quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Meditação/Nadia Malta/TEMPO DE DISCIPULADO RADICAL!


TEMPO DE DISCIPULADO RADICAL!
                                                                                    
Porque, no oitavo ano do seu reinado, sendo ainda moço, começou a buscar o Deus de Davi seu pai; e, no duodécimo ano, começou a purificar a Judá e a Jerusalém dos altos, dos postes-ídolos e das imagens de escultura e de fundição. Na presença dele, derribaram os altares dos baalins; ele despedaçou os altares do incenso que estavam acima deles; os postes-ídolos e as imagens de escultura e de fundição, quebrou-os, reduziu-os a pó e os aspergiu sobre as sepulturas dos que lhes tinham sacrificado”. II Cr. 34. 3, 4. 

O texto lido está inserido em um contexto que vai do versículo 1 (um) até o 33 (trinta e três) deste capítulo, e fala de uma radical e significativa reforma religiosa feita pelo rei Josias, filho de Amom e neto de Manasses. Esse rei começou a reinar muito jovem, com apenas oito anos. Reinou trinta e um anos em Jerusalém. Aos dezesseis anos ele se converte e começa a buscar o Deus de seu pai (ancestral) Davi. Aos vinte anos percebeu a sua vocação para um ministério de guerra contra o mal. A sua reforma começa pela purificação do Santuário. Só quando restauramos o lugar da verdadeira adoração, destruindo os deuses estranhos derribando os seus altares e purificando o santuário é que poderemos lograr êxito em nossas demandas pessoais. Conversão genuína gera mudanças radicais internas, bem como uma compulsão pela santidade. Temos ouvido muito nesses dias sobre o relacionamento que devemos ter com o Senhor. Contudo, para que este relacionamento aconteça é necessário nos achegar cada vez mais a Ele numa íntima e contínua comunhão. Essa comunhão leva a santificação, que por sua vez leva a um genuíno avivamento. Quanto mais se aproxima o dia da volta de Cristo mais se faz necessário que o seu povo persiga a santificação de forma radical. Não estou falando de “santarronice” exterior, mas de uma legitima inclinação para fazer a vontade do Pai celestial e uma profunda consciência de sua presença aonde quer que estejamos. Por isso hoje gostaria de compartilhar a experiência radical do rei Josias ao purificar o santuário e renovar a aliança com o Senhor. A palavra radical tem sido muito usada em nossos dias para designar esportes, posturas e estilos de vida, sobretudo, dos jovens. Contudo, creio que essa palavra tem a sua aplicação mais apropriada na vida dos verdadeiros cristãos. É impossível alguém ser meio cristão! É comum ouvirmos que certas pessoas são amigas do evangelho, mas ainda não se converteram. Ninguém é amigo do evangelho a não ser os próprios cristãos!

Estamos no limiar do novo ano. É tempo de faxinas e mudanças profundas não só na casa física, mas, sobretudo, na espiritual. Há aqui cinco ações do rei Josias que podemos aplicar às nossas vidas: Ele começou a buscar o Senhor; Ele começou a purificar o Santuário e o Culto; Ele mandou reparar a Casa do Senhor; Ele consulta o Senhor e Ele renova a aliança com o Senhor. Josias veio de uma família terrivelmente desestruturada espiritualmente. Tanto seu pai quanto seu avô fizeram o que era mau perante o Senhor, mas quando um homem só se posiciona diante de Deus as maldições são quebradas. Mesmo sendo moço e inexperiente, diante da situação caótica em que estava mergulhada a nação de Judá, ele buscou o Senhor com sinceridade de coração. Oração é tudo! O Senhor ouviu o clamor de Josias e veio em seu auxílio. Quando nos encontramos com o Senhor de verdade, há uma mudança total, os modelos, padrões e práticas antigas já não atraem nem nos servem mais. Josias percebeu isso e logo tratou de fazer as mudanças necessárias. Tanto no santuário quanto no próprio culto. Na presença dele derribaram os altares dos baalins (deuses estranhos) com todas as suas inscrições. Foram despedaçados os altares de incenso (lugar da oração) dos deuses pagãos. Foram destruídas as imagens de escultura e de fundição. Foram reduzidos a pó os postes-idolos. A obra foi radical e completa. Nada ficou que remetesse a velha vida. A palavra chave deste relato é sem dúvida a palavra Radical, porque quando se trata em renunciar o reino das trevas não há outro modo de fazê-lo. Muitas vezes para nos purificar de toda a contaminação do passado implica em sermos submetidos às altas temperaturas, que são as grandes provas pelas quais passamos. Assim, nós também vamos sendo purificados pelo Senhor em um discipulado radical sem interferência humana.

Josias diligenciou a restauração do Templo, já livrado de toda sorte de imundície.  Quando abandonamos os ídolos, e mais uma vez não falo dos ídolos de pedra e cal, mas daqueles entronizados nos corações, precisamos de uma obra de restauração em nosso interior. Essa obra é feita através da ação efetiva do Espírito Santo por meio da Palavra Deus. Há um lavar regenerador do Espírito em nós que repara o que foi danificado pelo pecado. Somos santuários de Deus, separados por ele para louvor de sua excelsa glória e não podemos perder de vista que estamos na presença do Senhor em todo lugar. Apesar da impiedade da nação, o Senhor responde a oração do rei, prometendo-lhe paz durante os dias de sua vida. Ele havia se quebrantado diante do Senhor e isso lhe foi agradável.  Consultar o Senhor em relação a cada ato, a cada decisão, cada necessidade que temos faz parte da nova vida e é segurança para nós. Oramos, buscamos a Ele em todas as situações, mas é preciso aprender a esperar nele até que a resposta venha, como fez Josias. Depois de sua obra de purificação e conserto, Josias juntamente com o povo renova a aliança com o Senhor, que havia sido profanada pela rebelião. Gostaria de chamar a atenção para uma renovação pessoal da nossa aliança com o Senhor, com o quebrantamento devido. Há um apelo do Espírito de Deus para andarmos em santidade de vida porque fomos comprados por alto preço. Aprendemos aqui que santificação radical produz avivamento e avivamento é o governo de Deus sobre nós, mas para isto, o santuário precisa ser purificado e consagrado inteiramente ao Senhor e não falo do templo de pedra e cal, mas do templo vivo que somos nós! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/




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