domingo, 23 de fevereiro de 2020

Meditação/Nadia Malta/DEUS SONDA E CONHECE A PROFUNDIDADE DO NOSSO CORAÇÃO!


DEUS SONDA E CONHECE A PROFUNDIDADE DO NOSSO CORAÇÃO!
                                                                                                                
Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado”. Lucas 18:9-14.                                     

Atentemos quanto à verdadeira postura espiritual que agrada ao Senhor, especialmente quando ninguém está vendo. O texto que lemos, embora esteja num contexto de oração, Jesus parece fazer uma pausa para apresentar a postura agradável a Deus. O texto foca em dois homens que entraram no templo a fim de orar: o fariseu (religioso) e o publicano (pecador). Se observarmos bem, veremos que aqueles dois homens são figuras representativas de dois tipos de posturas espirituais no meio da igreja em todos os tempos. Quando olhamos cuidadosamente para os evangelhos, descobrimos que as pessoas que receberam as mais duras palavras de reprovação por parte de Jesus, não foram os pecadores confessos, mas os religiosos empedernidos. Os apontadores de erros alheios, os que se achavam muito justos e muito piedosos, esses foram chamados de sepulcros caiados, pois apenas ostentavam uma aparência exterior de pureza, mas por dentro eram só podridão. Jesus certa vez falou que os fariseus rodeavam o mar e a terra para fazer um prosélito e depois o tornava duas vezes mais filho do inferno que eles próprios. Segundo Dr. Russell Shedd os fariseus e mestres da Lei pulverizaram a Lei de Deus com 613 regras; 248 mandamentos; 365 proibições, tudo isto escorado em 1521 emendas. Estamos em tempo de passar a limpo a nossa própria caminhada como filhos de Deus, por isso, gostaria de convidá-los a meditar um pouco sobre a  nossa postura e responsabilidade tanto como igreja, quanto individualmente como cristãos professos. Será que temos compreendido que tudo que alcançamos do Senhor até hoje foi por pura graça dele e não por obras meritórias nossas?

Descobrimos que Jesus durante os seus dias de caminhada sobre a terra já havia falado sobre este assunto. Ele não veio para os que se consideram sãos, justos e perfeitos por suas próprias obras, mas para os doentes, os coxos, os cegos, os leprosos, os desgarrados, os rejeitados, os deformados e endemoninhados de todos os tempos. Ele não veio para os sãos, mas para os doentes. O texto lido apresenta dois personagens, que representam duas posturas espirituais: O Fariseu, um religioso de exterioridade e enganado acerca de si mesmo e O Publicano, um pecador arrependido e profundamente consciente do seu estado de miséria. Ao longo do seu ministério público, Jesus condenou a hipocrisia, o autoengano, e a religiosidade de fachada dos fariseus. Ele jamais perdeu uma oportunidade de confrontá-los. O Senhor os descreveu como: “guias cegos, serpentes, sepulcros caiados, raça de víboras e hipócritas”. Duras palavras para os que se acham puros e justos espiritualmente! O mais triste com relação a esses fariseus equivocados, é que se achavam certos e Jesus errado. É exatamente assim que agem os fariseus contemporâneos: cheios de regras a impor. Engajados em ministérios que lhes podem dar notoriedade.  Aquele fariseu estava enganado a respeito da oração, pois orava de si para si mesmo, dizendo a Deus e aos que estavam à sua volta como ele era bom, justo e espiritual. Muitos têm essa postura para angariar notoriedade espiritual. Ele usava a oração como um marketing para obter reconhecimento público, não como um exercício espiritual para glorificar a Deus. Ele estava enganado acerca de si mesmo, pois se julgava aceito por Deus em função do que fazia ou deixava de fazer. Não é por obras para que ninguém se glorie! Estava também enganado a respeito do publicano, a quem julgava um grande pecador e nem era digno de estar ali. Ninguém está autorizado por Deus para julgar quem quer que seja. “Aquele que pensa estar em pé cuide que não caia” diz o apóstolo Paulo.

Dentro da cultura judaica daqueles dias, os publicanos eram considerados os piores pecadores, pois cobravam impostos dos seus compatriotas judeus para os ímpios romanos, chegando muitos a enriquecer ilicitamente como Zaqueu. O que há de diferente nesses dois homens, visto que ambos entraram no templo com o mesmo propósito: Orar? Enquanto o fariseu voltou para casa, apenas satisfeito consigo mesmo, o publicano saiu dali justificado, declarado justo diante de Deus, aceito por Deus. Somos justificados por meio do Cristo, nosso substituto perfeito. É por graça mediante a fé. O homem para o qual Deus olha é o abatido de espírito e que treme da sua Palavra! Como pode ser isto, uma vez que o fariseu fez tudo que deveria fazer e cumpriu todas as regras? Contudo, faltou-lhe o que tem faltado em muitos de nós: humildade e quebrantamento de espírito para reconhecer o próprio estado de miséria. Somos eternos devedores de Deus. Pecadores justificados pela graça salvadora, mas ainda pecadores. O brado daquele publicano deve ecoar hoje em nossos ouvidos e precisamos fazer coro com ele dizendo: “Oh Deus, Sê propício a mim pecador!” e não permita que eu continue andando do mesmo jeito. O Evangelho da Graça anunciado por Jesus Cristo e desvirtuado pelos fariseus dos nossos dias é para você e para mim que temos ficado cansados e desencorajados ao longo do Caminho.  A cada um de nós o Senhor diz hoje: Coragem, ainda há estrada a percorrer e almas a resgatar! Nenhum de nós está pronto, do contrário não estaríamos mais aqui. O Senhor usa vasos imperfeitos e frágeis, como você e eu para que seu poder se aperfeiçoe em nossa fraqueza. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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