quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sermão/Pra.Nadia Malta/POR QUE CREMOS E AINDA SOFREMOS?

POR QUE CREMOS E AINDA ASSIM SOFREMOS?
II Coríntios 4:15-18 (Clique na referência ao lado para ler o texto bíblico na íntegra)


OBJETIVO
Esclarecer a igreja quanto aos efeitos e desígnios das aflições pelas quais passamos.

IDEIA CENTRAL DO TEXTO
Crer no Cristo e recebê-lo como Senhor e salvador não nos isenta de passar pelas aflições, mas nos fortalece para atravessarmos águas turbulentas. Nos momentos de grande aflição é sempre proveitoso olharmos para aqueles que atravessaram os mesmos sofrimentos e saíram contundidos, mas vitoriosos como Jacó no Val de Jaboque em Gn 32.22-32. Aliás, a prova da verdadeira fé, não vem através de condecorações ou aplausos, mas de escoriações, de marcas que servem de memoriais daquilo que vivemos. Paulo fala das marcas de Cristo que ele carregava. Gl 6.17
O apóstolo Paulo é um dos grandes heróis da fé perseverante. Ele possuía o dom da fé e manifestava a atitude condizente com o dom. Todo o capítulo quatro desta epístola fala das lutas enfrentadas pelo apóstolo em seu ministério, bem como do seu reconhecimento de ser um vaso frágil de barro, cujo poder e força vinham exclusivamente de Deus.

Os versículos lidos trazem luz ao nosso entendimento, revelando o propósito e efeito das aflições em nossas vidas!

INTRODUÇÃO
Definitivamente, Deus tem caminhos estranhos e incompreensíveis para nós, limitados mortais. Contudo, por sua misericórdia, ele permite que através de sua Santa Palavra possamos aqui e acolá entender alguns desses estranhos caminhos. Se juntarmos Is. 55.8,9 e Jr 29.11 teremos uma grande revelação neste sentido, vejamos o que dizem esses versículos: “Porque meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos, mais altos que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos dos que os vossos pensamentos. Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais”.

 O sofrimento revela não apenas a fraqueza humana, mas a glória e o poder de Deus. As provas pelas quais passamos imprimem autenticidade ao nosso testemunho. Conta-se que um jovem e empolgado pastor, recém-saído do seminário, pregou um belo e eloquente sermão, respeitando todas as regras da boa hermenêutica, mas não impactou os ouvintes. Na sua audiência estava um velho e experiente pastor ouvindo atentamente aquele sermão. Ao ser indagado sobre o que faltara ao sermão do jovem, ele respondeu: “O que faltou ao sermão só aparecerá depois que o coração desse rapaz for quebrantado. Depois que ele passar pelo deserto da prova, então, terá uma mensagem digna de ser ouvida”. Há um batismo de fogo, pelo qual todos passamos, mais cedo ou mais tarde. O Senhor nos batizou com o seu Espírito Santo, para podermos suportar o batismo de fogo. Mt 3.11.

Quando oramos entregando uma demanda ao Senhor, nunca imaginamos os caminhos usados por ele para nos dar o fim que desejamos. De repente esse reboliço pelo qual você está passando faz parte da grande resposta ao seu pedido de oração. Toda grande arrumação demanda uma grande desarrumação. Não dá para arrumar sem desarrumar.

O TEXTO LIDO NOS ENSINA QUE TODO O SOFRIMENTO ENFRENTADO POR PAULO LHE DEU TRÊS CERTEZAS:

