quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sermão/Pra. Nadia Malta/PERCORRENDO A TRILHA DA ORAÇÃO!

PERCORRENDO A TRILHA DA ORAÇÃO!
Daniel 9:18,19


OBJETIVO
Estimular o povo de Deus a percorrer as trilhas da oração encontradas na Palavra de Deus e perseverar sempre nessa prática espiritual.

IDEIA CENTRAL DO TEXTO
Esta oração do profeta é um clamor pela misericórdia de Deus por causa do pecado do povo.

Aqui, o profeta reconhece o pecado do povo, se inclui no meio dele e, prostrado, pede perdão.

INTRODUÇÃO
A Bíblia para o cristão verdadeiro é a única regra de fé e prática em tudo que diz respeito à vida e à piedade. Visto que, para nós, não há uma separação entre vida espiritual e vida secular, e sim vida transformada pelo Espírito aonde quer que estejamos.

Quando pensamos em oração, precisamos percorrer especialmente a trilha dos Salmos, chamada de grande escola da oração, bem como, a vida de oração de homens e mulheres de Deus, mencionados nas Escrituras. O testemunho deles é digno de ser seguido.

Com a proliferação da teologia da prosperidade, alardeada, sobretudo, pelos meios de comunicação, as pessoas não querem investir numa vida sistemática de oração. 

Oração é diálogo íntimo com o Senhor. E diálogo demanda intimidade relacional, que por sua vez é construída a partir de um andar diário com o Senhor. 

Esse relacionamento íntimo foi trocado por um toma lá da cá, que não nutre nem edifica o discípulo. Que possamos voltar às Escrituras e percorrer as trilhas da oração com o propósito de nos instruir nessa prática espiritual imprescindível na vida dos que dizem servir ao Senhor.


ENCONTRAMOS NA ORAÇÃO DE DANIEL ALGUMAS ATITUDES FUNDAMENTAIS PARA OS QUE DESEJAM EXPERIMENTAR UMA VIDA EFICAZ DE ORAÇÃO:

1. Ir à presença do Senhor com um coração quebrantado (v. 3): “Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza”:
  • Um coração quebrantado é um coração arrependido, que se humilha diante do Senhor. Sobre oração, Charles Spurgeon disse: "A oração em si mesma é uma arte que somente o Espírito Santo pode nos ensinar. Ele é o doador de todas as orações. Rogue pela oração - ore até que consiga orar, ore para ser ajudado a orar e não abandone a oração porque não consegue orar, pois nos momentos em que você acha que não pode, é que realmente está fazendo as melhores orações. Às vezes quando você não sente nenhum tipo de conforto em suas súplicas e seu coração está quebrantado e abatido, é que realmente está lutando e prevalecendo com o Altíssimo”.
  • O espírito de humilhação toca o coração do Pai. Temos falado exaustivamente sobre o fato do Senhor não se impressionar com nossas exterioridades, pois, ele vê mentes e sonda corações. Por isso é necessário nos desnudarmos em sua presença e usar de toda sinceridade em nossos momentos de oração. Daniel percebeu este princípio e fez uso dele. A Bíblia está cheia de exemplos a esse respeito. Em I Samuel encontramos Ana, a mãe do profeta, mulher amargurada de espírito, que derramava seu coração na presença do Senhor. Ela saiu dali abençoada. 

2. Reconhecer e confessar pecados diante do Senhor (vs. 4-6,9,10): “Orei ao SENHOR, meu Deus, confessei e disse: Ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos; temos pecado e cometido iniquidades, procedemos perversamente e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos; e não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em teu nome falaram aos nossos reis, nossos príncipes e nossos pais, como também a todo o povo da terra. Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão, pois nos temos rebelado contra ele e não obedecemos à voz do SENHOR, nosso Deus, para andarmos nas suas leis, que nos deu por intermédio de seus servos, os profetas:
  • Graça de Deus não é licença para pecar. A diferença entre nós e os pecadores que ainda não foram alcançados pela misericórdia de Deus é que nós somos pecadores justificados pela fé em Cristo, mas, ainda pecadores. Outro dia ouvi certo pregador dizer que não precisamos mais pedir perdão por nossos pecados. Como não, se continuamos ainda a pecar por pensamentos, palavras e ações, todos os dias? Do pecado maior que era a inimizade contra Deus já fomos perdoados e hoje somos filhos e herdeiros, mas ainda pecadores, visto que a natureza pecaminosa ainda está em nós. A salvação nos livra da penalidade do pecado, não de sua presença.
  • Daniel confessou pecado por pecado do povo ao qual ele pertencia e não se isentou da culpa. 

