quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Artigo/Pra. Nadia Malta/NOSSO EMAÚS DE CADA DIA!

NOSSO EMAÚS DE CADA DIA
Quantas vezes nos sentimos como aqueles discípulos à caminho de Emaús: tristes abatidos, desolados, como se nada mais houvesse a esperar ou fazer, desprovidos de motivos para continuar a jornada?

Caminhamos a esmo, sem conseguir sequer enxergar o horizonte a nossa frente. O que nos leva a sentir tal estado de apatia e melancolia profunda? Por que será que em certos momentos de nossa vida o dia já declina para nós e achamos que já é tarde para tantas coisas? Enquanto vivermos nesta terra haverá sim, razões para viver e nos tornar úteis, como canais vivos da graça multiforme de Deus.

Creio que não estamos preparados para as mudanças inevitáveis que surgem em nossas vidas à nossa própria revelia. Aliás, as mudanças assustam! Tem até aqueles que se atrevem a dizer: “Como está, tá bom, se melhorar estraga”. Mas eis que as mudanças surgem nos surpreendendo e atropelando. Contudo, elas têm seu lugar nos planos perfeitos de Deus. O Senhor não gosta da estagnação e não deseja que vivamos nela. Então que possamos pedir a Ele para nos preparar e fortalecer para as mudanças que Ele tem para nós.

Na verdade gosto até do efeito das mudanças, se não precisasse passar pelo processo de chegar ao novo. Mas inevitavelmente há um Emaús a ser alcançado por nós e ele representa mais um degrau em nossa jornada por esta vida, no entanto, há um caminho a ser percorrido até lá. Que sejamos fortes e corajosos, porque o próprio Senhor já veio e se colocou ao nosso lado, embora ainda não o tenhamos reconhecido.

Como gostaria de reconhecer Jesus disfarçado num viajante quando Ele vem nas horas dos suores frios e se põe ao nosso lado! Necessitamos experimentar esta sensibilidade espiritual que nos faz sentir plenos da presença dele. À semelhança daqueles discípulos que o reconheceram apenas no partir inconfundível do pão.

Há uma solidão em nós que não consegue ser mitigada por presenças ou atenções humanas, mas apenas por Deus, na pessoa do Cristo vivo e verdadeiro que a si mesmo se esvaziou para experimentar as nossas dores e curar as nossas feridas mais profundas.

Se tivermos um pouco que seja de sensibilidade perceberemos o Senhor ao nosso lado e poderemos rogar como aqueles discípulos que o constrangeram dizendo: “Fica conosco, já é tarde, o dia já declina”.
Artigo/Pra. Nadia Malta

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