domingo, 27 de outubro de 2019

Meditação/Nadia Malta/SÓ NÃO PODEMOS PERDER A ESPERANÇA!


SÓ NÃO PODEMOS PERDER A ESPERANÇA! 
                                                                               
Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. Lamentações 3:21. 

Redescubramos a esperança no meio de tudo que estamos vendo, vivendo e busquemos o poder sobrenatural do Senhor para mudar o que parece impossível. Lamentações do profeta Jeremias possivelmente é o livro bíblico que trata do sofrimento do povo de Deus da forma mais explícita que se possa imaginar. O livro de Lamentações trata de uma tragédia a nível nacional. As instituições haviam falido. A assolação atingiu a todos indiscriminadamente. Ali não havia humanamente a quem recorrer. O livro em si é um poema fúnebre para o funeral da nação. Já falamos sobre isto muitas vezes. Contudo, nunca a mensagem de Lamentações foi tão oportuna quanto em nossos dias, por tudo que temos visto como nação. Naquela ocasião a cidade santa de Jerusalém caiu diante dos exércitos de Babilônia. Os líderes do povo e muitas pessoas comuns foram obrigados a caminhar novecentos quilômetros até o país vizinho. Não há como exagerar a intensidade e a abrangência do sofrimento decorrente da queda de Jerusalém. Ali a perda foi total. Cadáveres amontoados por todos os lados. Canibalismo e sacrilégio eram dois terrores gêmeos que agiam nas ruas da cidade destruída. O assassinato indiscriminado de crianças inocentes demonstrou a perda da esperança na reconstrução da dignidade humana, e os sacerdotes mortos evidenciava o desaparecimento do respeito pela vontade divina. Um caos generalizado! O sofrimento atingiu ali o nível mais profundo e Lamentações é a cerimônia fúnebre da cidade morta. O profeta Jeremias que já havia sido inevitavelmente contaminado pelas circunstancias ao seu redor, pára diante do caos e redescobre a Esperança. O escritor judeu Abraham Heschel diz: “A agonia é o teste definitivo. Quando toda esperança é lançada por terra e toda vaidade desperdiçada, o homem começa a sentir falta daquilo que vinha desprezando há muito tempo. Na escuridão, Deus fica próximo e perceptível”.

Pior que não ter esperança é ter uma falsa esperança. O Senhor enviou profetas para advertir o povo quanto à observância da aliança com ele. A quebra dessa aliança implicaria em cair nas mãos dos adversários, mas o povo obstinado e rebelde não quis ouvir. Depois enviou profetas durante o cativeiro para que o povo se arrependesse, mas ele preferia dar ouvidos aos falsos profetas que prometiam saídas mágicas e iminentes. Os falsos profetas procuravam trazer falsas esperanças ao povo com relação ao fim do cativeiro. No entanto, aquele cativeiro durou setenta anos. O Senhor usou o profeta Jeremias para enviar uma mensagem lúcida e verdadeira, embora não agradável, aos cativos em Babilônia. Muitos em nosso meio têm estado assim, desesperados, desesperançados achando que suas vidas não têm mais jeito. Acham que o Senhor os esqueceu e de certa maneira têm olhado para vários lugares e pessoas tentando achar uma saída e até mesmo se apegado a falsas esperanças, como o povo de Deus do passado. Quero convidá-los hoje a juntos irmos a Jerusalém assolada dos dias do cativeiro de Babilônia e, sobretudo, olharmos para o próprio profeta Jeremias e aprender com ele a redescobrir a esperança no meio do caos. O profeta redescobre três razões para não se desesperar: As misericórdias do Senhor não têm fim e se renovam a cada manhã; A grandeza da fidelidade de Deus e A bondade do Senhor que se manifesta aos que esperam nele.

Jeremias parou e deixou de olhar para sua própria miséria para lembrar-se da misericórdia de Deus. Ele continuou sentindo dor e sofrimento, mas cria no amor compassivo de Deus, apesar da dureza da cerviz do povo. Isso lhe deu forças para continuar pela fé exercendo seu difícil ministério. As misericórdias de Deus também são a causa de não sermos consumidos. Por isso não podemos perder de vista esse amor compassivo de Deus. Todas as vezes que o povo se rebelou e voltou-se para Deus arrependido, ele o recebeu e o acolheu com um amor desmedido. Foi assim no passado e é assim hoje. Assim como as misericórdias de Deus se renovam a cada manhã, no final do dia podemos perceber a sua fidelidade. Deus é fiel ao seu povo e espera pacientemente que ele descubra a sua fidelidade imutável. A consciência da misericórdia e da fidelidade de Deus fez Jeremias redescobrir a Esperança Viva e isso lhe deu novo ânimo em meio a todo o caos.  Às vezes a espera faz parte da resposta e é um treinamento de Deus. A Palavra do Senhor nos assegura que Ele é bom e que a sua misericórdia dura para sempre. Contudo, a bondade e a misericórdia de Deus não nos dão licença para nos rebelar contra Ele. As bênçãos do Senhor estão disponíveis aos que andam em seus caminhos. O Senhor se coloca como um muro de fogo ao nosso redor, mas nós insistimos em romper esse muro com nossas rebeliões, e do lado de fora há serpentes que nos espreitam para dar o bote, trazendo dor, destruição, enfermidade e morte para as nossas vidas. Devemos atentar para a “bondade e severidade de Deus”. Que hoje possamos esquadrinhar os nossos caminhos, prová-los e voltarmos para o Senhor! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/



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