sábado, 28 de março de 2020

Meditação/Nadia Malta/É TEMPO DE TIRAR A TRAVE DOS OLHOS!


É TEMPO DE TIRAR A TRAVE DOS OLHOS!
                                                                             
 Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão”. Mateus 7:1-5. 

Examinemo-nos a nós mesmos, para não julgarmos os outros temerariamente. O texto que lemos inicia a última parte do Sermão do Monte, na qual o Senhor fala do cuidado que devemos ter com o juízo temerário (arriscado e irresponsável) que fazemos dos que estão à nossa volta. Isso vale também para os relacionamentos familiares. Uma das colunas de sustentação da igreja é a comunhão (koinonia). Comunhão implica em exercício de tolerância com as falhas e fraquezas uns dos outros, sim, porque todos nós temos falhas e defeitos. No entanto, essa comunhão tem sido ferida por nossos julgamentos condenatórios dos nossos irmãos e familiares, comprometendo as nossas vitórias. O desejo do coração de Deus é que primeiro tiremos a trave de nossos próprios olhos para depois então nos atrever a mexer no cisco do olho do irmão. Na verdade, a Palavra de Deus não nos proíbe de ver o que está errado, pois precisamos ter discernimento diante das situações, mas nos proíbe terminantemente de julgar o nosso irmão. A Bíblia diz que pelo fruto conhecemos a árvore, só precisamos entender que a “árvore” será julgada por Deus e não por nós! O que Deus quer nos ensinar hoje é: o que devemos fazer com a nossa descoberta. Há duas atitudes bíblicas que devem ser tomadas: Orar pela situação, sem compartilhar com ninguém, para que não vire maledicência; ou ir direto ao irmão em questão e admoestá-lo com graça e amor de Deus. Inevitavelmente quando optamos pela primeira ação, Deus já se move em nosso favor. Sempre que acusamos, julgamos, sentenciamos, condenamos e amaldiçoamos, o fazemos pela eficácia de satanás, não de Deus.

Tenho aprendido nesses mais de trinta anos de caminhada com o meu Senhor, que tudo em nossa vida, faz parte do treinamento específico de Deus para nós! O grande alvo desse treinamento é que sejamos despenseiros da multiforme graça de Deus. Não há uma só situação que não caiba a ação efetiva da graça de Deus. Devemos atentar para o fato, de que a mesma lei de julgamento que aplicamos aos outros será aplicada a nós, mais cedo ou mais tarde! Aprendamos duas coisas aqui que nos trarão grande libertação: Não julguem para que não sejam julgados e Devemos enxergar claramente tirando a trave dos nossos próprios olhos. Se exigimos justiça e retribuição pelas coisas erradas feitas contra nós; seremos tratados com a mesma receita. Você pode perguntar: Por que então encontramos alguns salmos imprecatórios, onde os salmistas clamam que seus inimigos recebam o justo castigo?  Porque eles ainda não haviam experimentado o Espírito da Graça e de Vida que experimentamos! O papel de julgar não é nosso, mas de Deus. Quando oramos e abençoamos nossos ofensores, a justiça de Deus se manifesta, na medida dele. A nós não é permitido nem nos alegrar quando nossos inimigos são julgados por Deus. Quando nos alegramos com a desgraça dos nossos inimigos o Senhor desvia dele sua ira, advinha pra cima de quem? Isso mesmo, pra cima de nós!

Muitos cristãos têm sido derrotados porque tem clamado pelo juízo e julgamento de Deus sobre seus inimigos. Nós não podemos pedir para ninguém a justiça de Deus, mas clamar por sua misericórdia! Essa misericórdia é a razão de não sermos consumidos! Que haja libertação em nossas vidas! Se olharmos para nós mesmos com honestidade perceberemos o que já recebemos de Deus, apesar de nós. O Senhor usou de misericórdia para conosco para que tenhamos convicção de nossas próprias deformidades, para que assim possamos usar de misericórdia para com todos os deformados à nossa volta. O problema é que nos sentimos muitos santos, muito justos, puros e inculpáveis aos nossos próprios olhos. Olhamos para os nossos irmãos com uma visão de Raio X; mas quando nos auto examinamos, o fazemos através das lentes embaçadas de nossas justiças próprias. Nós nos achamos o máximo! Temos responsabilidade com os nossos irmãos; mas para abençoá-los precisamos tirar a trave que impede a nossa visão. Se quisermos receber misericórdia pelos nossos pecados, devemos exercitar misericórdia para com os que estão ao nosso redor! Recebemos aquilo que damos. É a Lei da semeadura e da colheita. “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará”. Que possamos hoje assumir um compromisso de exercitar a graça de Deus em nosso meio e lá fora. Afinal, foi para isso que fomos alcançados por ela! Nadia Malta.

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