quarta-feira, 6 de julho de 2022

Meditação/Nadia Malta/O PERDÃO É LIBERTADOR!

 O PERDÃO É LIBERTADOR!

                                                                                     


Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. "Então o senhor chamou o servo e disse: ‘Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?”. Mateus 18.31-33. 


A mágoa é uma potente isca usada pelo adversário para aprisionar os filhos de Deus. O contexto todo no qual estes versículos estão inseridos trata da parábola do credor incompassivo. Um sujeito que teve uma grande e impagável dívida perdoada pelo seu senhor, mas na hora de perdoar um conservo seu que lhe devia infinitamente menos, se recusou a fazê-lo. A parábola trata do perdão de Deus dado a nós mesmo sem que haja merecimento da nossa parte. Recebemos perdão para nos tornarmos perdoadores! O texto nos traz pelo menos duas verdades das quais não podemos nos afastar: Fomos perdoados para perdoar; e Quando não perdoamos ficamos à mercê de verdugos que nos fustigam até que paguemos toda a nossa dívida.

O perdão faz muito mais bem ao que perdoa do que ao foi perdoado. A ação terapêutica e libertadora do perdão é absolutamente perceptível assim como os efeitos devastadores na vida dos que negam o seu perdão. Conheço vidas miseravelmente infelizes por esta causa. São mentes aprisionadas pela ação de verdugos tanto emocionais, quanto espirituais. A mágoa pela ofensa recebida, o ódio e o ressentimento se tornam algozes implacáveis daqueles que retêm o perdão. Conta-se que certa mulher teve uma decepção muito grande com aquele que seria seu marido e acabou casando por vingança. Durante os anos vividos todos os dias a mágoa foi lançada em rosto por ela com palavras ferinas e acusatórias. Os anos de casamento mesmo tendo gerado filhos, esses filhos foram gerados pelo ódio e o ressentimento. Havia por parte dela um bordão: “Não o perdoo nem na hora da minha morte!”. E ainda outro: “Quem fizer comigo faça bem feito, pois não perdoo jamais!”. Os anos se passaram e a velhice alcançou aquele casal. Veio a enfermidade que acabou dando cabo da vida daquele marido depois de um encontro restaurador com o Cristo vivo. Aquela esposa carregada de ressentimento ficou sempre remoendo a sua desdita. Perdeu o tempo precioso da sua existência.

Voltando ao texto diz o Senhor: “Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. "Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão". A mulher da nossa história passou a vida entregue aos torturadores que a torturaram de todas as maneiras. Viveu muitas perdas. Passou por inúmeros desertos e vales áridos. Conviveu com o ódio entre os filhos. Sempre enredada nas teias da ofensa recebida que ela tratou de perpetuar! Finalmente foi alcançada pelo ladrão de almas (o mal de Alzheimer) o ultimo dos verdugos. Como Deus é extremamente misericordioso a alcançou dando-lhe a chance de se arrepender e zerar a sua história. Finalmente no apagar das luzes da vida terrena teve sua vida perdoada. Liberou o perdão e foi levada em paz para casa do Pai Celestial. Perdoemos enquanto há tempo, antes que cheguem os torturadores! Nadia Malta

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