quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Sermão/Pra. Nadia Malta/QUERO ME ESCONDER!

 QUERO ME ESCONDER! Salmo 91
Aonde temos buscado abrigo?                                                                      


Objetivo: Levar os ouvintes a buscar em Deus o seu refúgio e aprender a descansar à Sua Sombra, para desfrutar de uma vida de plenitude.

Idéia Central do Texto (ICT):
O salmo 91 é um dos inúmeros salmos anônimos (apesar de muitos estudiosos o atribuírem a Moisés) A idéia central dele é advertir quanto aos perigos desta vida.

A situação histórica aqui parece ser os quarenta anos que o povo de Israel ficou no deserto. O salmista adverte sobre armadilhas ocultas, pragas mortais, terrores durante a noite e flechas durante o dia, tropeçar em pedras e enfrentar leões e cobras! Por isso não podemos deixar de associá-lo aos perigos enfrentados pelos santos de hoje em sua jornada por esta vida rumo à pátria celestial. O salmo 91 usa muitas metáforas para ilustrar aquilo que o salmista quer ensinar. O Esconderijo do Altíssimo= lugar da obediência; da íntima comunhão, da adoração e da oração. A Sombra do Onipotente = lugar de descanso e refrigério. Pavês e escudos= a Palavra de Deus como proteção para os grandes e pequenos perigos; Jesus em sua oração sacerdotal em Jo 17.17 diz: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” O Esconderijo do Altíssimo é o lugar da segurança do crente; se o visitarmos apenas de vez em quando, encontraremos refúgio apenas de vez em quando; mas, se habitarmos nele, descansaremos à sombra do Onipotente e nada nos poderá abalar.

Introdução:
Ouvir os preceitos de Deus sem a devida inclinação a obedecê-los, é arranjar um grande problema. É abrir uma porta de legalidade para que o adversário venha nos assolar. O exercício da autoridade é respaldado na obediência ao Senhor e a sua Santa Palavra, bem como a uma vida de intima comunhão e adoração.

Os Cristãos que procuram diariamente os gabinetes pastorais das igrejas precisam discernir esta verdade: obediência, gera santificação; santificação, gera autoridade; autoridade, gera vida abundante.

Se quisermos vitórias em nossas vidas devemos acatar a ordem de Tg 4.8: Purificai as mãos pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração”. Do contrário, seremos vergonhosamente assolados e fustigados pelo nosso adversário sem que haja socorro.
O profeta Jeremias em Lm 3.39,40 diz: Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um de seus próprios pecados. Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los e voltemos para o Senhor”.

O SALMISTA APONTA A SAÍDA PARA NOSSAS LUTAS E O SEU RESULTADO:
  1. Precisamos nos refugiar em Deus   – VS. 1-4: Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso pode dizer ao Senhor: Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio. Ele o livrará do laço do caçador e do veneno mortal. Ele o cobrirá com as suas penas, e sob as suas asas você encontrará refúgio; a fidelidade dele será o seu escudo protetor”.

  • Precisamos de sombra, de refúgio. Não tem sido fácil suportar o calor abrasador com cheiro de enxofre que sai das nossas rebeliões contra Deus. O mundo está cada vez mais insalubre. Busquemos a ele, façamos dele a nossa morada. Há muitos que querem o benefício da sombra, sem qualquer compromisso com ela. Que o Senhor nos visite com uma insatisfação, só satisfeita por sua presença gloriosa e alentadora. A parte mais importante da vida do cristão é aquela que somente Deus pode ver. Uma vida “oculta” de comunhão, oração, obediência e adoração nos leva a uma nova percepção dos agires de Deus. Ele é o nosso refúgio e fortaleza. Ele nos esconde, prepara e fortalece depois nos manda de volta ao campo de combate a fim de lhe servir e testemunhar em meio às lutas da vida, para que o seu nome seja glorificado. Sl 46.1: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia”; 27.5; 31.19,20; 94.22; 142.5. O lugar mais seguro da terra é uma sombra, não uma sombra qualquer, mas a Sombra do Onipotente. Por meio de Jesus Cristo encontramos descanso para as nossas almas. Ele é o nosso Sabbat. Cl 3.3,4.  Jesus usa a figura dos pintinhos se escondendo sob as asas da galinha para descrever a proteção conferida pela salvação. Mt 23.37; Lc 13.34 e o salmista a descreve como um lugar de abrigo sob a proteção do Todo Poderoso. Precisamos ter consciência desse lugar que na verdade é uma pessoa: JESUS, o CRISTO de Deus. Nada, nem ninguém poderá nos atingir ou arrebatar de suas mãos, se estivermos nele verdadeiramente. Jo 10.27-29. Aqueles que habitam no Senhor permanecem seguros quando estão fazendo a sua vontade. Até que tenham completado o seu trabalho, os servos do Senhor são indestrutíveis. O que nos falta para termos uma vida “oculta” de comunhão, adoração, oração e obediência a Deus?

