terça-feira, 11 de junho de 2019

Meditação/Nadia Malta/NEM TUDO ESTÁ IRREMEDIAVELMENTE PERDIDO!


NEM TUDO ESTÁ IRREMEDIAVELMENTE PERDIDO!
                                                                         
 Por que saí do ventre materno? Só para ver dificuldades e tristezas, e terminar os meus dias na maior decepção? Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”.  Jeremias 20.18; Lamentações 3.21. 

Levemos encorajamento a todos os cansados e sobrecarregados. E quem entre nós não está se sentindo assim? Nos dias do profeta Jeremias o povo de Deus enfrentou o duro cativeiro de Babilônia. A visão da realidade daqueles dias era aterradora sob todos os aspectos. O povo deixou de adorar o Deus vivo. Voltou-se para outros deuses praticou toda sorte de atrocidade, inclusive assassinato e canibalismo.  Por causa da infidelidade do povo, Babilônia foi usada como vara de Deus sobre o povo rebelde. Jeremias chega a amaldiçoar o dia do seu nascimento. O peso na alma do profeta era grande demais por tudo que ele estava testemunhando. Certamente os especialistas nas doenças da alma enxergariam aqui uma depressão profundíssima. Creio que eles estariam certos, não tem como não se deprimir!

Vivemos dias de desesperança, tristeza e decepção! O que o texto nos leva a refletir? A pergunta do profeta tem reverberado nos lábios de muitos de nós, por tudo que temos visto e ouvido à nossa volta. Há perplexidade e angústia por toda parte. A desesperança parece contaminar mesmo os cristãos mais fiéis. Isto não é sinal de fraqueza, mas de humanidade à flor da pele. Parece que há um complô das trevas para entristecer e roubar o viço e a alegria. O que fazer diante de tudo isto? Esta é outra pergunta que não quer calar! Ah, se o Senhor fendesse os céus e descesse como ansiaria outro profeta! A tristeza e a decepção que esmagaram o coração do profeta Jeremias parecem atingir em cheio os nossos corações nos últimos tempos.  Será que há saídas? Recorremos à fonte que é a Santa Palavra de Deus, a nossa única regra de fé e prática. No livro das lamentações deste mesmo profeta encontramos uma declaração de Jeremias que norteia a saída que esperamos. Do fundo do poço Jeremias olha para cima e brada: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. Sim, busquemos essa Esperança viva que não decepciona, nem entristece jamais.

Façamos o mesmo. Busquemos em nossos depósitos espirituais o que nos pode trazer esperança. E o que nos pode trazer essa esperança de que tanto precisamos? Primeiro as misericórdias do Senhor que se renovam a cada manhã e são a razão de não sermos consumidos. Lembremo-nos também da fidelidade do Senhor. Sim, Ele é Fiel e não desampara as obras de suas mãos. O Senhor era a porção do profeta e é a nossa. Ele é o que temos de fato. Não coloquemos em homens a nossa confiança e esperança. Nele esperamos confiantemente como o salmista no salmo quarenta. Lembremo-nos ainda da bondade do Senhor. Jeremias diz: “Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca”. Esperar em Deus é a grande saída para as nossas desditas. Abriguemo-nos à sombra de suas asas até que passem as calamidades. Sim, porque elas passam. O livro das Lamentações apesar de ser considerado um poema fúnebre para o funeral nacional traz essa nota de alento para os entristecidos e decepcionados de todos os tempos. Não nos deixemos contaminar com a tristeza vigente. Busquemos o Senhor de todo o nosso coração e nos encorajemos mutuamente. Em seu sermão escatológico em Lucas 21: Jesus diz: “Quando começarem a acontecer estas coisas, levantem-se e ergam a cabeça, porque estará próxima a redenção de vocês". Ergamos as nossas cabeças, não nos deixemos abater, a nossa redenção se aproxima! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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