domingo, 14 de abril de 2013

Sermão/Pra. Nadia Malta/ O SENHOR CONFUNDE OS CRITÉRIOS E VALORES HUMANOS!

O SENHOR CONFUNDE OS CRITÉRIOS E VALORES HUMANOS!
I Co 1.26-31


Objetivo: Chamar a atenção da igreja para a vocação dos santos, bem como para o fato de que os critérios e valores de Deus são diferentes do mundo.

Idéia Central do Texto:
O texto em apreço procura chamar a atenção dos coríntios quanto a verdadeira vocação dos santos e aos critérios e padrões de Deus.

Enquanto o mundo atenta para os sábios, para os de alta posição social e financeira, nada disso tem importância para Cristo.

O mais incrível é que os métodos, critérios e valores de Cristo confundem os mais proeminentes do ponto de vista do mundo.

Introdução:
É comum hoje o culto a personalidades, mesmo no meio cristão, há os que se acham melhores, mais preparados. Percebemos que esta era uma inclinação antiga. Jesus não pode sair do foco de nossa visão e ele não divide a sua glória com ninguém.

Os coríntios eram jactanciosos, vaidosos (I Co 4.6,18, 19; 5.2). No entanto, a vanglória pessoal não está no rol dos propósitos do Evangelho da graça.

Deus não se impressiona com as nossas exterioridades, nem com todos os nossos títulos acadêmicos que possamos ter.

O próprio texto revela que não foram muitos, os chamados dentre os poderosos e de nobre nascimento. Na verdade, foram bem poucos aqueles, que tinham uma cultura respeitável ou uma situação financeira privilegiada. A começar pelo próprio colegiado apostólico formado em sua maioria por homens incultos. O Senhor sempre teve uma predileção toda especial por aqueles que eram considerados imprestáveis e rejeitados pelo mundo. É assim que Deus faz: confunde o critério e os valores dos homens.

PAULO PROCURA LEMBRAR OS SEUS “FILHOS ESPIRITUAIS” EM CORINTO QUE ELES FORAM ALCANÇADOS POR PURA GRAÇA DE DEUS:

1.      Eles não poderiam esquecer que foram chamados por Deus apesar deles – v.26: “Irmãos, pensem no que vocês eram quando foram chamados. Poucos eram sábios segundo os padrões humanos; poucos eram poderosos; poucos eram de nobre nascimento”.
·         Eles deveriam lembrar que não eram sábios, nem poderosos, nem nobres. Nenhuma obra meritória havia neles. Contudo, Deus os chamou apesar disso. Havia naquela época uma tendência na igreja de Corinto a partidarismos e de culto a personalidades, semelhante ao que acontece hoje. I Co 3.1-9. A vocação e identidade do santo de Deus é ser vaso, para ser usado quando e como ele quer. O próprio Paulo é um exemplo de alguém que mesmo tendo sido um luminar dentro do judaísmo, não se envergonhava de ter perdido tudo por amor a Cristo.  Fp 3.7-9. No Reino de Deus não há lugar para estrelismos humanos, porque a única Estrela é Jesus Cristo. Tudo o que somos, temos e fazemos é para glorificá-lo.
2.      Eles não poderiam esquecer que apesar deles, Deus os usaria para a sua excelsa glória  – VS. 27-29: “Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são, para reduzir a nada as que são, para que ninguém se vanglorie diante dele”.
·         Eles foram chamados para serem os mais estranhos instrumentos de Deus. Aquilo que para o mundo é imprestável, para Deus é precioso e útil. Deus escolheu propositalmente as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios. Ele escolheu as coisas fracas para envergonhar as fortes. II Co 12.10. E Ele escolheu as coisas humildes e desprezíveis e aquelas que não são para reduzir a nada as que são. No v. 19 diz: “Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos”.  A própria mensagem da cruz era escândalo para os judeus e loucura para os gentios. Ver I Co 1.20-25. O Senhor na sua soberania usou homens iletrados para impactar o mundo com a sua Palavra de vida. Por que será que o Senhor usa valores e critérios tão estranhos? O v. 29 responde essa questão: “a fim de que ninguém se glorie na presença do Senhor”. Ser pequeno, ser humilde, não ter títulos, nem nobre nascimento não é defeito nem vergonha. Alias, a Bíblia como fonte inesgotável de sabedoria nos ensina isso através de pequenos e insignificantes animais em Pv 30.24-28: “Há quatro coisas mui pequenas na terra que, porém são mais sábias que os sábios: as formigas, povo sem força; todavia, no verão preparam a sua comida; os arganazes (coelhos), povo não poderoso; contudo, fazem a sua casa nas rochas; os gafanhotos, não têm rei; contudo, marcham todos em bandos; o geco (lagartixa), que se apanha com as mãos; contudo, está nos palácios dos reis”. Com as formigas aprendemos a poupar para os dias difíceis; com os arganazes aprendemos a nos defender, nos abrigando na Rocha que é Jesus; com os gafanhotos aprendemos a trabalhar em equipe, porque ninguém faz nada sozinho; e com o geco aprendemos a ser úteis (as lagartixas comem as moscas e os insetos causadores de enfermidades). Assim, mesmo sendo insignificantes, Deus os usa para nos ensinar lições preciosas. Se Deus usa esses animais quanto mais a cada um de nós!
3.      Eles também não poderiam se esquecer de trazer à memória tudo que receberam de Deus – vs.30,31: “É, porém, por iniciativa dele que vocês estão em Cristo Jesus, o qual se tornou sabedoria de Deus para nós, isto é, justiça, santidade e redenção, para que, como está escrito: Quem se gloriar, glorie-se no Senhor".
·         Os que receberam a Cristo como Senhor e salvador e tiveram seus corações regenerados pelo Espírito de Deus, também foram capacitados para a sua obra. Cada um permaneça na vocação a que foi chamado por Deus. Cada um tem um papel único no reino de Deus. Cada um de nós é precioso para Deus porque foi chamado para glorificá-lo através da nossa vocação que é ser instrumento em suas mãos. O Senhor fez todas as coisas esplendidamente. Ele é a grande força motriz que aciona seus instrumentos, por mais insignificantes que possam parecer, para realizarem a sua obra sobre a terra. Jesus se tornou para nós: sabedoria, justiça, santificação e redenção – Cl 2.3; II Co 5.21; Jo 17.19; Rm 3.24; tudo vem dele, é por ele e para ele – Rm 11.33-36. Portanto, aquele que se gloria, glorie-se no Senhor– v.31; II Co 10.17; Jr 9.24

CONCLUSÃO: O que aprendemos aqui?
1.       A maior das vocações do santo de Deus é ser instrumento em suas mãos. O instrumento é um agente mecânico na execução de qualquer trabalho e precisa de uma mão que o utilize. Na oficina de Deus tem o instrumento certo para cada tipo de obra a realizar. Portanto, nos alegremos em sermos instrumentos e canais nas mãos do nosso Deus.
2.       O instrumento não tem vontade própria, ele se deixa usar pelas mãos que o maneja.
3.       Não se super valorize como instrumento. Ao Senhor toda honra e toda glória!
4.       Lembre-se: o critério de escolha de Deus é diferente do homem. Ele usa as coisas loucas, fracas, humildes e desprezíveis para envergonhar os sábios e os fortes, e para reduzir a nada os que pensam ser grande coisa.
Aleluia, Amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 14.04.07  www.ocolodopai.com  
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

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