quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Meditação/Nadia Malta/LIVRA-NOS, Ó SENHOR!


LIVRA-NOS, Ó SENHOR!
                                                                                  
Ó Deus, liberta Israel de todas as suas aflições”! Salmo 25.22. 

Busquemos a prática de uma fé intimista no Deus vivo que tudo pode. Só Ele para nos apontar as  saídas. Este salmo retrata a vida como uma jornada difícil, cheia de armadilhas e percalços. O texto nos mostra Davi cercado de inimigos e apesar de seus pecados, ele recorre à misericórdia de Deus. Não conhecemos a situação histórica específica que originou este salmo, mas de certa forma ele é representativo de todas as nossas lutas diárias, em nossa peregrinação por esta vida. Quanta coisa tem se levantado para nos assombrar! A idéia central aqui é a confiança plena em Deus demonstrada pelo salmista, em meio à essas lutas, que deve ser exercitada também por nós. O salmista Davi assim como nós, foi um homem de muitas batalhas e muitos inimigos. Todos nós enfrentamos “lutas por fora e temores por dentro”, como bem falou o apóstolo Paulo. Precisamos buscar à semelhança do salmista, bem como do próprio apóstolo Paulo e de tantos homens e mulheres de Deus mencionados nas sagradas escrituras, buscar uma intimidade com Deus continuamente. Mais cedo ou mais tarde o “dia mau” nos alcança, quando isso acontecer podemos recorrer ao Senhor e alcançar misericórdia e socorro.

O salmista se apegou a três verdades imutáveis para fazer sua difícil travessia pelos caminhos da vida: A ajuda de que precisamos vem de Deus – VS. 1-7: “A ti, Senhor, elevo a minha alma. Em ti confio, ó meu Deus. Não deixes que eu seja humilhado, nem que os meus inimigos triunfem sobre mim! Nenhum dos que esperam em ti ficará decepcionado; decepcionados ficarão aqueles que, sem motivo, agem traiçoeiramente. Mostra-me, Senhor, os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas; guia-me com a tua verdade e ensina-me, pois tu és Deus, meu Salvador, e a minha esperança está em ti o tempo todo. Lembra-te, Senhor, da tua compaixão e da tua misericórdia, que tens mostrado desde a antiguidade. Não te lembres dos pecados e transgressões da minha juventude; conforme a tua misericórdia, lembra-te de mim, pois tu, Senhor, és bom”;  Em Deus podemos confiar – VS. 8-14: “Bom e justo é o Senhor; por isso mostra o caminho aos pecadores. Conduz os humildes na justiça e lhes ensina o seu caminho. Todos os caminhos do Senhor são amor e fidelidade para com os que cumprem os preceitos da sua aliança. Por amor do teu nome, Senhor, perdoa o meu pecado, que é tão grande! Quem é o homem que teme o Senhor? Ele o instruirá no caminho que deve seguir. Viverá em prosperidade, e os seus descendentes herdarão a terra. O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança”; Confiar em Deus nos garante a vitória – VS. 15-22: “Os meus olhos estão sempre voltados para o Senhor, pois só ele tira os meus pés da armadilha. Volta-te para mim e tem misericórdia de mim, pois estou só e aflito. As angústias do meu coração se multiplicaram; liberta-me da minha aflição. Olha para a minha tribulação e o meu sofrimento, e perdoa todos os meus pecados. Vê como aumentaram os meus inimigos e com que fúria me odeiam! Guarda a minha vida e livra-me! Não me deixes decepcionado, pois eu me refugio em ti. Que a integridade e a retidão me protejam, porque a minha esperança está em ti. Ó Deus, liberta Israel de todas as suas aflições!”.

Davi sabe em quem crê, por isso eleva a sua alma ao Deus Todo Poderoso, criador e sustentador do céu e da terra. Quando a situação ao nosso redor é desalentadora, ainda assim, há uma saída: a que vem do Senhor, o Pai das luzes. Ele é Aquele que habita num Alto e Sublime Trono, mas também habita no abatido e contrito de espírito, que treme da sua Palavra, o qual ele constituiu seu santuário vivo. Davi nesses momentos de extrema dor e dificuldade continua reafirmando a sua fé, ele não quer fracassar e envergonhar o nome de seu Senhor. Há momentos em que tudo que temos a fazer é esperar no Senhor, adorá-lo e clamar por socorro. Note que em sua oração, Davi não pede apenas sabedoria, mas discernimento para compreender a Palavra do Senhor, porque só assim poderá aprender seus caminhos. Ele se reconhece pecador e apela à misericórdia de Deus. Temos orado assim? Davi aqui faz uma pausa para meditar no caráter de Deus. O Senhor é bom e reto, sua misericórdia dura para sempre. Os atributos imutáveis e eternos de Deus nos garantem que ele é totalmente confiável. Se nos sujeitarmos a ele com mansidão, ele nos conduzirá por seus caminhos. Ele tem um plano para cada um de nós e quer que nos acheguemos a ele de forma íntima para gozar de sua presença gloriosa. A intimidade referida no v. 14 fala de uma conversa particular, onde planos e propósitos nos são revelados. Os que se submetem a ele recebem a sua provisão e proteção. Davi volta à essência de sua oração e conta ao Senhor quais são os seus fardos, os inimigos ao seu redor e as aflições do seu coração: Havia armadilhas em seu caminho. Inimigos à espreita. Solidão. Há ocasiões em que a nossa obediência ao Senhor leva amigos e familiares a se voltarem contra nós. Um coração ferido é uma porta aberta à vitimização. Os pecados ao serem confessados em arrependimento, Deus os perdoa. Davi sentia medo como você e eu. Ele reconhecia esse medo diante de Deus. Ele também sentia desespero. Aqui o salmista clama por libertações. Ele pode curar nossos corações feridos, restaurar nossas forças, firmar nossos joelhos vacilantes e as nossas mãos decaídas, perdoar nossos pecados, preencher nossos espaços vazios, dissipar nossos medos, nos libertar do desespero e desbaratar os exércitos inimigos ao nosso redor, se nos achegarmos a ele de forma íntima confiante e pessoal. Não permitamos que as nossas emoções boicotem a nossa fé! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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