É
TEMPO DE NOS ENCHER DE DEUS!
“E não
vos embriagueis com vinho no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”
Ef. 5.18.
O
texto lido está dentro de um contexto onde o apóstolo Paulo ordena aos seus
leitores que sejam imitadores de Deus como filhos amados e os exorta não apenas
em Éfeso, mas em todas as igrejas cristãs de todas as épocas a andarem
prudentemente, não como néscios, mas como sábios porque os dias são maus. Se
quisermos ser imitadores de Deus precisamos nos encher dele. O contexto todo
estabelece um contraste muito lúcido entre as obras das trevas e o fruto da
luz. O versículo lido resume a idéia central do texto falando do que fazer para
andar como sábios e aproveitar o tempo em dias maus. A saída é uma só: Encher-se
de Deus, isto valia para os dias maus vividos por Paulo e para os que vivemos
hoje. Inegavelmente vivemos dias de muitos contrastes, de muitas religiões, de
muitas doutrinas e poucas mudanças efetivas. E até mesmo de um sincretismo que
tem adentrado às igrejas cristãs numa tentativa maligna de descentralizar e
destronar a pessoa do Cristo. É a velha fórmula da idolatria que assume uma
nova roupagem. Creio que assim como nos dias de Paulo precisamos redobrar a
nossa vigilância e orações no sentido de nos tornarmos cada vez mais plenos do
Espírito de Deus para que possamos resistir às investidas do nosso adversário
sempre à espreita. Percebemos um andar cambaleante no meio dos que se dizem cristãos.
Por isso o Senhor tem aqui e acolá nos trazido a mesma mensagem, mesmo em
textos diferentes. Viver na fronteira entre dois países ou reinos é complicado
porque deixa nos habitantes características visíveis dos dois lugares. Penso
que o Senhor quer que nos distanciemos da fronteira entre os dois reinos e que
firmemos nossos passos no reino do Filho do seu amor, para que não nos tornemos
cristãos “híbridos”. Que possamos falar a linguagem do reino da luz, andar,
agir, sentir, nos relacionar como servos da luz. Mas para isto precisamos estar
cheios, plenos do Espírito da Luz.
Quando
estamos embriagados de Deus temos como principal característica o amor e a
misericórdia uns pelos outros, tanto pelos que estão perto como pelos que estão
longe. E nesse quesito estamos ainda muito distantes do padrão de Deus. Busquemos
este enchimento. Será que estamos dispostos a essa busca? De nada adianta orar
por outros motivos se não desejarmos ardentemente a presença gloriosa do
Espírito ocupando todos os espaços da casa espiritual que somos nós. Que
possamos orar por um derramamento do Espírito sobre as nossas vidas a fim de
que muitos sejam alcançados para louvor da glória de Deus. Há os que se
embriagam com vinho: Como é o andar do Bêbado? É cambaleante, não tem
equilíbrio. Esconde-se na bebida para esquecer momentaneamente os seus
problemas ou para fugir deles. Em Pv.20.1 diz: “O vinho é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; todo aquele que
por eles é vencido não é sábio”. Os que se embriagam com o vinho e a bebida
forte têm seus dias perdidos, não aproveitam as oportunidades, se deixam
enganar pelas aparências. São dissolutos, têm seus costumes pervertidos. Têm a
mente entorpecida, por isso não andam prudentemente. Os lábios do bêbado trazem
um cântico sem nexo, ele não sabe o que diz nem o que fala. Ele espalha
sofrimento, sobretudo, na família. Quantas mulheres e filhos agredidos física e
psicologicamente! Ele ainda experimenta a ressaca do dia seguinte, a sensação
de fracasso, o remorso carregado de culpa que o corrói por dentro, tudo isso
quando consegue se lembrar das besteiras feitas sob o efeito do álcool. O v. 12
diz que “o que eles fazem em oculto o só
referir é vergonha”. Depois vai beber de novo para minimizar o sofrimento.
É um circulo vicioso que não tem fim. Há os que se enchem do Espírito Santo: Qual
a grande saída para vencer os dias maus? Será que a velha receita do passado
serve para os dias maus de hoje? A resposta seguramente é sim, porque o nosso
Deus é o mesmo dos dias de Paulo. Para vencer os dias maus precisamos nos
encher do Espírito de Deus!
Os
que se enchem do Espírito não são insensatos, mas conhecem a vontade de Deus
comunicada pelo Espírito Santo em seu interior. V.17. Têm seus corações
inclinados para falar de forma entusiasmada do amor de Deus. São apaixonados
pelo Senhor, são santos sem, contudo, ser santarrões apontadores dos erros dos
outros. Consagrados sem ser segregadores. São tolerantes com os pecadores, sem
ser coniventes com suas práticas. Falam a linguagem do reino, são prontos para
ouvir e sábios no falar, têm sempre uma palavra agradável, sábia, temperada com
sal que transmite graça aos que ouvem. Eles não discutem sobre Deus, porque
vivem Deus. O louvor e a gratidão estão sempre em seus lábios, tudo é motivo de
adoração e gratidão a Deus. Aqueles que estão cheios do Espírito percebem em
tudo a presença e o mover de Deus. Eles não se detêm nas circunstancias, mas
nas infinitas possibilidades de Deus. Os que estão cheios do Espírito se
mostram habilitados para fazer a obra de Deus. Eles enxergam o verdadeiro
sentido do chamado. Também são frutíferos. Eles são como as árvores plantadas
junto à corrente de águas, não receiam quando vem o calor, mas continuam
frutíferos. Eles não se perturbam no ano de sequidão, porque bebem das águas
profundas do Espírito Santo. Quem é cheio do Espírito Santo demonstra uma
alegria indizível que brota como um combustível para impulsioná-lo a completar
a jornada, mesmo em meio às tempestades e ventos contrários. Não se iram, são
benignos, compassivos em relação às fraquezas dos outros irmãos e à cegueira
dos que não conhecem ao Senhor. Não apontam erros, não são acusadores porque
são movidos por Deus e toda acusação acontece sob a eficácia de satanás. Que
possamos orar, e buscar ardentemente esse enchimento em nome de Jesus Cristo. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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