quinta-feira, 16 de maio de 2019

Meditação/Nadia Malta/QUANDO O NOSSO CORAÇÃO ESTREMECE E SE AGITA!


QUANDO O NOSSO CORAÇÃO ESTREMECE E SE AGITA!
                                                                                
Ah! Meu coração! Meu coração! Eu me contorço em dores. Oh! As paredes do meu coração! Meu coração se agita! Não posso calar-me, porque ouves, ó minha alma, o som da trombeta, o alarido de guerra.”.  Jeremias 4.19. 

Jeremias é chamado muito apropriadamente de Profeta chorão, não sem razão. O estado de declínio espiritual e moral do povo do Senhor naqueles dias era desolador e fazia com que a alma, as entranhas do profeta se contorcessem numa dor profunda e amargurada. Não era para menos, as coisas chegaram a um ápice que acabou trazendo sobre a nação inteira os dias do cativeiro de Babilônia. Deus jamais aplica um juízo sem derramar profusamente a sua misericórdia! Na sua misericórdia o Senhor levanta atalaias pra que anunciem a bondade e a severidade Dele. Aqueles que são levantados pelo Senhor não estão isentos do sofrimento e se contorcem de dores por não conseguir enxergar as mudanças efetivas. As circunstancias eram desencorajadoras sob todos os aspectos. A apostasia do povo era desoladora e isto provocou uma profundíssima angústia espiritual e emocional no coração do profeta. O profeta chorão era também um guerreiro solitário, levantado pelo Senhor para ser tanto um vigia quanto uma testemunha incansável da fidelidade de Deus! As palavras de Jeremias encontram eco nas palavras de outro profeta, Habacuque. Ambos se colocaram de maneira perplexa diante do Senhor. E ambos continuaram em fidelidade apesar dos acontecimentos vigentes. O Senhor tem requerido o mesmo de nós! Embora a profecia de Jeremias tenha uma aplicação imediata àqueles dias passados, podemos enxergar aqui uma antevisão de dias vindouros. Quando lemos os relatos dos juízos de Deus ali, não é difícil olhar para os nossos dias e ver tudo se cumprindo de maneira veloz! Tanto em termos de país quanto em termos de mundo.

Não era fácil viver naqueles dias! Jeremias era um homem de dores, consciente do seu chamado e aprendeu a chorar pela nação rebelde. Talvez falte esta postura em nossos dias. Desaprendemos a chorar pelos nossos pecados e quando choramos o fazemos por motivos banais. Nada deveria nos fazer chorar mais do que a consciência dos nossos próprios pecados. O próprio Jeremias no seu livro poético das Lamentações ele diz: “Por que se queixa o homem vivente? Cada um queixe-se dos seus próprios pecados!”. A confissão de pecados é a ante-sala das grandes libertações e das grandes mudanças. Clamemos ao Senhor que Ele sonde o nosso coração. Que Ele nos dê consciência dos nossos pecados. Que reaprendamos a chorar! Isto, tanto pessoalmente quanto como nação. Que Ele estremeça as paredes do nosso coração e o agite para mudanças efetivas! Que Ele nos contorça as entranhas como aquela que sente as dores de parto até que nasça de nós uma nova criatura disposta a andar no Espírito e não mais desejemos satisfazer os desejos da carne. A satisfação desses desejos tem trazido tanta derrota espiritual ao povo de Deus tanto do passado quanto dos nossos dias! Só nos resta chorar e orar para que o Senhor se compadeça de nós e nos liberte das nossas inclinações vis!

Em seu lamentoso brado Jeremias fala das dores que o acometem. Ele se contorce com elas. As paredes do seu coração parecem que estão prestes a desmoronar à semelhança de uma grande implosão. Felizmente há um remanescente fiel que tem se sentido assim em todos os tempos. O povo havia sido avisado. Nada seria feito sem a chance de uma mudança de rota. O próprio Senhor saudoso do seu povo amado diz no inicio do capítulo: “Se voltares, ó Israel, diz o SENHOR, volta para mim; se removeres as tuas abominações de diante de mim, não mais andarás vagueando;”. Choremos e voltemos ao Senhor!  O que aprendemos aqui? Ouçamos a voz misericordiosa e compassiva do Senhor. Ele requer mudanças efetivas. Não percamos de vista que quando termina a bondade começa a severidade. Onde termina a misericórdia começa o juízo. Judá teve sua chance e a desprezou. Estamos todos no tempo da chance. Não a desprezemos! Ainda há tempo, choremos e voltemos ao Senhor. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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