1. Ele estava certo de que DEUS SERIA GLORIFICADO – V.15:

  • Este versículo é paralelo a Rm 8.28 que diz: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo os seus propósitos”.
  • Aprendemos aqui que nenhum sofrimento é desperdiçado: Deus usa a nossa dor para ministrar a nós e a outros e também para glorificar seu nome. De que forma Deus é glorificado em nossas aflições? Ao nos conceder a “graça abundante” de que precisamos para manter a fé, a alegria e a força para atravessar essas aflições.
  • Veja o que o Senhor declara, nos VS. 7-9 deste capítulo: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos”.
2. Ele estava certo de que as suas tribulações COOPERARIAM PARA O SEU BEM – VS.16,17:
  • O grande lema de Paulo, bem como seu testemunho de fé era: “Não desanimamos”. Ele sabia em quem cria. Que importa se o ser “exterior” (o corpo) se deteriora, quando o ser “interior” (o espírito) experimenta uma renovação diária?
  • Paulo não sugere aqui um desleixo com o corpo físico, visto ser o santuário do Espírito Santo; ele apenas traz à lume a realidade da degeneração física pelo passar dos anos. Contudo, há um ganho eterno nesse processo: o nosso espírito recriado por Deus vai se renovando de dia em dia.
  • O apóstolo Paulo usado pelo Espírito Santo nos ajuda aqui a ajustar o foco de nossa visão. Ele chama a tribulação do presente de “leve e momentânea” em comparação com a glória por vir. Ela produzirá para nós, um “eterno peso de glória acima de toda comparação”
  • O salmista no Sl 119.67, 71 diz: “Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra. Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos”.
  • A aflição é chamada de megafone de Deus para chamar a nossa atenção. Somos chamados pelo amor e pela dor, cabe a nós escolhermos a maneira de nos achegar a ele.
3. Ele estava certo de que O MUNDO INVISÍVEL ERA REAL v.18:
  • Os grandes homens e mulheres de fé de Hebreus 11 chegaram aonde chegaram porque viram o invisível (Hb 11.10, 13, 14, 27)
  • As coisas deste mundo nos parecem tão reais porque podemos vê-las senti-las e tocá-las, mas são todas temporárias e estão fadadas a desaparecer. Tudo vem com um prazo de validade, até o nosso corpo físicoSomente as coisas invisíveis aos nossos olhos humanos permanecerão eternamente, porque são espirituais.
  • Como podemos olhar para o que é invisível? Pela fé, ao ler a Palavra de Deus. Nunca vimos Cristo, nem o céu, mas cremos que são reais, pois a Palavra de Deus assim afirma.
  • Deus tem um futuro glorioso para seus filhos que o amam e creem nele. Por isso, continue andando e crendo.
  • Alguém já disse: “Não diga a Deus que você tem um grande problema; diga ao seu problema que você tem um grande Deus”.
CONCLUSÃO
O que aprendemos aqui?
  1. Servimos a um Deus vivo que tem caminhos estranhos e incompreensíveis para nós limitados mortais. Basta a nós sabermos que ele está agindo do seu modo e no seu tempo, não adianta tentar quebrar a cabeça tentando decifrar os mistérios de Deus que só compreenderemos na eternidade.  Só vamos saber aquilo que ele deseja que saibamos.
  2. Se você está passando por alguma dificuldade e entregou a sua causa a ele, prepare-se para o reboliço. Que ele vai agir vai, só não nos compete saber como. O tempo e o modo são de Deus, não nossos.
  3. Esteja certo como Paulo, de que Deus vai ser glorificado nesse processo. Nenhum sofrimento é desperdiçado por ele. Deus aproveita tudo, recicla tudo.
  4. Esteja certo como Paulo, de que suas aflições cooperarão para o seu bem, por isso não desanime, só creia! Seu Deus sabe trabalhar!
  5. Esteja certo como Paulo que o mundo invisível é real, por isso use a lente da fé para minimizar a sua miopia espiritual e maximizar a sua visão do mundo invisível.
  6. Esteja também certo como Paulo, de que a fé não nos isenta de passar pelo sofrimentomas nos fortalece e prepara para passarmos por ele e sairmos vitoriosos.
Aleluia, amém!

Sermão/Pra. Nadia Malta em 21/11/2012 - nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; http://www.ocolodopai.com.

Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins evangelísticos e de edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

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