domingo, 16 de fevereiro de 2020

Meditação/Nadia Malta/E QUANDO JESUS NOS MANDA PARA A TEMPESTADE?


E QUANDO JESUS NOS MANDA PARA A TEMPESTADE?
                                                                                     
Logo a seguir, compeliu Jesus os discípulos a embarcar e passar adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões. E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só. Entretanto, o barco já estava longe, a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário”. Mateus 14:22-24.                                                                 

Somos desafiados a todo momento a experimentar uma fé viva. O relato todo do texto  vai até o versículo 33 e conta uma das mais dramáticas lições de fé ensinadas por Jesus aos seus discípulos. Aquela na verdade, não era a primeira vez que Jesus ministrava fé aos seus discípulos no meio de uma tempestade. O outro episódio relata também uma grande tempestade, só que naquela situação, Jesus estava com eles no barco. A primeira experiência tipifica os dias de Jesus na terra, antes de sua crucificação e ressurreição; a segunda aponta para a era da igreja, quando Jesus se ausentaria da terra fisicamente voltando para os céus. Ambas as experiências estimulam a prática da fé viva e incondicional. Quando leio um texto como este, é inevitável pensar: “Se havia tempestades nos dias de Jesus na terra, imagine hoje!”. Quando encontramos na Bíblia referencias a tempestades, muitas águas, ou mar, são invariavelmente metáforas para ilustrar as tribulações da vida. O mais surpreendente na sofisticada pedagogia de Jesus é que ele não dá aula teórica. Ele já coloca seus discípulos em situações práticas, para que aprendam vivenciando. Foi assim no passado, é assim no presente e será assim sempre. Cabe a nós, nos tornarmos alunos “ensináveis” e diligentes para assimilar a metodologia de ensino de Jesus e não sermos reprovados. Há muito cristão repetindo o ano. Esses não poderiam ser mestres, pois ainda continuam no Jardim da Infância da fé.

A Experiência daqueles discípulos está registrada na Bíblia, para nos estimular a atravessar vitoriosamente as nossas próprias tempestades, renunciando a toda dúvida que tente atravancar as nossas vitórias. A experiência daqueles discípulos nos ensina que mesmo em meio às tempestades da vida podemos pela fé contar com algumas certezas: O próprio Senhor os compeliu para a tempestade; O Senhor se retira para orar sozinho e certamente intercedia por eles e também intercede por nós; Assim como Jesus acudiu os discípulos, ele nos acode também; Aquela situação foi a oportunidade de Deus para ajudá-los a crescer e se fortalecer e O Senhor ajudou os discípulos até o fim e fará assim conosco. Os discípulos estariam mais seguros no meio da tempestade e dentro da vontade de Deus, que fora dela. Lendo a Bíblia descobrimos que há dois tipos de tempestades que assolam a nossa vida: Aquela que vem para correção, como disciplina de Deus (como é o caso do profeta Jonas); e a que vem para aperfeiçoamento, quando Deus deseja que cresçamos em maturidade e fé. Muitos cristãos têm a idéia equivocada de que ao obedecer à vontade de Deus, só navegarão em águas tranquilas. Mas quando somos impelidos para uma tempestade por Jesus, devemos lembrar que ele nos trouxe ali para um fim proveitoso e cuidará de nós. A tempestade descrita no texto lido tipifica a era da igreja repito e aponta para as dificuldades, tribulações, perseguições, aflições, enfermidades, oposições e provações de maneira geral. A terra não é um parque de diversão, é antes uma arena de guerra, santificação e crescimento espiritual para os que servem a Deus. Jesus sabia a tempestade que seus discípulos enfrentariam, e o texto diz que “ele subiu ao monte a fim de orar sozinho”. A atitude de Jesus aponta para o seu ministério de intercessão junto ao Pai em favor dos seus. O povo de Deus está no “mar” em meio às tempestades da vida e Jesus está, não no monte, mas nos Altos Céus intercedendo por nós, para que não desfaleçamos e a nossa fé não vacile. Vários servos de Deus experimentaram a sensação de aparente abandono e indiferença de Deus. O aparente silêncio de Deus é sinal de preparação. Quando Deus se “cala”, está preparando grandes vitórias para seus filhos.

O Socorro de Jesus, em resposta às nossas orações, muitas vezes nos assombra. Lembremos sempre que tudo coopera para o nosso bem. Olhar para Cristo vindo por sobre o mar foi assustador, para aqueles discípulos já apavorados, parecia um grande “malassombro”. Aprendamos a discernir. O Senhor esperou que o barco fosse o mais longe possível, para que não houvesse nenhuma possibilidade humana de socorro e aí ele entrou em ação. Aprendemos que “A impossibilidade humana é a oportunidade de Deus”. O poder da fé só se manifesta quando não há mais recursos de homens e isso muitas vezes nos causa assombro. Olhar para as situações e tempestades da vida com os olhos da fé, aquieta a nossa alma exigente e apressada. Por que Jesus andou sobre as águas? Para mostrar aos discípulos que aquilo que eles tanto temiam (a fúria do mar) era apenas um caminho para que se aproximassem dele e confiassem nele. O Senhor é especialista em fazer caminhos na tormenta. Diante das tempestades da vida temos duas atitudes a tomar: fugir de Deus ou correr para seus braços. A segunda opção é sempre a mais acertada. Por que os discípulos não reconheceram Jesus? Porque não estavam mais esperando por ele. O medo e a fé não podem caminhar juntos, são incompatíveis. O medo cega a fé e produz tormento, para que ela não enxergue a presença de Deus. O propósito daquela tempestade era aperfeiçoar a fé daqueles discípulos, dissipando o medo de seus corações. Aqueles discípulos precisavam aprender a confiar em Jesus mesmo quando ele não estivesse presente e parecesse não se importar. Olhe agora para Pedro, ele foi o único naquele barco que ousou enfrentar a tempestade e ir em direção a Jesus. E Ele teria sido bem sucedido, se não fosse o “porém” que surgiu no caminho de sua fé. Pedro ia tão bem, mas começou a afundar, o “porém” estava lá pra estragar a sua vitória. Quem sabe se não é isto que está acontecendo com você. A vitória estava às portas, mas aí veio aquela dúvida maldita e estragou tudo. Hoje gostaria de desafiar você a renunciar todos os “poréns” que têm impedido um exercício genuíno de fé em sua vida. Pedro clamou por Jesus antes de afundar e foi socorrido por ele. As tempestades da vida nos ensinam a confiar em Cristo e obedecer a sua Palavra, independentemente das circunstancias. Pedro começou a afundar porque duvidou; precisamos entender que quando Jesus diz “vem”, essa palavra cumprirá o propósito para o qual foi proferida. O segredo da vitória é não duvidar e olhar firmemente para o autor e consumador de nossa fé JESUS CRISTO. A experiência de Pedro foi enriquecedora para ele, para os discípulos que estavam no barco e para nós hoje. Quando clamamos por Jesus no meio da tormenta ele entra no barco conosco e faz cessar os ventos e as ondas. Tão somente confiemos! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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