domingo, 10 de março de 2019

Meditação/Nadia Malta/A PORTA DA FÉ SALVÍFICA CONTINUA ESTREITA NÃO PASSOU POR REFORMA!


A PORTA DA FÉ SALVÍFICA CONTINUA ESTREITA NÃO PASSOU POR REFORMA!
                                                                                               
Passava Jesus por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. E alguém lhe perguntou: Senhor são poucos os que são salvos? Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão. Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, ele vos responderá: Não sei donde sois. Então, direis: Comíamos e bebíamos na tua presença, e ensinavas em nossas ruas. Mas ele vos dirá: Não sei donde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais iniqüidades. Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes, no reino de Deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas, mas vós, lançados fora. Muitos virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul e tomarão lugares à mesa no reino de Deus. Contudo, há últimos que virão a ser primeiros, e primeiros que serão últimos”. Lucas 13.22-30. 

Fomos chamados a andar desembaraçadamente no Caminho do Senhor, para ser encontrado fiel por ocasião da Segunda Vinda do Cristo. O texto lido, fala sobre salvação genuína. O Senhor exorta seus discípulos a se esforçarem para entrar no Reino de Deus. Ele diz ali, que a Porta pela qual precisam atravessar é estreita, não é uma porta de facilidades. Essa Porta trata-se dEle mesmo. Em Jo 10.9 ele diz: “Eu sou a Porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá e achará pastagem”. Jesus compara o reino de Deus com uma porta estreita, através da qual, não se passa cheio de bagagens e cargas. Precisamos aprender a viajar com pouca bagagem. Como vimos no início, ele próprio é a Porta. O padrão de Jesus é altíssimo em Mt 5.20 ele diz: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”. A Porta mesmo sendo estreita, leva aqueles que a atravessarem a um lugar espaçoso de alimento, plenitude e refrigério. Por isso o esforço para renunciar os apelos carnais vale a pena. Jesus no Evangelho de Mateus menciona outra porta, que é larga e leva à perdição e diz que são muitos os que entram por ela. O texto ainda descreve o Reino de Deus como um banquete tendo os patriarcas e os profetas como convidados de honra. O banquete é a boa Palavra do Senhor que está sendo servida com fartura, mas tem sido rejeitada por muitos. A expressão “esforçai-vos”, traz a ideia original de um esportista num treinamento intenso para alcançar o prêmio desejado. A mesma palavra é usada aqui para descrever o nosso esforço disciplinado como “atletas espirituais” lutando pelo Prêmio da soberana vocação. Vocação de ser santos! Andar no Caminho, não é nada fácil, não é possível estar do lado de DEUS e ter como aliado o mundo e suas práticas malignas. Temos ouvido falar da Segunda Vinda de Cristo e o quanto precisamos nos preparar para aquele dia glorioso, vivendo uma vida santa, separada dos padrões do sistema imposto pelo nosso adversário. Essa postura de não conivência com os valores do mundo não é fácil e demanda um esforço muito grande de nossa parte, para vencer os apelos e inclinações da carne. Esse esforço empreendido pelo servo de Deus, não se trata de usar técnicas e recursos humanos para tal, mas usar os infinitos recursos de Deus colocados à nossa disposição pelo Espírito Santo. A boa notícia é que fomos equipados pelo Senhor para vencer.

O texto nos leva a refletir o que a salvação genuína produz em nós. Produz: Esforço (disciplina) perseverante para atravessar a Porta Estreita! Há aqui um apelo ao auto-exame, bem como ao arrependimento sincero. A porta é estreita e não podemos atravessá-la carregando as inclinações da “velha vida” ou os apelos do mundo. A questão mais relevante aqui, não é se são poucos os que são salvos, mas se somos verdadeiramente salvos. O grande penhor dessa salvação é a ação e testificação do Espírito Santo em nós, nos constrangendo a viver como filhos da obediência. Para os justificados, a palavra de ordem é SANTIDADE de vida. Santidade não é impecabilidade, mas separação para Deus. Os verdadeiramente salvos são equipados para se esforçar perseverantemente para andar em novidade de vida. Eles demonstram sua nova condição através dos frutos dignos de arrependimento. Precisamos sim, nos esforçar também para resistir às pressões internas e externas. A Palavra do Senhor nos assegura que uma vez justificados, estamos livres do poder e da penalidade do pecado, ou seja, fomos habilitados para resistir, o que era impossível antes da justificação. Contudo, ainda não estamos livres da presença do pecado, mas fomos capacitados a resistir a ele. Produz: Senso de urgência, pois a Porta se fechará de repente! Aqui notamos um apelo à prontidão e a urgência. A Porta está aberta, esperando que os chamados e escolhidos se decidam a atravessá-la, mas de repente num abrir e fechar de olhos ela pode se fechar.  Enquanto vivemos nesta terra, é tempo de oportunidade, porque a Porta está aberta para nós. Quando deixarmos a terra a Porta se fechará para nós, não haverá mais chance de salvação do outro lado da eternidade. A salvação é alcançada aqui e agora, não há outra oportunidade como alguns querem fazer crer. A sala de espera para a eternidade é aqui e agora. Só há duas portas, uma estreita que leva ao céu e outra larga que leva ao inferno, a opção por ambas é feita aqui. Só aqueles que têm ouvidos para ouvir perceberão o chamado e entenderão esta palavra.

Produz: União relacional com o Cristo, do contrário, Ele não nos reconhecerá! Aqui há um apelo a uma relação pessoal com o Cristo vivo. Esse apelo não é para uma religiosidade aparente, exterior, vazia da presença de Deus. Não há discipulado efetivo se não há relacionamento efetivo. O Senhor em nenhum momento propõe um discipulado de regras a serem cumpridas mecanicamente, mas uma conformação à imagem de Jesus através de uma renovação da mente pela Palavra de Deus. Só assim seremos cartas vivas com a assinatura Dele à fogo em nossos corações. Essa união pressupõe uma morte e uma ressurreição para um andar em novidade de vida. Produz Aversão pelo mal! Aqui há um apelo à ação transformadora e renovadora do Espírito Santo. Quando nos deixamos transformar pelo Espírito Santo a glória divina cobre as nossas vidas como as águas cobrem o mar! E conseguiremos sair da superficialidade religiosa e farisaica para um profundíssimo relacionamento com o nosso Pai Celestial. O autor de Hebreus diz que: “Sem santificação ninguém verá a Deus”. Obs. Os versículos de 28-30 trazem uma aplicação primeira desse texto aos judeus, principalmente os da época de Jesus, mas há uma aplicação também para nós hoje. Muitos hoje ficarão de fora da mesa do banquete como os judeus daqueles dias! As igrejas estão cada vez mais lotadas de pessoas cada vez mais vazias de Deus. Que o Senhor nos ajude a discernir essas coisas. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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