3. Reconhecer diante de Deus que as assolações sofridas são frutos da desobediência (vs. 7,8,11-15): “A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós, o corar de vergonha, como hoje se vê; aos homens de Judá, os moradores de Jerusalém, todo o Israel, quer os de perto, quer os de longe, em todas as terras por onde os tens lançado, por causa das suas transgressões que cometeram contra ti. Ó SENHOR, a nós pertence o corar de vergonha, aos nossos reis, aos nossos príncipes e aos nossos pais, porque temos pecado contra ti. Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se, para não obedecer à tua voz; por isso, a maldição e as imprecações que estão escritas na Lei de Moisés, servo de Deus, se derramaram sobre nós, porque temos pecado contra ti. Ele confirmou a sua palavra, que falou contra nós e contra os nossos juízes que nos julgavam, e fez vir sobre nós grande mal, porquanto nunca, debaixo de todo o céu, aconteceu o que se deu em Jerusalém. Como está escrito na Lei de Moisés, todo este mal nos sobreveio; apesar disso, não temos implorado o favor do SENHOR, nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniquidades e nos aplicarmos à tua verdade.  Por isso, o SENHOR cuidou em trazer sobre nós o mal e o fez vir sobre nós; pois justo é o SENHOR, nosso Deus, em todas as suas obras que faz, pois não obedecemos à sua voz.  Na verdade, ó Senhor, nosso Deus, que tiraste o teu povo da terra do Egito com mão poderosa, e a ti mesmo adquiriste renome, como hoje se vê, temos pecado e procedido perversamente”:
  • Note que a oração aqui é feita por um servo de Deus fiel, que reconhece as suas transgressões e sabe que as assolações sofridas são frutos da desobediência. O povo conhecia a Lei do Senhor e mesmo assim se desviou dela. Maldição sem causa não se cumpre. 

4. Clamar ao Senhor confiado nas misericórdias Dele (vs. 16-19): Ó Senhor, segundo todas as tuas justiças, aparte-se a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do teu santo monte, porquanto, por causa dos nossos pecados e por causa das iniquidades de nossos pais, se tornaram Jerusalém e o teu povo opróbrio para todos os que estão em redor de nós. Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do teu servo e as suas súplicas e sobre o teu santuário assolado faze resplandecer o rosto, por amor do Senhor. Inclina, ó Deus meu, os ouvidos e ouve; abre os olhos e olha para a nossa desolação e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias. Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome”:
  • Daniel sabe que não há mérito nenhum em nós e o que recebemos é por pura graça de Deus. Embora a Graça encarnada, Jesus, só se manifestaria tempos depois, ele, profeticamente, já entende o princípio. Ele clama por amor do próprio Senhor, confiado em Sua misericórdia, não em seus méritos próprios.  E ainda chama a atenção de Deus para o fato de que o povo, mesmo pecador, era chamado pelo nome do Senhor. 

CONCLUSÃO
O que aprendemos aqui?
  1. Sigamos as trilhas da oração nas Escrituras Sagradas. Ouçamos os servos de Deus do passado orando. Sigamos seus exemplos.
  2. Um coração quebrantado e contrito agrada ao Senhor e Ele não despreza.
  3. Devemos sim reconhecer e confessar pecados na presença do Pai.
  4. Reconheçamos que as assolações sofridas são frutos de nossas desobediências.
  5. Vamos ao Senhor confiados nos méritos de Jesus, não nos nossos, pois até as nossas justiças são como trapos de imundícia. 

Aleluia, amém!

Sermão/Pra. Nadia Malta em 1/2/2012 - nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; http://ocolodopai.blogspot.com.

Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins evangelísticos e de edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

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