quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Meditação/Nadia Malta/O QUE FAZER NAS HORAS INEVITÁVEIS DE ABATIMENTO?


O QUE FAZER NAS HORAS INEVITÁVEIS DE ABATIMENTO?
                                                                           
Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus? Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”. Salmo 42. 1,2, 5. 

Neste salmo, atribuído aos filhos de Corá, o salmista desnuda seu estado de alma e rasga seu coração diante de Deus. Ele reconhece que a sua dor maior é um anseio pela presença do Deus vivo. O peregrino de Deus em sua jornada por esta vida não se sente nada confortável. Há uma afirmação teológica que diz que “o vazio no coração do homem é do tamanho de Deus”. Igualmente o anseio desse coração é pela presença gloriosa do Senhor enchendo todos os espaços. O coração do servo de Deus enquanto anda pelo deserto deste mundo continua ansiando pela presença do Senhor. Nada o pode satisfazer completamente: Família, bens, notoriedade, relacionamentos ou quaisquer outras coisas, nada pode nos satisfazer completamente, senão a presença de Deus em nós. Só a maturidade espiritual nos leva a aquietar a nossa alma exigente e ansiosa pelas coisas terrenas. A medida desse “ter” nunca enche como diria meu sogro. A nossa alma só pode encontrar quietude em Deus!

Em nossos momentos inevitáveis de abatimento precisamos atentar para algumas atitudes. Precisamos Reconhecer e confessar ao Senhor o real anseio da nossa alma! Diz o salmista: “Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus? Minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: "Onde está o seu Deus?". Conceda-me o Senhor o seu fiel amor de dia; de noite esteja comigo a sua canção. É a minha oração ao Deus que me dá vida. Direi a Deus, minha Rocha: "Por que te esqueceste de mim? Por que devo sair vagueando e pranteando, oprimido pelo inimigo?”. Ver ainda: Salmo 63.1: “Ó Deus, tu és o meu Deus, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti, numa terra seca, exausta e sem água”. Precisamos nos Lembrar das vitórias e bênçãos recebidas, isto ajuda a atravessar tempos difíceis! Contar as bênçãos como diz a letra do velho hino. O salmista diz: “Quando me lembro destas coisas choro angustiado. Pois eu costumava ir com a multidão, conduzindo a procissão à casa de Deus, com cantos de alegria e de ação de graças entre a multidão que festejava”. O profeta Jeremias diz em seu livro das Lamentações: “Preciso trazer à memória o que pode dar-me esperança”.

Precisamos Confrontar a razão do nosso próprio abatimento! “Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus. A minha alma está profundamente triste; por isso de ti me lembro desde a terra do Jordão, das alturas do Hermom, desde o monte Mizar. Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim?”. Ainda Jeremias em Lamentações convoca: “Examinemos e submetamos à prova os nossos caminhos, e depois voltemos ao Senhor”. Precisamos Aquietar a alma ansiosa reconhecendo que a saída vem só de Deus! O salmista diz: “Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus”. Ver ainda: Salmo 33.20-22: “Nossa esperança está no Senhor; ele é o nosso auxílio e a nossa proteção. Nele se alegra o nosso coração, pois confiamos no seu santo nome. Esteja sobre nós o teu amor, Senhor, como está em ti a nossa esperança”. Salmo 62.1: “A minha alma descansa somente em Deus; dele vem a minha salvação”. O que aprendemos com o salmista aqui? Há um anseio que sentimos e que só pode ser satisfeito em Deus. Só Deus tem o que precisamos realmente. No meio do nosso abatimento precisamos reconhecer isto, e dizer ao Senhor como nos sentimos. Lembrar-nos das vitórias e bênçãos recebidas nos ajuda a atravessar tempos difíceis. O Deus que agiu no passado, age hoje. Confrontar a razão do próprio abatimento. Perguntemos a nossa alma por que ela tem estado abatida. Reconhecer que a nossa saída e esperança vem de Deus, porque essa saída é o próprio Deus. No Salmo 131, outro salmista, Davi fecha a questão dizendo: “Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim. De fato, acalmei e tranquilizei a minha alma. Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; a minha alma é como essa criança. Ponha a sua esperança no Senhor, ó Israel, desde agora e para sempre!”. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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