quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sermão/Pra. Nadia Malta/ PERDÃO NÃO É SENTIMENTO, É UM ATO DE OBEDIÊNCIA!

PERDÃO NÃO É SENTIMENTO, É UM ATO DE OBEDIENCIA!
Mateus18:21-35 (Clique na referência ao lado para ler o texto bíblico na íntegra)


OBJETIVO
Ministrar a igreja libertação e cura através do exercício do perdão ilimitado que não é um sentimento, mas um ato de obediência.

IDEIA CENTRAL DO TEXTO
Quantas vezes se deveriam perdoar um irmão ou alguém culpado? A pergunta de Pedro revelou um grave erro a respeito da questão complicada do perdão: “ele sugeriu limites e medidas para o exercício do perdão, movido por um coração orgulhoso e pretensioso”. Enquanto os rabinos costumavam perdoar três vezes, Pedro se achando muito compassivo propõe que se perdoe sete vezes.

Pedro deve ter se surpreendido com a resposta de Jesus: “não sete, mas setenta vezes sete= 490 vezes”. Aquilo era demais! Quem poderia manter o registro de tantas ofensas? Quando tivermos perdoado tantas vezes, certamente teremos criado o hábito de perdoar! Era exatamente isto que o Senhor queria que Pedro entendesse. “O amor não se ressente do mal” – I Co 13.5, ou seja, onde há o amor de Deus operando, não há limites ou medidas. Aqui está a idéia central deste texto: exercitar incondicionalmente o perdão para com os que nos ofenderam, sem limites. Quando não perdoamos, encarceramos a nós mesmos. O maior beneficiado com o perdão é o que perdoa.

INTRODUÇÃO
Possivelmente, a área de maior vulnerabilidade em nossa vida, é a área delicada dos relacionamentos. Temos nos ferido e melindrado com muita facilidade e isso tem gerado litígios irremediáveis dentro e fora da igreja.

O perdão no coração do cristão está sempre ligado a fé e ao amor incondicional derramado por Deus em nós. O perdão é também credencial de novo nascimento.

Perdoar não é opção para nós, é ordenança de Deus, portanto, é inegociável. Perdoar também não é fácil por causa da concepção mundana e humanista que temos a cerca do perdão, geralmente baseada em obras meritórias. Contudo, quando nos deixamos instruir pela Palavra de Deus e obedecemos a sua ordenança de perdoar criamos uma realidade espiritual. O perdão passa a existir de fato e somos libertos e fortalecidos. Isso não só como igreja, mas individualmente, repito.
A parábola trazida por Jesus para ilustrar essa verdade, trata do perdão entre SEMELHANTES, não entre os pecadores e Deus. A grande ênfase aqui é sobre pecadores perdoados perdoando pecadores. Exercitamos o perdão na igreja para aplicá-lo lá fora. A grande escola do perdão é a igreja visível. É a grande sala de aula de Deus. Ali aprendemos a suportar uns aos outros no temor do Senhor.

A base para o exercício desse perdão aqui descrito é o amor/ágape também traduzido por caridade. Não a caridade superficial de dar coisas, mas a maior das caridades de doar-se a si mesmo, até com prejuízo próprio.

O TEXTO LIDO NOS ENSINA TRÊS VERDADES SOBRE O EXERCÍCIO DO PERDÃO QUE PRECISAMOS TER EM MENTE:

  1. Somos devedores de Deus perdoados – VS. 23-27:
  • O homem da parábola era devedor do seu senhor. Isso ilustra o que acontece em relação a Deus, para com o qual somos todos devedores, pois não tínhamos com que pagar e fomos perdoados através da graça de Jesus.
  • Para termos uma noção do alto valor daquela dívida, a arrecadação total de impostos da Palestina daquele tempo, era de aproximadamente 800 Talentos anuais. Isso dá uma idéia do tamanho da dívida daquele homem= 10.000. Alguém já fez esse calculo atualizando-o em moeda corrente, que daria daria algo em torno de 10.000.000 de dólares.
  • Aquele homem seria vendido juntamente com a sua família e tudo que possuía. Ele se tornaria um escravo com toda a sua família; teria seus bens confiscados até que saldasse a dívida toda. Convém lembrar aqui que um homem do povo naquela época precisava trabalhar por vinte anos para receber 1 (hum) Talento. Ficamos pensando: “De onde vinha toda aquela dívida?” Certamente de um trabalho desonesto daquele servo, em outras palavras ele havia roubado seu senhor. O caso daquele servo não tinha mesmo solução. Seria preciso que várias gerações dele trabalhassem para aquele senhor e seus descendentes para que a dívida fosse paga. No entanto, aquele senhor era um homem compassivo, ouviu os rogos daquele servo e mesmo com prejuízo próprio, perdoou-lhe toda a dívida. Sl 37.21
  • Foi precisamente isso que o Senhor fez. Havia uma dívida contra nós que jamais poderia ser paga, mas o nosso Senhor que é misericordioso e compassivo, nos perdoou a dívida (os pecados) e nos purificou de toda injustiça. Cl. 2.14; I Jo 1.9; Sl 32.1,2; Note que aquele servo não merecia perdão, ele o obteve pela graça e compaixão do seu senhor. Isso deveria torná-lo muito mais devedor, só que, ao amor compassivo do seu senhor, assim como nós. Rm 13.8,10; Cl 3.13;
  1. Fomos perdoados para nos tornarmos perdoadores – VS. 28-30:
  • Aquele servo, deixando a presença do seu senhor, encontrou um conservo seu que lhe devia cem denários. Essa quantia era absolutamente insignificante diante da quantia vultosa que ele devia ao seu senhor e fora por ele perdoado. Em vez de compartilhar com o seu conservo a alegria do perdão que experimentara, tornou-se um credor incompassivo, exigindo que ele lhe pagasse toda a dívida. Note que o conservo daquele homem usou as mesmas palavras que ele mesmo usara diante de seu senhor, mas nem assim a sua consciência cauterizada trouxe à luz o que ele mesmo havia recebido. V.29; O que recebemos de Deus não é para ser retido, mas para ser repassado, porque somos canais e despenseiros da multiforme graça de Deus. Perdoamos porque fomos perdoados primeiro pelo Senhor. Mt 6.12, 14, 15; Mc 11. 25,26; Lc. 6.36-38.
  1. Quando não perdoamos nos tornamos prisioneiros – VS.31-35:
  • O rei havia livrado aquele servo e toda sua família da prisão, mas ele a si mesmo se condenou quando exerceu uma justiça árida desprovida de misericórdia. Ele lançou o seu conservo na prisão, quando tinha o dever moral de perdoá-lo – v.31
  • Como nada fica oculto debaixo do céu, o que ele não imaginava era que estava sendo observado. Logo o seu senhor tomou conhecimento de sua atitude maligna e ordenou que ele fosse lançado na prisão e entregue aos verdugos. Nós também somos observados por homens e por anjos (eleitos e caídos). A pior das prisões é a experimentada por um coração rancoroso, orgulhoso e incompassivo. Quando nos recusamos a perdoar, nos tornamos nossos próprios carcereiros e abrimos passagem para que os “verdugos” (espíritos demoníacos) nos atormentem. Tem muito crente oprimido dentro das igrejas por falta de perdão.
  • Esses verdugos nos assolam com muitos tormentos físicos, emocionais e espirituais. Note quanta gente tem estado doente até mesmo em nosso meio, por falta de liberação de perdão. Pedro pediu a Jesus uma medida justa para o exercício do perdão e o Senhor lhe disse para praticar o perdão e esquecer a medida.
  • O tema dessa parábola não é a salvação, mas o perdão entre os semelhantes, que deve ser praticado sem medida ou limites. Cl 3.13
  • O servo perdoado no início da parábola não compreendeu a verdadeira dimensão do perdão, simplesmente ficou feliz por ter se livrado de uma encrenca. Se ele tivesse realmente entendido, teria perdoado o seu conservo. Acabou se tornando refém de sua própria ignorância e perversidade.
CONCLUSÃO
O que aprendemos aqui?
  1. Somos todos devedores de Deus perdoados por ele. Em nós não há nenhuma obra meritória que nos possibilite receber sequer um olhar de Deus. O que recebemos, o fazemos por sua infinita e maravilhosa graça.  A misericórdia de Dele é a causa de não sermos consumidos.
  2. Deus nos perdoou para que nos tornássemos perdoadores. O perdão é exercitado na igreja entre os santos para ser aplicado dentro e fora dela.
  3. Quando nos fechamos e não perdoamos, nos tornamos prisioneiros e reféns de nosso ORGULHO, egoísmo e perversidade.
  4. Perdão não é opção, é obrigação de crente fiel. Não é um sentimento é ordenança de Deus e é exercitado pela fé.
  5. Deus deseja e nos ordena que sejamos perdoadores e que tenhamos autoridade sobre os verdugos que tentam nos assolar.
Aleluia, Amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 28.11.12 – nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; www.ocolodopai.com

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