quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sermão/Pra. Nadia Malta/CHAMADOS A SEMEAR!

CHAMADOS A SEMEAR!
Lc 8.4-15


Objetivo: Estimular os ouvintes a semear a Palavra de Deus, sem se preocupar com o tipo de solo no qual a semente está sendo semeada.

Idéia central do Texto (ICT):
A Parábola lida é uma das mais conhecidas e mais citadas das parábolas de Jesus. Três dos quatro evangelistas a mencionaram.

Esse texto fala da Palavra de Deus como uma boa semente que é lançada no solo dos corações. Mesmo sendo a mais poderosa das sementes, ela vai depender do tipo de solo onde será semeada para que possa produzir uma grande colheita. Aqui está a idéia central deste texto.

Introdução:
No capítulo 19 de Lucas encontramos a história de Zaqueu, que ilustra o poder transformador dessa semente de vida, quando cai num solo propício. Foi assim na vida de Zaqueu e, será assim na vida de todos que deixam a palavra brotar e frutificar em seus corações, gerando salvação e mudança de vida.

As pessoas em nossos dias estão cada vez mais necessitadas de Deus.  O grande problema é a dureza dos corações. Os corações humanos têm sido solos áridos e refratários à Palavra do Senhor. 

O texto lido fala da parábola do Semeador. Nesse contexto o Semeador é Jesus Cristo, mas representa qualquer um de nós que compartilha a Palavra de Deus que é essa semente bendita. O discípulo de Jesus não pode perder de vista que ele é tão somente um semeador, não um convertedor. O apóstolo Paulo adverte sobre isto em I Co.3.6, 7: Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus.  De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento”. Atentemos para isto!

O TEXTO APRESENTA QUATRO TIPOS DE SOLOS, NOS QUAIS, A BOA SEMENTE É LANÇADA:

1.       O Solo Duro da Beira do Caminho– VS.5,12: “Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram. A que caiu à beira do caminho são os que a ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do coração a palavra, para não suceder que, crendo, sejam salvos”.
·         Jesus descreve quatro tipos de solos, sendo que três deles não produzem frutos. Esses solos são figuras dos tipos de corações humanos.
·         O solo duro representa a pessoa que ouve a Palavra, mas logo permite que o diabo leve a semente embora.
·         Como esse solo ficou assim duro? Jesus fala aqui de um lugar que era caminho, era passagem dos transeuntes. Ali a terra era batida, compacta, o que caísse sobre ela, as aves do céu viriam buscar. As aves são figuras representativas de ações demoníacas. Muitos recebem a Palavra, mas logo deixam que ela seja levada dos seus corações por essas ações. Quando lemos este texto da parábola de Jesus, temos a impressão de alguém com um saco de sementes pendurado ao pescoço e à medida que caminha vai lançando suas sementes à mão cheia. Parece que quem joga não sabe onde elas vão cair. 

2.       O Solo Rochoso, Raso – VS. 6,13: Outra caiu sobre a pedra; e, tendo crescido, secou por falta de umidade. A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; estes não têm raiz, creem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam”.
·         Esse solo ilustra o ouvinte que se comove com facilidade e aceita emocionalmente a mensagem, mas seu interesse logo vai morrendo, visto que não há profundidade suficiente para as raízes crescerem. As igrejas estão lotadas de “quase crentes”, professos e batizados, mas não regenerados.
·         Esses não agüentam a hora da provação. O sol aqui representa as dificuldades que enfrentamos na vida cristã. O solo é bom para as plantas quando elas têm raízes profundas, mas se o solo é raso, elas morrem queimadas.
·         As provas aprofundam as raízes dos verdadeiros cristãos, mas expõem a superficialidade do falso cristão.

3.       O Solo com Espinhos – VS. 7,14: “Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com ela, a sufocaram. A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer”.
·         Esse solo ilustra as pessoas que não se arrependem e não arrancam as ervas daninhas que prejudicam a colheita. Aqui encontramos um espírito mundano, que coloca os valores do mundo acima dos valores do reino de Deus. Esse vive o aqui e agora, não consegue contemplar a eternidade. Aqui a quantidade de espinhos sufoca a boa semente.
·         Os cuidados, riquezas, conceitos e deleites da vida na terra são como espinhos que impedem que o solo se mantenha produtivo e sustentável. As igrejas estão cheias de “crentes” fracos, preocupados e ansiosos com os cuidados deste mundo. Quem tem coração cheio de espinhos chega perto da salvação, mas ainda está longe de produzir frutos dignos de arrependimento.

4.       O Solo Bom, Apropriado – VS.8,15: Outra, afinal, caiu em boa terra; cresceu e produziu a cento por um. Dizendo isto, clamou: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra; estes frutificam com perseverança”.
·         Jesus diz que somente este solo é produtivo. Ilustra aquele que ouve a palavra, compreende o que ela diz e a retém em seu coração. Aqui há verdadeira regeneração. Esse prova que é salvo porque foi transformado e produz frutos dignos de arrependimento. I Pe 1.22-25
·         Nem todos os cristãos produzem a mesma quantidade de frutos, mas todo verdadeiro cristão produz algum tipo de fruto para glória de Deus e como evidencia de sua genuína conversão. Em Mt 13.8 diz: “Outra, em fim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um”.
·         Jesus contou essa parábola como incentivo aos discípulos no ministério que estavam prestes a exercer e como encorajamento para nós hoje.
·         Não podemos perder de vista que somos apenas e tão somente semeadores, não “convertedores”. Às vezes semeamos muito e colhemos pouco. A culpa não é do semeador nem da semente, mas do tipo de solo no qual a semente cai. Nunca devemos deixar de semear pelo fato de não conhecermos o tipo de solo no qual a semente está caindo, não cabe a nós conhecer. De uma coisa o Senhor nos assegura: Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes!”.

CONCLUSÃO: PARA REFLETIR:
1. É impressionante o fato de que a mesma boa semente é semeada em vários tipos de solos e esses solos vão determinar a sua produtividade, Semeamos, contudo, nunca sabemos em que tipo de solo as sementes estão caindo.
2. Alguns corações são solos batidos, endurecidos que não permitem a penetração da boa semente que acaba sendo roubada. Mas fizemos a nossa parte, semeamos!
3. No solo rochoso, as raízes das plantas, não têm profundidade. Mesmo que seus brotos pareçam viçosos, mas as raízes não estão crescendo. Ao primeiro sinal de intempérie, a planta murcha e morre. O solo aqui não pode reclamar, a semente que recebeu era de boa qualidade!
4. O solo que tem espinhos sufoca a semente. São aqueles que se preocupam demasiadamente com as coisas deste mundo, priorizando-o em detrimento do Reino de Deus. Mais uma vez a semeadura foi feita, o semeador cumpriu seu papel.
5. Finalmente a semente que cai em boa terra, no solo apropriado. Esta frutificará abundantemente para a glória dAquele que dá o crescimento. Cabe a nós não repousar a nossa mão. Aqui é só esperar a colheita para a glória de Deus!
6. Há uma ordem de Deus para semear, não importando o tipo de solo, em Ec. 11.6a diz: Semeia pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará”.
Aleluia, Amém!
 
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a fonte é o Espírito Santo de Deus.



                                                                   

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