vossos ídolos, e daí as costas a todas as vossas abominações.”
  1. Quando Deus requer de nós o que nos é caro, devemos nos concentrar nas promessas e não nas possíveis explicações – VS. 3-5:
  • Quando somos provados a nossa primeira reação é perguntar: “Por que eu, Senhor?”. Com Abraão foi diferente. Ele ouviu a ordem de Deus e se apressou em obedecê-la. Aprendemos aqui que Deus não exige de nós algo que não nos custe nada. Apesar de sofrido, Abraão creu que Deus jamais entraria em conflito com suas próprias promessas. É possível que ele tivesse em mente Gn 21.12: Porque por Isaac será chamada tua descendência”.
  1. Na hora da prova precisamos aprender a depender unicamente da provisão de Deus – VS. 6-14:
  • Essa instrução nos ensina que as grandes provas de Deus são requeridas dos servos mais maduros, não dos meninos na fé. Abraão conhecia o seu Deus. A prova disso é a sua resposta dada a Isaac no v.8: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto”.   O próprio Deus se revelou ali como Jeovah Jiréh, o Deus que provê.
  • Descobrimos aqui, que quando abrimos mão para Deus daquilo que nos é caro, ele nos restitui. O Senhor não confisca bênção, mas nos prova para saber se estamos prontos para recebê-la e às vezes a guarda por algum tempo para devolvê-la mais tarde. Ele diz em Mt 10.37: Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais que a mim, não é digno de mim”. Ele não está falando aqui em sermos desleixados com a família, mas de priorizá-lo acima de tudo e de todos.
  1. Espere confiantemente e com uma expectativa positiva aquilo que Deus tem reservado para você – VS. 15-18:
  • Deus não desperdiça nenhum sofrimento. A entrega do ídolo de Abraão no altar do sacrifício resultou em grandes bênçãos para ele:
  • Primeira bênção: Ele recebeu nova aprovação de Deus v.12. O ato de entregar Isaac ratificou o temor de Abraão e seu amor pelo Senhor e isso lhe foi agradável, valendo-lhe o título de amigo de Deus.
  • Segunda bênção: Ele recebeu de volta um “novo filho”. Isaac passou a ser um sacrifício vivo bem como um memorial da entrega absoluta de seu pai a Deus.
  • Precisamos ter cuidado para que as bênçãos de Deus não tomem o lugar dele em nossos corações.
  • Terceira bênção: Ele recebeu novas garantias. As promessas feitas por Deus no passado ganharam novo significado para o velho patriarca – VS. 16-18
  • Quarta bênção: Ele saiu daquela prova com um amor mais profundo pelo Senhor, alem de uma intimidade mais estreita com ele. Charles Spurgeon, o grande pregador do passado costumava dizer que: “As promessas de Deus nunca brilham com tanta intensidade quanto na fornalha da aflição”. Abraão ratifica essa verdade.
CONCLUSÃO: O que aprendemos aqui com o velho Abraão?
  1. Nada, nem ninguém podem ocupar o lugar de Deus em nosso coração.
  2. Deus nos confronta hoje com os nossos ídolos, por mais escondidos e disfarçados que estejam. Eles têm nome e precisam ser confessados.
  3. Quando Deus requer de nós aquilo que nos é caro, devemos olhar firmemente para as suas promessas e não tentar encontrar explicações.
  4. Na hora da prova tenha certeza que o Senhor proverá, por isso dependa dessa provisão.
  5. Espere confiantemente com uma expectativa positiva aquilo que Deus tem reservado para você. Entregue tudo ao Senhor, o mais ele fará!
  6. Levante-se agora e num ato de fé traga seu ídolo ao altar e ofereça-o a Deus em nome de Jesus Cristo.
Aleluia, amém!
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

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