quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sermão/Pra.Nadia Malta/REDESCOBRINDO A ESPERANÇA NO MEIO DA AGONIA!

REDESCOBRINDO A ESPERANÇA NA AGONIA!
 Lamentações 3:21


OBJETIVO
Levar o povo de Deus a redescobrir a esperança mesmo no meio da agonia e chamar a atenção para o poder sobrenatural do Senhor de mudar o que parece impossível.

IDEIA CENTRAL DO TEXTO
Lamentações do profeta Jeremias possivelmente é o livro bíblico que trata do sofrimento do povo de Deus da forma mais explícita que se possa imaginar. Diferentemente do livro de Jó, que trata do sofrimento de uma forma pessoal, Lamentações trata de uma tragédia a nível nacional. A assolação atingiu a todos indiscriminadamente. O livro em si é um poema fúnebre para o funeral da nação.

Em 587 a.C a cidade santa de Jerusalém caiu diante dos exércitos de Babilônia. Os líderes do povo e muitas pessoas comuns foram obrigados a caminhar novecentos quilômetros até o país visinho. Não há como exagerar a intensidade e a abrangência do sofrimento decorrente da queda de Jerusalém. Ali a perda foi total. Cadáveres amontoados por todos os lados. Canibalismo e sacrilégio eram dois terrores gêmeos que agiam nas ruas da cidade destruída. O assassinato indiscriminado de crianças inocentes demonstrou a perda da esperança na reconstrução da dignidade humana, e os sacerdotes mortos evidenciava o desaparecimento do respeito pela vontade divina.

O sofrimento atingiu ali o nível mais profundo e Lamentações é a cerimônia fúnebre da cidade morta. O profeta Jeremias que já havia sido inevitavelmente contaminado pelas circunstancias ao seu redor, pára diante do caos e redescobre a Esperança. Ele sabe que a ira de Deus tem um tempo de duração, enquanto a sua misericórdia e seu amor duram para sempre. Assim, aprendemos que mesmo quando Deus se ira ele nos ama. A própria disciplina de Deus é um ato de amor.

O escritor judeu Abraham Heschel diz: “A agonia é o teste definitivo. Quando toda esperança é lançada por terra e toda vaidade desperdiçada, o homem começa a sentir falta daquilo que vinha desprezando há muito tempo. Na escuridão, Deus fica próximo e perceptível”.

INTRODUÇÃO
Pior que não ter esperança é ter uma falsa esperança. O Senhor enviou profetas para advertir o povo quanto a observância da aliança com ele. A quebra dessa aliança implicaria em cair nas mãos dos adversários, mas o povo obstinado e rebelde não quis ouvir. Depois enviou profetas durante o cativeiro para que o povo se arrependesse, mas ele preferia dar ouvidos aos falsos profetas que prometiam saídas mágicas e iminentes.

Os falsos profetas procuravam trazer falsas esperanças ao povo com relação ao fim do cativeiro. No entanto, aquele cativeiro durou setenta anos (Jr. 25). O Senhor usou o profeta Jeremias para enviar uma mensagem lúcida e verdadeira, embora não agradável, aos cativos em Babilônia – Jr 29.4-14. No versículo 10 ele diz: Logo que se cumprirem para Babilônia setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar”.

Muitos em nosso meio têm estado assim, desesperados, desesperançados achando que suas vidas não têm mais jeito. Acham que o Senhor os esqueceu e de certa maneira têm olhado para vários lugares tentando achar uma saída e até mesmo se apegado a falsas esperanças, como o povo de Deus do passado. 

Quero convidá-los hoje a juntos irmos a Jerusalém assolada dos dias do cativeiro de Babilônia e, sobretudo, olharmos para o próprio profeta Jeremias e aprender com ele a redescobrir a esperança no meio do caos. Poderíamos perguntar: Como ele fez isso? Ele mesmo responde no v. 21: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. Descobrimos aqui que Jeremias deixou de olhar para fora e olhou para dentro de si mesmo. Foi buscar o que estava impresso em seu coração. O que Deus tem imprimido em seu coração?

