quarta-feira, 10 de abril de 2013

Sermão/Pra. Nadia Malta/ DAS PROFUNDEZAS, CLAMEMOS AO SENHOR!

DAS PROFUNDEZAS, CLAMEMOS AO SENHOR!
Salmo 130


Objetivo: Levar encorajamento aos que se encontram em vales profundos.

Ideia Central do Texto (ICT):
O salmo 130 é um dos salmos penitenciais, está também no rol dos cânticos de romagens, que era o hinário de bolso dos israelitas. Esses cânticos sobre variadíssimos assuntos eram entoados em suas peregrinações para Jerusalém para adorar ao Senhor.

A idéia central aqui é o clamor contínuo de alguém que se encontra em um profundo abismo interior, mas que invoca o Senhor e é ouvido por ele. Muitos estão experimentando isto em nosso meio!

Introdução:
Estamos vivendo em um tempo em que não é incomum encontrarmos pessoas abatidas, vivendo em verdadeiros abismos emocionais. O que tem levado essas pessoas a experimentarem tais estados de alma? As razões são múltiplas, mas não queremos entrar no mérito dessa questão.

O texto lido nos mostra a realidade desse problema, sobretudo, no meio do povo escolhido. E é precisamente aqui que muitos em nosso meio experimentam o aparente silêncio de Deus. Como vencer tais vales? A resposta é uma só: Buscando ao Senhor com absoluta sinceridade de coração e nos dispor a fazer o que ele ordena em sua Santa Palavra. Quando o buscamos em verdade, com uma disposição obediente, ele nos ouve e opera as mudanças que são necessárias em nossas vidas. Foi isso que o salmista fez e nós precisamos aprender a fazer.

Antes de olharmos para o salmo mais profundamente, gostaria de lembrar que muitos servos de Deus experimentaram momentos nos quais se sentiram abandonados por Deus, como se estivessem no fundo de um abismo. Gostaria também de lembrar que não estamos falando daquela depressão patológica que muitos têm e por puro preconceito não procuram um psiquiatra e se recusam a tomar remédios, mas daquelas situações ou momentos depressivos, até podemos chamar assim, que qualquer um de nós está sujeito a experimentar.

Vale lembrar que os servos que experimentaram esse sentimento, não estavam em pecado, mas fazendo a vontade de Deus. Aprendemos aqui, que estar no centro da vontade de Deus não nos isenta de atravessarmos vales sombrios.

Em Mateus 26.38 – Encontramos Jesus dizendo: “Minha alma está profundamente triste; até a morte”; em Números 11.15 – encontramos o legislador Moisés pedindo ao Senhor que o mate de uma vez, tal era o seu fardo; em Jeremias 20.14-17 – O profeta amaldiçoa o dia do seu nascimento; em I Reis 19.4  – Elias pediu para si a morte; em Jó 17.13-15 – o velho sofredor nada mais espera da vida; e quando chegamos em II Coríntios 1.8 – encontramos o apóstolo Paulo falando da natureza da tribulação que ele enfrentou na Ásia, ao ponto de desesperar da própria vida. Todas essas situações e outras tantas foram vividas por servos de Deus de grande envergadura espiritual. O autor deste salmo também viveu um momento assim.

OLHANDO PARA EXPERIENCIA DO SALMISTA PERCEBEMOS QUE ELA APONTA PARA SITUAÇÕES QUE TAMBÉM EXPERIMENTAMOS:
  1. A incômoda sensação de abismo – VS. 1, 2:
  • A sensação no vale é de morte, de sepultura. A Bíblia diz que somos levados a morte o dia todo. A situação aqui retrata a imagem de alguém que se encontra no fundo de um abismo clamando ao Senhor. Podemos clamar ao Senhor dos abismos que encarceram a nossa alma. São abismos de medo, de desesperança, de profunda perplexidade diante da realidade caótica à nossa volta, de rejeição familiar, de derrota, de apatia, de depressão, de pecados dos quais não conseguimos nos libertar e até mesmo de situações que nos tiram o chão, que são aquelas mudanças inevitáveis pelas quais passamos. Ciclos que se completam e outros que se iniciam e que embora não sejam maus em si mesmos, nos assustam. Toda mudança assusta! Quantas vezes passamos por pequenas mortes em nosso dia a dia! Não importa o que nos levou ao abismo, desde que busquemos ao Senhor com sinceridade de coração, num clamor contínuo e com o desejo de mudar de vida, só aí, seremos ouvidos e acudidos. Deus não se agrada de mentiras ou hipocrisia. Por isso nossas orações devem ser absolutamente sinceras. Na verdade, essas situações têm o propósito de nos puxar para baixo, mas Deus nos criou para as alturas. Por isso somos comparados em Is. 40.30 com águias do Senhor.
  1. A espera pelo alento do céu – VS. 3,4:
  • Precisamos nos livrar da ação devastadora e também do registro do pecado que tenazmente nos assedia e irmos à presença de Deus rasgando o nosso coração, confessando a ele o nosso pecado. Quando tomamos posse desse perdão de Deus toda culpa nos é tirada e um estado de leveza é experimentado.  Temos perdido a capacidade de nos arrepender e confessar pecados. Os olhos do povo de Deus têm secado e grandes têm sido os prejuízos espirituais dessa falta de quebrantamento. Confessemos nossos pecados, busquemos o perdão do Pai Celestial. Se a situação à nossa volta não muda, mudemos nós! Deus é rico em misericórdia e concede seu perdão por meio de Cristo Jesus a sua graça encarnada. No Sl 32.1 o salmista diz: “Bem- aventurado aquele, cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto”.
  1. O desejo que amanheça e se veja a luz – VS. 5,6:
  • O salmista agora nos transporta para as torres de vigia, onde os guardas aguardavam ansiosos pelo amanhecer. A luz além de dissipar as trevas tem a finalidade de revelar os inimigos. Aguardamos ansiosos que o dia amanheça para nós. Ansiamos pela vinda do Senhor! Mesmo sendo esse acontecimento, algo iminente, não sabemos quando se dará, precisamos andar na Luz, que é o próprio Cristo vivo. Como também, ser luz para os que estão à nossa volta. Cabe a nós não permitir que o pecado com todos os seus espectros e tentáculos nos arraste para as profundezas. Em nossa indolência espiritual, deixamos que tantas coisas nos aprisionem, que tantas ataduras nos amarrem. Precisamos acordar dessa triste realidade. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã – Sl. 30.5 b
  1. Um anseio por liberdade – VS. 7,8:
  • Por último, o anseio do salmista é a sua completa libertação. Aqui, ele evoca, traz à memória os feitos de Deus no passado. O Senhor é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Nele não há variação ou sombra de mudanças. Precisamos enquanto servos de Deus aprender a olhar as bênçãos já recebidas e as poderosas intervenções do Senhor em nossa própria vida. Essa prática nos ajuda a revigorar o ânimo e a vontade de lutar e vencer! Como cristãos já alcançamos a liberdade, por que nos temos deixado enredar em outros jugos de escravidão? Aprendamos a gozar da liberdade dos filhos de Deus! Gl. 5.1

CONCLUSÃO: O que aqueles que buscam ao Senhor encontram?
  1. O Senhor nos ouve quando clamamos a ele mesmo que pareça distante e alheio às nossas súplicas.
  2. O Alento que tanto necessitamos está a caminho. Experimentaremos um novo recomeço.
  3. Por mais difícil que seja a escuridão da nossa noite, vai amanhecer.
  4. Ergamos as nossas cabeças porque a nossa redenção se aproxima.
Aleluia, amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 10.04.13 - www.ocolodopai.com
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus. 

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