LEVA-NOS À SALA DO BANQUETE, Ó SENHOR!
“Leva-me à sala do banquete, e o seu estandarte sobre mim é o amor!” Ct.2.4.
O livro de Cantares para
alguns é uma parábola sobre o amor, para outros é uma alegoria, são várias as
interpretações. A mensagem do poema nos remete ao relacionamento íntimo de
Cristo com sua Noiva, a igreja. Em toda a mensagem encontramos o modelo de relacionamento
que o Senhor deseja ter com o seu povo. Apesar de ouvirmos poucas mensagens
neste texto, aqui temos um rico material a ser explorado. O povo de Deus de uma
maneira geral tem andado numa aridez que assusta. Sobretudo, quando se fala em
prosperidade e abundancia. Vou explicar: Mesmo aqueles que alcançam uma
prosperidade financeira, não conseguem experimentar a verdadeira vida abundante
prometida por Cristo em Jo. 10.10. Há sempre uma interpretação absolutamente
espúria a respeito desses temas. Creio
que a culpa desse engano seja a multidão de pregações que tem proliferado em
nossos dias, especialmente na igreja eletrônica, salvo raríssimas exceções,
claro, que focam exclusivamente naquilo que é material. Fomos alcançados,
gerados de novo para a plenitude de um relacionamento íntimo com o Senhor
ressurreto. E esse relacionamento estreito é o maior tesouro que recebemos da
parte de Deus, este a traça não rói nem a ferrugem destrói! Se lermos todo o
poema veremos inúmeras figuras de linguagem, alegorias e metáforas que são bem
próprias da poesia hebraica. Sala do Banquete = lugar da plenitude, de
excelência, de honra. Estandarte = insígnia, bandeira, pavilhão que
identificava uma tribo ou nação.
No
texto lido, a jovem esposa faz um pedido ao seu amado. Ela deseja ser levada à
Sala do Banquete. O que há de tão
especial ali? Vejamos: A Sala do Banquete é o lugar da Honra da Excelência; A
sala do banquete é o lugar da Intimidade; A Sala do banquete é o lugar da
Comunhão; E A Sala do Banquete é o lugar da Abundancia, da Plenitude! Vale
salientar aqui que este pedido foi feito por uma rainha ao seu Rei. Paulo
falando aos efésios diz que ressuscitamos com Cristo e estamos assentados nas
regiões celestiais com Ele (Ef.2.6). Que grande revelação! Recebemos autoridade
para reinar com Ele. Fazemos parte da família de Deus. Somos privilegiados! O
grande problema conosco é que não temos enxergado nosso lugar de privilégio,
carregamos o ranço da velha vida. Temos esquecido que somos raça eleita, nação
santa, sacerdócio real, povo de propriedade exclusiva de Deus. O céu para nós
começa aqui. Outra razão para não desfrutarmos desse alto privilégio é que
deixamos de dar atenção as palavras do Rei para nos determos nas palavras
néscias, nas “profetadas” e ministrações dos falsos profetas ao nosso redor. Temer
ao Senhor não é ter medo de Deus, mas reverenciá-lo como Senhor, Salvador e
Rei. Priorizando-o em tudo. No lugar da intimidade coisas secretas são
partilhadas, pecados são confessados e perdoados, necessidades são expostas.
Corações são derramados, vidas são restauradas e libertas. Na Sala do Banquete
o Rei é encontrado e poderá mudar a nossa sorte. Separemos um tempo para buscar
essa intimidade. Temos buscado o Senhor pelo Senhor ou o buscamos apenas quando
as coisas se tornam difíceis e atravessamos os estreitos e desertos da vida?
Qual foi a última vez que nos prostramos em sua presença apenas para
desfrutá-la? Qual foi a última vez que nos prostramos em sua presença apenas
para agradecer e adorar? A grande verdade é que temos perdido a capacidade de
agradecer por tudo que o Senhor é e pelos seus atributos eternos; pelo que Ele
tem feito em nós, por nós, através de nós, mesmo apesar de nós. Só os que têm
legítima comunhão expressam verdadeira gratidão.
É
desejo de Deus sim, que experimentemos o melhor nesta terra, mas isso só
acontecerá quando aprendermos a ir à sala do Banquete. Tudo isso só é possível
quando vamos à mesa do Rei, quando desfrutamos da sua presença e a senha de
acesso a essa presença já foi comprada para nós através do sangue do Rei Jesus
derramado por nós na cruz do Calvário. O que este texto nos ensina hoje? A
verdadeira prosperidade existe e é possível experimentá-la ainda nesta terra.
Essa prosperidade não é dinheiro ou bens materiais, isso só nos é legado quando
usamos estes recursos para investir no Reino de Deus. A verdadeira prosperidade
só pode ser encontrada na Sala do Banquete à mesa e na presença do Rei. A sala
do banquete é o lugar da Honra, da Intimidade, da Comunhão e da Abundancia. Descobrimos
que o resultado da experiência na Sala do Banquete é o Estandarte do Amor que é
recebido das mãos do próprio Rei. A Sulamita diz no final do versículo: “E o seu Estandarte sobre mim é o amor!”.
Esse estandarte testifica que estivemos na Sala do Banquete. Estandarte como
vimos é insígnia de identificação, o Estandarte do amor mostra que pertencemos
ao Rei Jesus e é a nossa maior credencial. Estandarte deve ser hasteado no alto
para que todos vejam e reconheçam a quem pertence quem o ostenta. Será que este
estandarte pode ser visto em nós? Nadia
Malta

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