ZELEMOS PELO EDIFICIO ESPIRITUAL QUE SOMOS NÓS!
“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando? Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante. É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída. Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojando-se o rio contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa.”. Lucas 6.46-49.
Assim como a nossa casa física precisa
periodicamente ser vistoriada para se fazer algum reparo necessário, a nossa
casa espiritual também! O texto lido faz
parte do Sermão do Monte e aqui Jesus chama a atenção dos seus ouvintes para a
necessidade de estar em obediência a Ele. Chamá-lo de Senhor implica em lhe dar
o senhorio total de nossas vidas! Ele é o verdadeiro dono da casa espiritual, a
qual somos nós! Não somos de nós mesmos,
o Senhor é o nosso dono! Jesus usa aqui a ilustração da casa bem alicerçada
para ensinar à respeito da casa espiritual, que mesmo sujeita à reveses, se
mantém de pé. O Senhor aqui traz duas ilustrações à respeito dos que o chamam
Senhor. Vejamos: Primeira Ilustração: Aquele que o ouve e o obedece é o
construtor prudente; E Segunda Ilustração: Aquele que o ouve e não o obedece é
o construtor imprudente! Casas bem alicerçadas são resistentes! Em nossa
vizinhança, alguns prédios altos foram construídos, anos atrás mas para que as
construções fossem iniciadas foi necessário vistoriar as casas em volta para
ver se aguentariam o impacto do “bate estacas”. Como as edificações seriam
muito altas, as estacas (grandes colunas de ferro) seriam colocadas em grande
quantidade e muito profundas. Cada vez que uma estaca estava sendo batida a
nossa casa e as demais estremeciam. Contudo, apesar do forte impacto que
sofremos por muitos dias consecutivos, permanecemos de pé! Construções sólidas têm fundamentos profundos
e esta é a ilustração feita pelo Senhor à respeito das edificações espirituais
daqueles que confiam Nele e lhe obedecem.
Ouvir a Palavra de Deus e negligenciá-la é
arranjar uma grande encrenca. Somos comparados a uma construção, resta saber
que tipo de construção. Os dias em que vivemos demandam fé, obediência e
resiliência, talvez mais que em qualquer outra época. A Vinda de Cristo se
avizinha, precisamos estar bem firmados.
São muitas as enchentes, os vendavais e toda sorte de adversidades que
se levantam contra nós. Sem contar com os “bate estacas” da vida que nos
surpreendem a cada momento. Tudo concorre para nos fazer esmorecer na fé e
derrubar a nossa estrutura espiritual. O nosso alicerce precisa estar bem
fundamentado sobre a Rocha que é o próprio Cristo. O Senhor começa o texto com
uma pergunta que nos faz parar para pensar: “Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?”. Reflitamos
sobre como lhe responderemos! Lemos a Palavra, decoramos versículos, mas
rejeitamos a sua prática. É como se comêssemos cardápios e esperássemos ser
nutridos, como disse certo ministro da palavra. Temos ouvido a Palavra e
tendido a garimpar versículos que respaldem os nossos desejos carnais.
Rejeitando aqueles que pressupõem consertos e mudanças efetivas.
Queremos as bênçãos, mas não o compromisso com o
Senhor das bênçãos! Chamar Jesus de Senhor significa que Ele tem o senhorio de
nossa vida. Significa que Ele requer obediência e fé. A letra do velho hino
diz: “Quantos que corriam bem, de ti
longe agora vão!”. O que aconteceu com esses? Creio que fizeram uma péssima
edificação. Suas casas não tinham alicerces profundos eram edificações na
areia, poderiam até ser belas por fora, mas a estrutura era frágil. Seus
construtores não cavaram profunda vala para encontrar a Rocha e ali edificar a
sua casa. Quando os rios transbordam, quando os ventos açoitam e as tempestades
descem com a sua fúria arrastam o que não tem base sólida. Todos nós mais cedo
ou mais tarde enfrentamos intempéries e os “bate estacas” da vida que nos fazem
estremecer. Sabemos que tudo passa, resta saber o que ficará de pé! O coração anda triste com tudo que temos visto
e ouvido, sobretudo, no meio dos que se dizem cristãos. Quanta fragilidade nas
construções espirituais! Misericórdia! Que lições tiramos do
texto? Ansiamos pela
Vinda do Cristo, mas quando Ele vier “porventura,
achará fé na terra?”. O que Ele encontrará de pé? Que paremos para
vistoriar a nossa construção espiritual, ainda dá tempo de fazermos os
consertos necessários! Que possamos buscar a profundidade dessa Rocha
Eterna. Deixemos de transitar na
superficialidade! Que o Senhor nos fortaleça, ajude e sustente até chegarmos ao
nosso Destino Eterno! Nadia Malta

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