sexta-feira, 30 de junho de 2023

Meditação/Nadia Malta/A DIFÍCIL HORA DA FÉ!

 A DIFÍCIL HORA DA FÉ!

Senhor, por que estás tão longe? Por que te escondes em tempos de angústia? Levanta-te, Senhor! Ergue a tua mão, ó Deus! Não te esqueças dos necessitados”.  Salmos 10:1, 12. 


Este é um dos muitos salmos anônimos e através do qual o salmista manifesta a sua dificuldade humana de lidar com a aparente prosperidade e impunidade do ímpio, além do aparente silêncio de Deus. É a difícil hora da fé! São aqueles momentos onde tudo que podemos fazer é esperar e confiar que o Senhor entrará com a providência, mesmo a despeito de todos os nossos medos e angústias, que, diga-se de passagem, não têm sido poucos. Tenho a impressão que estamos vivendo um tempo assim e esse tempo tem se alongado. São tantas as dúvidas e as incertezas. Contudo, é junto ao Senhor que encontramos refúgio! O salmista traz aqui uma pergunta dupla e um pedido triplo! Quantas vezes já não nos sentimos assim: Cheios de questionamentos diante do Senhor. E logo aqui aprendemos que é lícito apresentar as nossas queixas e dúvidas diante do Eterno, sem difamá-lo diante das pessoas, contaminando os que estão à nossa volta. Aqui a súplica desesperada e angustiosa do salmista tão parecida com aquilo que levamos à presença de Deus tantas vezes. O Senhor nos estimula a rasgarmos o nosso coração diante dele sem as máscaras da hipocrisia!

Paremos um pouco para algumas considerações! Tenho ouvido histórias de orações que já duram anos. São esperanças adiadas ao extremo do suportar! São súplicas a respeito de alguém ou de alguma coisa angustiosa. Mulheres com seus filhos enfermos, outras com seus filhos aprisionados a vícios quase irrecuperáveis. Outras ainda lutam com maridos violentos vivendo debaixo de um jugo opressor. Homens e mulheres de Deus sofrendo um desemprego interminável, lutos inconsoláveis. A lista de dificuldades é longa, mas há algo em comum a todos, o caráter de urgência dessas súplicas! Por que Deus aparentemente demora nessas respostas? O salmista parece sofrer esse tipo de angústia ao perguntar: “Senhor, por que estás tão longe? Os discípulos de Jesus lhe pedem no Evangelho de Lucas 17.5: “Senhor, aumenta-nos a fé!” e eles ouvem do Senhor a mais inusitada das respostas: “Se tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, podereis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá”. Imagino o impacto daquelas palavras do Mestre nos corações dos discípulos. Aqui recorremos a outro texto das Escrituras para trazer mais luz ao que acabamos de ouvir. Na epístola aos Hebreus (11.1) ouvimos: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”. As perguntas aqui são: Temos esta certeza? Cremos que Deus existe verdadeiramente e recompensa os que o buscam? É o grande desafio da hora dolorosa da fé!

Receio que a fé de muitos tem baqueado, especialmente quando somos assolados por todos os lados e temos as nossas forças minadas pela nossa humanidade tão frágil, limitada e ainda açoitada pelas ações do adversário. É o autor de Hebreus (12.1) que nos fornece a receita para um andar vitorioso mesmo em meio a tudo que nos rodeia. O que ele nos aconselha? Responde ele: “Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus”. No final das contas tem faltado da nossa parte fortalecimento em Deus e foco em Deus. Muito rapidamente tiramos o olhar do Autor e Consumador da nossa fé: JESUS e colocamos no problema! Temos nos sentido como gafanhotos diante das dificuldades! O que tudo isso nos ensina?  O autor de provérbios afirma: “Se te mostras fraco no dia da angustia a tua força é pequena”! Que possamos afirmar como o profeta Joel: “Diga o fraco: Eu sou forte!”.  Não existe super-cristão, existe cristão fraco confiado no Deus que é o Forte dos Fortes! Clamemos como o salmista: “Ergue a tua mão, ó Deus! Não te esqueças dos necessitados”, na certeza que a resposta já está à caminho! Nadia Malta

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