domingo, 27 de novembro de 2011

Sermão/Tião Alvino/A BEM-AVENTURANÇA DO PERDÃO DIVINO

A BEM-AVENTURANÇA DO PERDÃO DIVINO
Salmo 32



OBJETIVO
Fazer a igreja refletir sobre as consequências desastrosas do permanecer em pecado, e da necessidade de se buscar a presença de Deus com um coração sinceramente arrependido, para que possamos gozar das bem-aventuranças que o perdão do Senhor nos concede.

IDEIA CENTRAL DO TEXTO
O texto lido foi escrito por Davi, e tem sido considerado por muitos como um salmo didático e penitencial. Acredita-se que ele foi escrito após o Salmo 51, como consequência de uma promessa feita por Davi ao Senhor, ao se arrepender e confessar o seu pecado de adultério cometido com Bate-Seba e do homicídio planejado de Urias.

Muitos de nós, assim como Davi, tentamos inutilmente, conscientemente ou não, ocultar do Senhor algumas de nossas inclinações pecaminosas, que podem ser um vício, um perdão não liberado, um traço de personalidade que sabemos não agradar a Deus, e acabamos por sofrer as consequências disso.

O salmista nos orienta em como devemos agir, para que a aridez da permanência no pecado passe. Devemos buscar a presença do Senhor, para que Ele nos perdoe, nos proteja, nos instrua, e nos traga o Seu refrigério.

INTRODUÇÃO
Ao receber a tarefa de elaborar esse sermão, tive alguma dificuldade em determinar qual tema Deus gostaria que eu abordasse com a igreja. Ao conversar com a minha pastora sobre isso, fui instruído a buscar um texto que falasse fundo ao meu coração, um texto onde a Palavra de Deus cortasse primeiro a mim. Um dos versículos desse salmo saltou aos meus olhos em minha visita diária ao site Bíblia Online, e ao ler o texto inteiro, encontrei aquilo que procurava.

Ao ler o relato de Davi, sobre o período de sequidão que ele experimentou enquanto ocultava os seus pecados de Deus, e de como essa sequidão transformou-se em júbilo e em alegria quando ele buscou, com um coração sinceramente arrependido, a presença de Deus para pedir perdão pelos seus pecados, eu me remeti imediatamente ao período da minha conversão, onde pude experimentar o renovo que Deus concede aos pecadores arrependidos.

Que possamos aprender as importantes lições que o salmista nos ensina, e que o Senhor nos oriente no caminho que devemos seguir rumo a esse aprendizado.

O TEXTO LIDO NOS REVELA QUATRO FATOS BÁSICOS SOBRE O PECADO E O PERDÃO, QUE DEVEM SER COMPREENDIDOS POR TODOS OS QUE CREEM EM DEUS:

1. A insensatez da impenitência – vs. 3, 4, 9:
  • Ao tentar inutilmente ocultar os seus pecados Daquele que sonda mentes e corações, Davi sentiu o peso da mão do Senhor sobre si, e a sequidão de alma que a perda da comunhão com Deus nos traz.
  • Muitos de nós, assim como Davi, tentamos guardar e esconder de Deus aqueles nossos “pecadinhos de estimação”, que nos são tão preciosos, e difíceis de nos desvencilharmos.
  • Ao fazer isso, a nossa consciência nos acusa, e a culpa que se segue começa a nos consumir e a nos imobilizar. É o remorso, e não o arrependimento, agindo desastrosamente em nossas vidas.
  • O pecado produz a separação entre o homem (pecador) e Deus (santo). Ao permanecermos em pecado, enfraquecemos cada vez mais a nossa comunhão com Deus, e daí segue-se a sequidão de alma e a ausência de respostas às nossas orações.
  • O autor de Hebreus nos revela que: “O Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. Se estamos sem correção, da qual todos têm se tornado participantes, é porque não somos filhos, mas, bastardos” (Hebreus 12:5-8).
  • O v. 9 nos traz uma advertência contra a obstinação, que nesse contexto é resistir à disciplina do Senhor. O Senhor irá até às últimas consequências para trazer cada um dos Seus eleitos para o Seu caminho. Permanecer na obstinação só fará com que a mão do Senhor pese cada vez mais sobre nós.
  • Então, qual atitude devemos tomar?

2. O Caminho do livramento – vs. 5, 10:
  • O arrependimento sincero é a culpa produzindo atitude. Diferente do remorso, que nos imobiliza e nos destrói, o arrependimento produz uma mudança de rota que nos salva.
  • O arrependimento nos faz buscar a presença de Deus, com um coração contrito e um pedido de perdão em nossos lábios, desejando a reconciliação com Ele.
  • E como teremos a certeza de que Ele nos ouviu e nos perdoou?
  • O apóstolo João, em sua primeira carta, nos revela: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.” (1 João 1:7-9; 2:1,2)

 3. A bênção da aceitação – vs. 1,2:
  • v. 1: Se cremos em Jesus como Ele verdadeiramente o é, o Filho de Deus, nossas iniquidades são perdoadas, pois o castigo que nos trouxe a paz estava sobre Ele, na Cruz do Calvário.
  • v. 1: O sangue de Jesus cobre os nossos pecados. E pecado coberto, é pecado confessado, perdoado, apagado e esquecido: “Pois, para com as suas iniquidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Jeremias 31:34; Hebreus 8:12).
  • v. 2: O apóstolo Paulo cita esses dois versículos em sua carta aos Romanos (Romanos 4:7,8), em meio à sua argumentação acerca da justificação pela fé em Cristo Jesus. Mediante essa fé, somos declarados justos aos olhos de Deus, o nosso escrito de dívida é cancelado, e o Espírito de Deus passa a habitar em nós, vivificando o nosso espírito, e nos desvencilhando de todo dolo (hipocrisia) diante do Senhor, pois passamos a viver para agradar a Deus. 

4. A alegria da obediência – vs. 6, 7, 8:
  • v. 6a: Reconciliados com Deus, os homens piedosos (santos e fiéis) reestabelecem a comunhão com Ele, e as nossas orações, além de serem ouvidas, passam a ser também respondidas.
  • vs. 6b, 7: No Senhor encontramos abrigo nas nossas tribulações, que são inevitáveis, mas, reconciliados com Ele, as muitas águas podem até nos atingir, mas, jamais nos afogar: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?” (1 João 5:4,5).
  • v. 8: A presença viva de Deus em nós, o Seu Espírito Santo, nos guiará pelas veredas da justiça, e o nosso terno e fiel Consolador nos livrará de todo caminho mal (o pendor da carne, que dá para a morte) e nos guiará pelo Caminho eterno (o pendor do Espírito, que nos traz vida e paz).
  • v. 8: O Senhor Jesus Cristo prometeu a todos nós, que cremos Nele, que estaria conosco todos os dias das nossas vidas, até a consumação do século (Mateus 28:20). E “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31

CONCLUSÃO
  • Que essa palavra possa tocar fundo os nossos corações, produzindo em nós frutos dignos de arrependimento.
  • Que possamos nos voltar para o Senhor, clamando a Ele, em nome do Seu Filho Jesus Cristo, que Ele nos liberte de nossas inclinações que nos aprisionam e nos afastam Dele, pois “Esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito” (1 João 5:14,15).
  • Que reconciliados com Ele, possamos gozar de todas as Suas bem-aventuranças, e possamos clamar como o salmista no v. 11: “Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração!”

Em Cristo Jesus,
Tião Alvino

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