quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Meditação/Nadia Malta/SEJAMOS COMPASSIVOS!


SEJAMOS COMPASSIVOS!


                                                                 
Em dia subseqüente, dirigia-se Jesus a uma cidade chamada Naim, e iam com ele os seus discípulos e numerosa multidão. Como se aproximasse da porta da cidade, eis que saía o enterro do filho único de uma viúva; e grande multidão da cidade ia com ela. Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores! Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o conduziam, disse: Jovem, eu te mando: levanta-te! Sentou-se o que estivera morto e passou a falar; e Jesus o restituiu a sua mãe. Todos ficaram possuídos de temor e glorificavam a Deus, dizendo: Grande profeta se levantou entre nós; e: Deus visitou o seu povo” Lucas 7.11-16.                                   

O texto nos chama a atenção para a compaixão e a responsabilidade que devemos ter com todos os desesperados, perdidos e aflitos ao nosso redor. Aqui encontramos Jesus em Naim ressuscitando o filho único de uma viúva, imediatamente no dia seguinte a cura do servo do centurião. Alguns teólogos interpretam este episódio como a ressurreição da profecia. Contudo, deixando as divagações teológicas à parte, o texto evidencia a compaixão de Jesus, levando vida ao que estava morto. O Senhor tem em todos os tempos chamado homens e mulheres de corações compassivos que possam acudir os desgraçados ao seu redor. Ele poderia fazer isto através de anjos, mas em sua soberania resolveu usar a você e a mim. Ele já nos capacitou para isso e prestaremos contas dessa mordomia. O Senhor deu a mesma oportunidade a cada um de nós, que é o fato de estarmos vivos sobre a terra e ainda nos deu dons para que os multipliquemos em sua obra. O Rei está voltando e prestaremos contas do que a nós foi confiado. Olhando lá para fora podemos ver a enorme multidão de mortos vivos, que caminha a esmo à procura da verdadeira vida. É a multidão dos desgraçados, dos desesperançados, o grande Bloco dos mortos vivos que se arrasta como ovelhas que não têm pastor. Seu estandarte é visível e representa uma existência sem Deus. Nesta hora cabe a nós, como representantes da Vida, sair da nossa zona de conforto, levantar o estandarte da graça de Deus e anunciar com ousadia que a verdadeira Alegria Viva existe sim e se chama JESUS, o CRISTO DE DEUS! As tribos no passado eram identificadas por estandartes com suas insígnias. Acampavam-se em blocos cada um com a sua identificação hasteada de maneira visível no alto de um mastro. Contudo, cadê a compaixão do Bloco da Graça de Deus? Cadê o nosso estandarte? Em Cânticos dos Cânticos 2.4b diz a esposa ao seu amado: “E o seu estandarte sobre mim é o amor”.

Perdemos tanto tempo durante todos os dias do ano, muitas vezes trancafiados em nossos redutos eclesiásticos brigando por coisas sem importância, enquanto multidões caminham a passos largos para o inferno! Como crerão se não tem quem pregue? Que hoje possamos dizer: “Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim!”. A fatura da nossa indolência e comodismo chegará mais cedo ou mais tarde. Seremos cobrados pela liberdade e os recursos que foram colocados à nossa disposição e não usamos! Olhemos agora para as duas multidões mencionadas pelo texto. Primeira Multidão: Liderada por Jesus, Celebra a vitória da Vida sobre a morte! Jesus vinha com seus discípulos e grande multidão, eles tinham acabado de sair de Cafarnaum, onde curou o servo de um centurião que estava à morte. Muitos seguiam a Jesus por causa daquela cura, eles vinham celebrando a vida, a esperança, a alegria, a saúde, a libertação do jugo, a possibilidade. Aquele era sem dúvida o Bloco da Vitória, liderado pelo Autor da Vida. Somos o povo da esperança, da bênção. Fazemos parte da nação santa, somos o povo de propriedade exclusiva de Deus. Somos chamados ainda de sacerdócio real. Mas será que todos esses títulos nos foram dados apenas para que os ostentemos orgulhosamente como faixas e troféus que ficam empoeirados em uma prateleira?  Será que é da vontade de Deus que nos tranquemos em nossos redutos e olhemos orgulhosamente, apenas com desdém para os desgraçados que agonizam à beira do Caminho, como o levita e o sacerdote da parábola do Bom samaritano que viram o homem que caiu nas mãos de salteadores e passaram ao largo? Ou será que o Senhor está requerendo de nós a mesma íntima compaixão com a qual ele acudiu aquela pobre viúva que acabara de perder seu único filho? Sem Cristo, estávamos todos sem arrimo, éramos desgraçados na acepção da palavra, destituídos da graça de Deus. Contudo, já fomos vivificados!

Segunda Multidão: Liderada por uma viúva, lamenta a morte! Jesus entra em Naim com seus discípulos e grande multidão que vinha com ele, encontra-se com outra multidão que acompanhava uma viúva que ia enterrar seu único filho. Convém salientar que naquela época não havia nenhum sistema previdenciário, o arrimo de uma viúva era o filho mais velho, a mulher em questão além de viúva tinha um único filho e acabara de perdê-lo. O v.13 diz que Jesus vendo a mulher moveu-se de íntima compaixão por ela e disse: “Não chores!” (ARC). Neste ponto do relato a nossa atenção volta-se totalmente para Jesus. A mulher não recorre a ele, não se queixa, mas a dor experimentada por ela transcende qualquer palavra e toca o íntimo do Senhor. A sua dor era tão grande que transcendia, não havia palavras que pudessem descrevê-la, era o fim da linha.  A compaixão do mestre enxerga e sente a dor da perda, da desesperança e do desamparo profundo. Alguém já disse que “compaixão é a dor do outro em meu coração”. Foi isso que aconteceu, a dor daquela mulher tocou as profundezas de Deus e a vida prevaleceu. Ela recebeu seu filho ressuscitado.  Lamentavelmente tem faltado compaixão em nosso meio. Contudo, este é um sinal visível da Segunda vinda de Jesus, o amor que tem esfriado dos corações. Mas ainda há tempo de mudar essa triste realidade! O que aprendemos aqui? A verdadeira Vida sempre prevalece à morte.  Precisamos aprender com o Senhor da Vida a exercitar compaixão pelos perdidos ao nosso redor e ir até eles levando vida. Precisamos ser canais para trazer mortos de volta a vida!  O exercício da compaixão nos leva a sentir a dor do outro em nosso coração. A compaixão é diferente da pena furtiva que sentimos por alguém, mas que logo se dissipa. O coração compassivo além de sentir a dor e a necessidade do outro, se move em sua direção para mitigar o sofrimento. Finalmente, Não podemos perder de vista que o Senhor continua procurando homens e mulheres de corações compassivos que possam levar vida aos que estão mortos ao seu redor. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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