domingo, 11 de setembro de 2022

Meditação/Nadia Malta/O NOSSO REDENTOR VIVE!

 O NOSSO REDENTOR VIVE!

                                                                                    


No caminho, conversavam a respeito de tudo o que havia acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles; mas os olhos deles foram impedidos de reconhecê-lo”. Lucas 24.14-16. 


Este episódio narrado apenas por Lucas mostra dois dos discípulos de Jesus saindo de Jerusalém depois da morte de Jesus e indo a uma aldeia chamada Emaús. O episódio nos faz parar para pensar sobre aquelas horas amargas de dores e perdas profundas, quando buscamos uma rota de fuga.  Sim, nessas horas, tudo que queremos é dar um basta ao sofrimento, embora, ele nos enlace de maneira tal que não conseguimos enxergar mais nada além da própria dor! E esta não é uma crítica, mas a constatação de uma realidade que nos alcança a todos indistintamente.  Não existem gigantes emocionais! Em uma hora ou outra baqueamos. A pior das dores é a que dilacera a nossa carne, por mais que sejamos empáticos e compassivos com a dor do outro. O episódio nos mostra pelos menos três verdades que no meio das nossas dores: Tendemos a fugir do local da dor; Na hora da dor necessitamos falar sobre o assunto até que ele se esgote; e A dor nos impede de enxergar aquele ou aquilo que nos foi enviado para consolar. Aqueles discípulos entristecidos e de certa maneira frustrados pela morte de Jesus, parece que haviam esquecido tudo que ele dissera sobre aquele acontecimento. Às vezes nos deixamos aprisionar pelas dores de ontem e perdemos a dádiva do hoje! Jesus é a própria boa nova. Aqueles discípulos estavam atrasados quanto à ultima novidade. Assim como aquelas mulheres que haviam ido ao tumulo buscar dentre os mortos Aquele que vive pelos séculos dos séculos. A dor e a tristeza tiram a visão da bênção de hoje!

Quantas vezes no meio das nossas jornadas dolorosas o próprio Senhor vem e se coloca em nosso meio, através de um amigo ou irmão amado que nos empresta seus ombros ou ouvidos, sem cobranças, para que possamos chorar e escoar a nossa dor! Outras vezes Ele vem silenciosa e invisivelmente nos inundando com a sua consolação, mas a tristeza e as lágrimas nos impedem de reconhecê-lo! Tento me transportar para aquela cena. Quase posso ver aqueles discípulos cabisbaixos, seguindo absolutamente sem esperança, pois a única que tinham havia morrido. Parecia fim da linha para eles! Quantas vezes não nos sentimos assim! Jesus segue com eles e chega o inevitável momento do confronto. O Senhor os chama e faz uma pergunta óbvia, mas necessária: “Sobre o que vocês estão discutindo enquanto caminham?". Eles ainda não haviam entendido ou sequer o reconheceram. Depois de uma aula sobre as Escrituras, Jesus faz menção de seguir adiante, mas foi constrangido a permanecer com eles que lhe pediram: “Fique conosco, pois a noite já vem; o dia já está quase findando". E só pelo modo inconfundível de partir o pão eles o reconheceram. Jesus desaparecera do meio deles e eles exclamaram: “Não estavam ardendo os nossos corações dentro de nós, enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?".

O que este episódio nos ensina? De nada adianta tentar fugir do local da nossa dor, pois ela nos acompanhará. Sim, falemos das nossas dores e sofrimentos sem nos esquecer de que não estamos sozinhos ele sempre encontra uma maneira de se colocar ao nosso lado. Tempo de abrir os olhos e enxergar o Cristo que está sempre conosco nos consolando e amparando, do contrário nem estaríamos mais de pé! A queixa dos discípulos quanto aos últimos acontecimentos, estava desatualizada. Algo novo já havia acontecido: Jesus ressurreto é a grande Boa Nova. Não podemos permitir que nada nos roube a alegria da ressurreição. Ele vive, nós viveremos! Há esperança para seu povo eleito apesar de todas as dores e perdas do tempo presente. Se tem um povo que pode desejar Feliz Páscoa todos os dias do ano é o povo da cruz. Os judeus comemoram a sua Páscoa como a libertação da escravidão do Egito. Aquela Páscoa era uma prefigura da Verdadeira Páscoa que é a Ressurreição do Cristo! Estamos unidos com ele na morte e na ressurreição diz Paulo falando aos Romanos.  Nadia Malta

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