  1. Protegidos em Deus, temos paz e vencemos os temores– VS. 5-13: “Você não temerá o pavor da noite, nem a flecha que voa de dia, nem a peste que se move sorrateira nas trevas, nem a praga que devasta ao meio-dia. Mil poderão cair ao seu lado, dez mil à sua direita, mas nada o atingirá. Você simplesmente olhará, e verá o castigo dos ímpios. Se você fizer do Altíssimo o seu refúgio, nenhum mal o atingirá, desgraça alguma chegará à sua tenda. Porque a seus anjos ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos; com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra. Você pisará o leão e a cobra; pisoteará o leão forte e a serpente”.

  • Não estamos sozinhos em nossas lutas diárias. O Senhor visita as nossas inadequações, nos dando estratégias de ação em nossa caminhada. Não precisamos temer, pois o Senhor e seus anjos nos guardam. Ah, se compreendêssemos a profundidade do “Não temas” de Deus, providenciado para cada dia do ano! Naqueles dias as viagens eram muito arriscadas (o que não é muito diferente das cidades grandes dos nossos dias, com a violência ao nosso redor). O salmista aqui fala de perigos concretos: o “terror noturno”, “seta que voa de dia”, “peste que se propaga nas trevas”, “mortandade que assola ao meio dia”. Todos esses perigos que assolavam o peregrino daqueles dias assolam o de hoje, mas o mesmo Deus que livrou o do passado livra o de hoje. Por que sentimos tanto medo? I Jo 4.18

  1. Refugiados em Deus desfrutaremos do seu amor, da sua presença e seremos ouvidos em nossos clamores – VS. 14-16: "Porque ele me ama, eu o resgatarei; eu o protegerei, pois conhece o meu nome. Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra. Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei a minha salvação.”

  • O Senhor falou e anunciou o que faria por aqueles de seu povo que verdadeiramente o amavam e o reconheciam por meio de uma vida de obediência, comunhão e adoração. Dentre as bênçãos prometidas estão o livramento, a proteção e a longevidade. Uma coisa é os médicos nos ajudarem a viver mais alguns anos, mas Deus tem o poder de acrescentar mais anos à nossa vida e fazer esses anos valerem a pena para louvor da sua glória. Sl 92.12-15. Por que não temos alegria em nossa vida de fé? Ne 8.10; Sl 16.11

CONCLUSÃO: O que aprendemos aqui?
  1. Precisamos experimentar esse lugar sobrenatural de refúgio.
  2. Precisamos experimentar a paz que já foi conquistada para nós na cruz do calvário. Essa paz não é circunstancial, mas baseada na promessa de Deus de estar conosco sempre e em sua ordem para “não temer” porque ele nos protege e nos esconde à Sua Sombra.
  3. Precisamos aprender a desfrutar da presença gloriosa de Deus. Só essa presença nos confere paz, alegria, e resposta às nossas orações.

Aleluia, Amém!

Sermão/Pra. Nadia Malta em 22.01.14 – nadiamalta@hotmail.com.

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