NO MEIO DE UMA PROFUNDA AGONIA, O PROFETA JEREMIAS REDESCOBRE TRÊS RAZÕES PARA CONTINUAR FAZENDO A SUA CONFISSÃO DE ESPERANÇA:

  1. Primeira razão: As misericórdias do Senhor não têm fim e se renovam a cada manhã – v.22 e 23 a:
  • Jeremias parou e deixou de olhar para sua própria miséria para lembrar-se da misericórdia de Deus. Ele continuou sentindo dor e sofrimento, mas cria no amor compassivo de Deus, apesar da dureza da cerviz do povo. Isso lhe deu forças para continuar pela fé exercendo seu difícil ministério.
  • O cativeiro de Judá não foi enviado por Deus, mas foi permitido por ele por causa da rebelião do povo. O v. 39 diz: Por que se queixa o homem vivente? Cada um queixe-se dos seus próprios pecados”.
  • As misericórdias de Deus também são a causa de não sermos consumidos. Por isso não podemos perder de vista esse amor compassivo de Deus. Todas as vezes que o povo se rebelou e voltou-se para Deus arrependido, ele o recebeu e o acolheu com um amor desmedido. Foi assim no passado e é assim hoje.
  1. Segunda razão: A grandeza da fidelidade de Deus – v.23b, 24:
  • Assim como as misericórdias de Deus se renovam a cada manhã, no final do dia podemos perceber a sua fidelidade. Sl 92. Já contou as bênçãos de hoje?
  • Deus é fiel ao seu povo e espera pacientemente que ele descubra a sua fidelidade imutável.
  • A consciência da misericórdia e da fidelidade de Deus fez Jeremias redescobrir a Esperança Viva e isso lhe deu novo ânimo em meio a todo o caos. A própria alma do profeta brada das profundezas: “A minha porção é o Senhor”. Pelo fato do Senhor ser a porção do profeta, ele poderia esperar nele o quanto fosse necessário. Isso não era confissão de pensamento positivo, era certeza do agir de Deus. E é essa certeza que precisamos ter. Qual a sua porção?
  1. Terceira razão: A bondade do Senhor se manifesta aos que esperam nele – v.25:
  • Jeremias não se deixou levar pelas falsas esperanças dos falsos profetas. Deus é um Deus de revelação não de “revelamento”. Revelação do Senhor se cumpre, nem que para isso seja preciso setenta anos! Às vezes a espera faz parte da resposta e é um treinamento de Deus.
  • A Palavra do Senhor nos assegura que Ele é bom e que a sua misericórdia dura para sempre. Contudo, a bondade e a misericórdia de Deus não nos dão licença para pecar nos voltando contra Ele. As bênçãos do Senhor estão disponíveis aos que andam em seus caminhos. O Senhor se coloca como um muro de fogo ao nosso redor, mas nós insistimos em romper esse muro com nossas rebeliões, e do lado de fora dele há serpentes que nos espreitam para dar o bote, trazendo dor, destruição, enfermidade e morte para as nossas vidas. Devemos atentar para a bondade e severidade de Deus”.
  • Precisamos reaprender a chorar por nossos pecados, do contrário, nos tornaremos cínicos e insensíveis. Sofrimento que não produz quebrantamento não é transformador e só produz revolta e murmuração.
  • Que hoje possamos esquadrinhar os nossos caminhos, prová-los e voltarmos para o Senhor!

CONCLUSÃO
O que aprendemos aqui?
  1. Por mais difíceis que sejam as nossas adversidades e assolações, elas poderiam ser ainda piores, à semelhança do que aconteceu a toda a nação de Judá nos dias do cativeiro de Babilônia!
  2. Quando Deus entende de nos consertar e trazer as mudanças pelas quais clamamos, ele usará todos os recursos, até mesmo as adversidades, dores e perdas.
  3. Precisamos aprender a redescobrir a Esperança no meio da agonia olhando para os atributos eternos e imutáveis de Deus especialmente: Misericórdia, fidelidade e bondade.
  4. Aprendemos em Lamentações que mesmo no meio do sofrimento mais atroz Deus se manifesta ao seu povo dando-lhe oportunidade de mudança e crescimento. Pense nisso! Deus é a nossa fonte de cura e plenitude, busquemos, pois, a ele!
  5. O cativeiro em Babilônia durou setenta anos, enquanto não se cumpriu o tempo não houve resposta de Deus. Por isso, aguarde o agir de Deus, a resposta vem, não desista!
  6. Agora deixe o Espírito do Senhor fazer uma revelação: O tempo para a bênção chegar não é definido por Deus, mas pela nossa obediência, arrependimento, confissão de pecados e volta para Deus.  E Deus espera para ter misericórdia de Nós como fez com a nação rebelde de Judá.

Aleluia, amém!


Sermão/Pra. Nadia Malta em 4/4/2012 - nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; http://www.ocolodopai.com.


Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins evangelísticos e de edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

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